Revista Conexão | Edição 13 - page 17

Unimed Federação Minas
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nos, precisa frequentar cursos e eventos.
Assim, ele vai desenvolver bem a sua ca-
pacidade funcional.
Como vem sendo feita a preparação
da Seleção Brasileira para a Copa de
2014? E qual a responsabilidade de dis-
putar umMundial em casa?
Jogar a Copa doMundo em casa é um
peso que existe. O trabalho vem sendo
feito demaneiramuito coerente por toda a
comissão, com conceitos bastante tran-
quilos. O chefe da comissão, o Felipão, é
uma pessoa que só pensa em harmonizar,
em agregar, e isso é muito bom. Os joga-
dores entendem bem os conceitos e as
ideias, então, acredito que o resultado vai
ser o melhor possível.
Para nós, o melhor é ganhar a compe-
tição, assim como aconteceu na Copa das
Confederações. As pessoas comentamque
essa competição tinha apenas oito times,
mas eram times
top
de linha. A diferença é
que, ao invés de sete jogos como noMun-
dial, jogam-se cinco. Mas foram cinco par-
tidas dificílimas, pois só enfrentamos
equipes grandes. Tínhamos Itália, Uruguai,
Espanha, países que já ganharam títulos
mundiais, disputando a Copa das Confede-
rações. Por isso, acredito que o nosso time
virá extremamente motivado. Vejo os jo-
gadores muito animados e uma comissão
técnica que está dando o melhor para os
atletas e passa confiança para eles. Temos
que ter tranquilidade, torcer para que ne-
nhumdeles sofra lesão, o que é passível de
acontecer, agora ou no período da compe-
tição. De resto, acho que vamos ter uma
presença muito importante do Brasil na
Copa do Mundo.
Após 16 anos em um cargo de tanta
responsabilidade e pressão, o senhor
pensa em continuar na Seleção após a
Copa?
Eu tenho interesse de mudar um
pouco o perfil. São 16 anos que estou à
frente do Departamento Médico, partici-
pando ativamente, sem ter horário. A Se-
leção Brasileira viaja e compete a todo
momento, são praticamente 10 meses do
ano com vários jogos. Não sei quais são os
planos da CBF após a Copa do Mundo,
mas, se quiserem que eu permaneça, a
minha ideia é estar em uma situação mais
de retaguarda, mantendo minha presença
em algumas partidas. Me considero novo
para dizer que "não quero mais". Mas
quero dar oportunidade para que outros
profissionais, como o Rodrigo e o Edílson,
deemsua contribuição participando da Se-
leção Brasileira.
O senhor vem atuando frente à Co-
missão Nacional de Médicos de Futebol
(CNMF), criada em2010. Como vislumbra
o papel desse grupo no futebol nacional?
Eu acredito que a CNMF, que foi fruto
de umtrabalho árduo feito por nós, comsu-
porte da diretoria da CBF, vai precisar de
muito tempo para garantir o seu espaço,
mas acho que ela ainda participarámuito da
vidadopróprioatleta, na coordenaçãode ta-
belas e do dia a dia dos clubes. Tenhomuita
féque a genteganhe essaCopa doMundoe,
após o Mundial, o futebol brasileiro con-
quiste uma reviravolta muito grande.
Oque o senhor leva de história e con-
vivência profissional no futebol?
Uma coisa é você estar em uma resi-
dência médica e outra é estar dentro de
campo. A escola do futebol é espetacular.
Tenho 36 anos de futebol, 33 de Flamengo
e 16 de Seleção Brasileira. O que eu levo
são duas lições. A primeira é fazer o que se
gosta, caso contrário, nunca será uma pes-
soa realizada profissionalmente. A se-
gunda é estar preparado, no aspecto
técnico e tambémno político. É preciso ter
habilidade para lidar com as informações
e encontrar soluções. O futebol me deu
muita história de vida e me proporcionou
um salto muito grande para que tivesse
tranquilidade para exercer, com consciên-
cia, aquilo que eu queria. Estou, inclusive,
finalizando uma biografia que deve ser
lançada após a Copa do Mundo.
Jogar a Copa do Mundo em casa é um
peso que existe. O trabalho vem sendo
feito de maneira muito coerente por toda a
comissão, com conceitos bastante tranquilos.
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