Proteger Sempre

• Unimed-ES • Outubro de 2018 13 Tendências O futuro do varejo Fazer uma compra deixou de ser sinônimo de ir pessoalmente a uma loja, ver o produto, pagar com cartão, cheque ou dinheiro e levar para casa a aquisição em uma sacola, imediata- mente após sair do estabelecimento. “A loja que fez sentido até hoje, não fará mais sentido daqui para frente. Nos úl- timos 10 anos, vem diminuindo entre 7 e 10% por cento ao ano o tráfego de pessoas nos shoppings e lojas de rua em todo o mundo”, afirma Gustavo Schifino, mentor do Pier X, primeira plataforma phigital multiexperiência do Brasil (veja detalhes nesta página). O motivo para tanta certeza? O con- sumidor, hoje, tem condições de re- solver suas necessidades sem precisar se deslocar, com segurança para tran- sações online e ainda com o conforto de receber o que precisa em casa. Toda a forma de consumo digital – como as compras pelo Instagram, web, aplicati- vos de lojas e até pelo WhatsApp – está aí para comprovar. Essa é uma tendência corroborada por números. De acordo com a pesqui- sa Webshoppers (2018), feita pela Ebit em parceria com a Elo, o faturamento do e-commerce, em 2017, foi de R$ 47,7 bilhões. Isso representa aumento de 7,5% em relação a 2016, quando o se- tor registrou R$ 44,4 bi. A elevação nos números se deu porque, em 2017, hou- ve 111,2 milhões de pedidos feitos nos e-commerces, ante 106,3 milhões do ano anterior — uma expansão de 5%. O ticket médio por consumidor tam- bém se ampliou, passando de R$ 418, em 2016, para R$ 429 no ano passado, ou seja, um aumento de 3%. A parti- cipação do e-commerce no total das transações de comércio no Brasil ainda representa menos de 5% do total, mas sua expansão é nítida. Isso quer dizer, então, que a loja tra- dicional, como conhecemos, irá aca- bar, e só resta mudar tudo para o co- mércio digital? Claro que não. “A loja vai ter que se transformar. Os modelos clássicos estão diminuindo o interesse dos consumidores”, afirma Gustavo. É importante, segundo ele, que o lojista dedique esforços na experiência que o cliente terá dentro da loja, e isso ul- trapassa o conceito passado de, por exemplo, ter a mesma peça de roupa em vários tamanhos e cores diferentes, à disposição do consumidor, ocupan- do uma vasta porção do local e inves- timento imobilizado. Ao ressignifcar seu espaço físico, o varejista pode ter um showroom, sem estoque, e usar seu ambiente para que o cliente possa aproveitar, por exemplo, cursos, pales- tras ou shows que tenham afinidade com os valores daquela marca. Pedidos e pagamento de produtos podem ser feitos no local, com entrega a domi- cílio. “É uma troca de conceito e uma transformação que não é difícil de rea- lizar”, sintetiza Gustavo. A experiência do Pier X, em Porto Alegre, está aí para comprovar. Digital No primeiro parágrafo desta reportagem, apresentamos Gusta- vo Schifino, mentor do Pier X, a primeira plataforma phigital mul- tiexperiência do Brasil. Você entendeu o que é “phigital”? Trata-se da junção das palavras em inglês “physical” (físico) e digital. E esta é bem a experiência que o consumidor (ou não consumidor, pois não é necessário comprar nada) pode ter no Pier X, localizado no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre. O local, inaugurado no pri- meiro semestre de 2018, reúne arte, gastronomia saudável, con- sumo consciente, atenção à comunidade, música, ideias novas e lançamentos. Tudo, com muita integração com a tecnologia. No Pier X, há espaço de coworking e convívio (onde mais de 120 eventos já foram realizados, entre palestras, shows e workshops), excelentes opções de gastronomia, escola de yoga, inglês e música, além da possibilidade de compra de bens de consumo, como rou- pas. Mas não é possível sair de lá carregando uma sacola com uma blusa ou calça: à disposição do consumidor há um showroom, por meio do qual o cliente experimenta a roupa, conclui a aquisição (a forma de pagamento também é diferenciada, por meio de créditos em um aplicativo) e recebe o produto em casa. A aceitação tem sido muito positiva: só no primeiro semestre de 2018, mais de 94 mil pessoas passaram pelo Pier X, que conta com o apoio da Unimed Porto Alegre. As vantagens deste modelo são várias: os produtos e serviços ficam mais acessíveis ao consu- midor, pois a dinâmica permite excluir intermediários das tran- sações. Também não existe a necessidade de um departamento financeiro, já que não há circulação de dinheiro no espaço, uma vez que tudo é feito na plataforma digital e todos os valores vão direta- mente a seus destinatários, sem que se precise fazer o fechamento de caixa diariamente. “Também é um local seguro e coloca as pes- soas próximas aos produtos”, destaca Gustavo. Em resumo: o Pier X é físico porque estar presente é fundamental para a experiência, para a construção das relações. Também é digital, pois tudo é in- tegrado em uma plataforma tecnológica. E com propósito, porque tudo nele faz sentido na busca por viver melhor. O Pier X Novas formas de viver a experiência de compra já são uma realidade

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