Revista Unimed | Abril 2019 | Nº 82
Palavra do Presidente 5 É preciso ficar atento aos sintomas e ter foco na preven- ção à meningite. Trata-se de uma doença grave, podendo levar a óbito ou dano cerebral mais grave, deixando seque- las. A recomendação é feita pela Dra. Eliana Bruno Rehling, médica cooperada da Unimed Encosta da Serra, Diretora Técnica da Fundação Hospitalar de Rolante. São vários as- pectos acerca da meningite, podendo haver muitas etiolo- gias (causas) e tratamentos, e, portanto, esgotar o tema seria impossível. É importante, no entanto, explica Dra. Eliana, que sejam avaliadas as principais apresentações iniciais do quadro, já que é de fundamental importância o reconheci- mento de sinais e sintomas. A médica destaca que no Brasil a meningite é consi- derada uma doença endêmica, desse modo são esperados casos da doença ao longo do ano todo com a ocorrência de surtos ou epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocor- rência de meningites bacterianas no outono-inverno e das virais na primavera-verão (veja quadro nesta página). É uma doença de notificação e investigação compulsória. “A maioria dos casos de meningite tem cura, no entanto, é necessá- ria assistência médica o mais rápido possível, o que aumenta as chances de que se minimize a possibi- lidade de sequelas”, informa Dra. Eliana. Dra. Eliana A meningite é uma doença que atinge o sistema nervoso e se apresenta com inflamação das meninges, que são membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, mais frequentemen- te causada por vírus (casos menos graves) ou bactéria (casos mais graves), quando esses conseguem vencer as defesas do organismo. O que é Tratamento O tipo de tratamento dependente do tipo de agente que causa a doença: vírus, bactéria, fungo, parasita, outros, necessitando de avaliação clíni- ca, exames laboratoriais e do líquido cérebro-es- pinhal para a sua confirmação. A meningite meningocócica continua sendo o principal objeti- vo da vigilância, pela possibilidade de ocorrência de casos graves, com alta letalidade. Meningite viral As meningites virais podem ser transmitidas de diversas maneiras, como, por exemplo, contami- nação oral-fecal; também podem ser transmiti- das por contato próximo (tocar ou apertar as mãos) com uma pessoa infectada, troca de fraldas, tocar em objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois tocar em olhos, nariz ou boca sem lavar as mãos. Já os Arbovirus são transmitidos através de picada de mosquitos contaminados. Prevenção daMeningite Prevenção primária: vacinas e quimioprofilaxia (para alguns agentes infecciosos). As vacinas estão disponíveis no calendário de vacinação da criança. Já a quimioprofilaxia deve ser feita para casos de contato com a doença meningocócica e meningite por haemophilus influenzae. Outras formas de prevenção incluem evitar aglomerações e manter ambientes ventilados e limpos, lavar as mãos com frequência, especialmente antes das refeições e higienização adequada de alimentos. Meningite bacteriana Geralmente as bactérias se espalham de pessoa para pessoa, por meio das vias respiratórias, por gotículas de secreção do nariz e da garganta. Algumas bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos como verduras, legumes e frutas cruas, sem a adequada higienização. Todas as faixas etárias podem ser acometidas, porém o maior risco está entre crianças de menos de 5 anos, especialmente as menores de um ano, assim como portadores de quadros crônicos ou de doenças imunossupressoras como HIV. Incidência Febre alta, vômitos, dor de cabeça, dor no pesco- ço, mal-estar, rigidez de nuca, confusão mental e convulsões. Principais sinais e sintomas Alerta sobre a meningite Doença pode levar à morte ou danos cerebrais severos revençã
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