MEDICAMENTOS EXIGEM CUIDADOS

A dor de cabeça surgiu novamente e, então, é hora de tomar por conta própria aquele comprimidinho de sempre. O medicamento deveria ter sido ingerido em jejum, mas esse cuidado foi deixado de lado. Situações como essas se tornaram tão habituais que passam o aspecto de que não faz diferença seguir as recomendações básicas que envolvem um medicamento. Porém, muito pelo contrário, medicamento é algo extremamente sério e exige diversos cuidados que vão da compra à ingestão.

5 motivos para não se automedicar

Um levantamento feito pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ)
identificou que 76,4% dos brasileiros costumam se automedicar.

• 1) Diagnóstico falho: ingerir medicação sem orientação de um profissional pode “mascarar” uma doença mais grave em estágio inicial, dificultando o diagnóstico médico precoce.
• 2) Surgimento de problemas: entre as consequências do uso abusivo de remédios está o aparecimento de náuseas, vômitos, reações alérgicas, reações gastrointestinais e efeitos sobre o sistema nervoso central.
• 3) Cuidado com os antibióticos: com eles a atenção deve ser sempre redobrada, pois o uso indiscriminado pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos, comprometendo a eficácia dos tratamentos.

• 4) Combinação inadequada: fazer uso de dois ou mais medicamentos que não combinam pode anular ou potencializar o efeito do outro. E como saber se eles combinam sem a orientação de um especialista?
• 5) Efeito rebote: pode ocorrer quando o medicamento é usado com frequência. Assim que o efeito cessa, a dor volta com mais intensidade e para acalmá-la é necessário aumentar a dose de medicação.
• TENHA EM MENTE: poder adquirir um medicamento sem prescrição médica não é sinônimo de poder ingerir por indicação própria, na dosagem deduzidamente mais conveniente e no momento que parecer mais oportuno.

Você compra medicamentos por
telefone e pela internet? Fique atento!

A internet tem sido um dos principais veículos de comércio de medicamentos falsificados. Nem sempre o medicamento encomendado é o que será entregue e o efeito que ele terá sobre o organismo é imprevisível.

• Apenas farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem comercializar medicamentos por telefone ou pela internet.
• O endereço eletrônico da farmácia deve possuir “.com.br” e deve conter, na página principal, todas as informações do estabelecimento, como razão social, endereço, CNPJ, horário de funcionamento, telefone, nome e nº de inscrição no Conselho Regional de Farmácia (CRF) do responsável técnico e licença ou alvará sanitário.
• Os estabelecimentos precisam fornecer aos usuários os meios para comunicação direta e imediata com o farmacêutico, responsável técnico, ou seu substituto.

Atenção para os medicamentos de uso oral

• Comprimidos e cápsulas geralmente devem ser tomados com água, alguns precisam ser ingeridos após ter se alimentado e outros em jejum. Esses cuidados são essenciais para evitar interferência na absorção. Portanto, siga integralmente as orientações do seu médico sobre o uso.
• Não esmague, mastigue ou quebre comprimidos, drágeas ou cápsulas, exceto por recomendação médica.
• Para medicamentos líquidos, utilize o recipiente dosador específico contido na embalagem ou outro dosador que meça corretamente a quantidade prescrita.
• Se houver dificuldade para ingerir o medicamento conforme a forma prescrita, consulte o seu médico para uma possível substituição.

Uso de medicamentos + Ingestão de álcool

É preciso atenção redobrada na ingestão de bebidas alcoólicas e medicamentos, há associações que podem causar efeitos graves. O álcool tem o poder de potencializar ou neutralizar os efeitos de um medicamento. Muita cautela especialmente com:

• Analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios, pois podem causar perturbações gastrointestinais, úlceras e hemorragias.
• Antidepressivos, pois diminui os efeitos e pode aumentar a pressão sanguínea.
• Antibióticos, pois pode causar náuseas, vômitos, dores de cabeça e até convulsões.
• Antidiabéticos, pois pode causar severa hipoglicemia (baixa glicose).
• Anti-histamínicos, tranquilizantes, sedativos, pois podem intensificar o efeito de sonolência e causar vertigens.
• Antiepilépticos, pois a proteção contra ataques epilépticos é significativamente reduzida.
• Medicamentos cardiovasculares, pois pode ocasionar vertigens ou desfalecimento, assim como redução do efeito terapêutico.