Revista Conexão | Edição 13 - page 20

COMPORTAMENTO
Craques do
Conheça a história demédicos apaixonados pelo
futebol que começaram suas carreiras no esporte
A relação da medicina com o futebol
vai muito além da presença de profissio-
nais da área de saúde nas comissões téc-
nicas dos times. Principalmente no Brasil,
país em que o esporte é muito popular,
são inúmeras as histórias de médicos que
começaram sua carreira como jogadores.
É o caso do ortopedista cooperado
da Unimed-BH, Tiago Jacques Gonçalves.
Da infância até a juventude, ele se dedi-
cou a ser o melhor dos gramados. "Eu e
meus amigos jogávamos pelada o dia
todo na rua, e pessoas dos times, que
hoje são chamados de 'olheiros', nos viam
correr atrás da bola e chamavam para ir
fazer testes no Cruzeiro, no Atlético e em
outras equipes da região", recorda.
Atuando na posição de zagueiro, os
primeiros jogos emumgrande clube foram
no futebol de salão do infantil do Cruzeiro,
aos 15 anos. Para quem acredita que os
maiores craques já nascem com talento
para o futebol, a família deTiagoGonçalves
comprova essamáxima, pois ele é primo de
Eduardo Gonçalves de Andrade, que todos
conhecem pelo famoso apelido: Tostão
(leia mais na pág. 22). "Nós jogávamos
juntos nas várzeas desde crianças", conta.
Nos anos seguintes, os primos se-
guiriam carreiras separadas nos dois
maiores rivais de Minas. Aos 19 anos, o
ortopedista foi transferido para o time
júnior de campo do Atlético, época em
que Tostão já atuava no Cruzeiro.
Dois anos depois, em 1969, Tiago
Gonçalves voltou para o futebol de salão
do Atlético, onde jogou até 1974. "Ga-
nhei muitos títulos pelo futsal, como
Campeão Mineiro e Campeão Brasileiro
pela Federação Universitária Mineira de
Esporte", revela.
Nos dois últimos anos como jogador,
ele já tentava conciliar o esporte com a
faculdade de medicina. Foi quando de-
cidiu se casar e transformar o futebol
em apenas um momento de diversão.
"Naquela época, o futebol não era bem-
remunerado como é hoje, uma carreira
milionária. Era bem melhor seguir a me-
dicina. Tanto que vários colegas dessa
época abandonaram a bola e se tornaram
médicos", diz.
Reencontro por meio da bola
Quase uma década depois, já com a
carreira de ortopedista consolidada,
Tiago Gonçalves e sua esposa participa-
vam de um congresso de medicina em
São Lourenço (MG) quando, grávida de
sete meses, ela começou a passar mal e
deu à luz a terceira filha do casal.
Tiago Jacques Gonçalves (a dir.) atuou
por dois anos como zagueiro no time
júnior de campo do Atlético
Arquivo pessoal
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