Revista Unimed BR - Edição 32

dançarino JEITO DE CUIDAR UNIMED D urante uma entrevista para trabalhar como obstetra, nenhum recrutador pergunta se o médico sabe dançar. Até porque essa não é uma exigência da profissão, certo? Errado! Ou, no mínimo, um diferencial! Pelo menos é o que com- prova a experiência do gi- necologista e obstetra Fer- nando Guedes, cooperado da Unimed Vitória (ES). Ele vem colocando as partu- rientes para chacoalhar as cadeiras (e dança junto com elas!) e, dessa forma, acele- rar a chegada de seus bebês. Como o estado psicológico conta muito para uma boa evolução do trabalho de parto, a dança pode ajudar nesse processo. A primeira coreografia filmada com uma paciente – e que vira- lizou na internet – surgiu a partir de uma brincadeira. “Nas consultas, ela me dizia que queria dançar Despacito (hit do cantor porto- -riquenho Luis Fonsi) quando estivesse no hospital. Mas, durante o trabalho de parto – como o primei- ro filho tinha nascido de cesárea –, ela começou a desacreditar e a dizer que não iria conseguir parir. Justamente para mudar a ‘frequência’, eu incentivei a dancinha e, emmenos de uma hora, ela deu à luz”, relembra o médico. Dançar, cantar e ouvir música são alguns artifícios que ajudam a diminuir a tensão nesse momento. Ou- tras técnicas utilizadas por médicos que, como Gue- des, incentivam o parto normal são: caminhada; aga- chamento com apoio em barras; movimentação na bola de pilates; cavalinho de balanço; e cromoterapia. Para que as pacientes se esqueçam um pouco da dor que acompanha esse momento, é possível a imersão na banheira ou a analgesia farmacológica. Segun- do o obstetra, todo o tempo de espera para o parto vaginal tem diversos benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe, entre eles, a lactação, que aconte- ce mais rapidamente. Sem contar a emoção. “Cada par- to é único. E todos são emo- cionantes. O êxtase da mãe ao segurar o filho pela pri- meira vez é tocante. É difícil não chorar junto”, afirma o obstetra, cuja taxa de parto normal alcança 85%. Guedes frequentou a espe- cialização em obstetrícia, em 2013, época em que a humanização do parto co- meçava a se firmar na Uni- versidade Federal do Espí- rito Santo. Portanto, ele teve a oportunidade de aprender a lidar com a espera, o tempo do bebê e as vontades da gestante. Essa maneira de agir do médico, com total foco no paciente, é um dos símbolos mais for- tes do modelo Jeito de Cuidar, desenvolvido pela Unimed do Brasil e que vem sendo implementado em diversas Unimeds-piloto pelo País, dentre elas, a Unimed Vitória. A ideia é ampliar cada vez mais a vocação para cuidar, tendo o cliente no centro de todo o negócio. O respeito com que Guedes acolhe as decisões das parturientes e a paciência com que acompanha seus trabalhos de parto são as melhores maneiras de ma- terializar o cuidado e, claro, desejar boas-vindas aos bebês que acabam de chegar ao mundo. dez 2017 | jan 2018 | 23

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