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Abril/Maio | 2015 . N
o
16 . Ano5 . REVISTAUNIMEDBR
abalhador,
comovai a sua saúde?
Ergonomia, ginástica laboral, saúdeocupacional:
éhorade seprevenire secuidar
Q
uanto tempo você passa
em seu trabalho diaria-
mente? E quanto tempo
você separa para cuidar
da sua saúdeocupacional?Aliás,
você sabe o que é saúde ocupa-
cional? Essas são perguntas im-
portantes eum cálculoessencial
se levarmos em conta quemui-
tas vezes passamos mais tempo
no ambiente de trabalho do que
naprópria residência.
A saúde ocupacional nunca es-
teve tão em voga nas empresas.
Agora, com a proximidade do
Dia do Trabalho, em 1º demaio,
talvez seja uma data simbólica
para que o trabalhador comece
a observar os questionamentos
citados anteriormente e, de fato,
cuidemaisde si.
Respondendo à pergunta feita
no início destamatéria, a saúde
ocupacional corresponde a uma
área da saúde pública
com foco
no trabalhador, especialmen-
te na prevenção de doenças ou
problemas provenientes do tra-
balho. De acordo com oMinis-
tériodaPrevidênciaSocial, cerca
de700mil casosdeacidentesde
trabalhosão registrados todosos
anosnoBrasil.Umnúmeropreo-
cupante, principalmente por se
tratar de casos que poderiam ser
evitados.
Muitas vezes, amaneira de evi-
tarasdoençasdependemaisdos
cuidadosdo trabalhadorconsigo
mesmo do que dos empregado-
res. A displicência em evitar o
desgaste físicoemental é, emal-
guns casos, o fator principal que
originaoproblemade saúde.
Apesar dos avanços no setor da
saúde ocupacional, o colabora-
dor ainda precisa se preocupar
mais com seu bem-estar no tra-
balho. "Se compararmos a si-
tuação do trabalhador hoje com
30 anos atrás, é perceptível que
tivemos uma evolução muito
grande. As empresas melhora-
ram sensivelmente e o traba-
lhador tem se cuidado cada vez
mais. Entretanto, aindaépreciso
tornar o cuidadoumhábito", es-
clarece José Tarcísio Penteado
Buschinelli, coordenador técni-
co do Saúde Ocupacional Uni-
med (SOU), serviço disponibili-
zadopelaUnimeddoBrasil, que
busca auxiliar as empresas em
atendimentos relativos à segu-
rançae saúdeno trabalho.
Segundo ele, a área de higiene
do trabalho é um dos princi-
pais problemas atuais. "A falta
de conhecimento sobre os pro-
blemas de higiene, como riscos
químicos, radiação, poeira, entre
outros, impede uma evolução
nessequadro. Oafastamentopor
estresse também tem aumenta-
do, juntamente com os proble-
masmentais."
Estatísticas do Ministério da
Previdência Social apontam que
osacidentesmais frequentes são
osquecausam fraturas, luxações
e amputações. Na sequência,
aparecem as lesões por esforço
repetitivo e distúrbios osteo-
musculares relacionados ao tra-
balho (LER/Dort). Em terceiro
lugar, os transtornos mentais e
comportamentais, comodepres-
são, estresseeansiedade.
Entre as causas que ocasionam
esses acidentes de trabalho, es-
tão: maquinário velho e despro-
tegido; mobiliário inadequado;
ritmo acelerado; assédio moral;
desrespeito a diversos direitos.
"As doenças ocupacionais au-
mentarambastanteao longodos
anos, mas atualmente a fase é
de controle por causa das ações
preventivas. As pessoas estão
adquirindo conhecimento sobre
oassuntoesepreocupandomais
com a saúde ocupacional", pon-
tuaBuschinelli.
