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JUDICIALIZAÇÃO

Os materiais adquiridos para tratar problemas de

saúde representam uma importante parcela dos custos

das operadoras. Somente no Sistema Unimed, os gas-

tos com a indústria de Órteses, Próteses eMateriais Es-

peciais (OPMEs) chegam a R$ 4,5 bilhões por ano.

Quando comparados aos de outros países, os preços

desses recursos, no Brasil, são muito superiores e

podem ser considerados exorbitantes. Com o objetivo

de padronizar e gerenciar o processo de autorizações

de OPMEs e buscar o seu uso racional nas Singulares, o

Sistema Unimed atua em duas frentes de trabalho.

Desde 2009, o Comitê Técnico Nacional de Produ-

tos Médicos (CTNPM) combate o crescimento dos cus-

tos assistenciais, contendo a prática de preços abusivos,

reduzindo a diferença dos valores no mercado e uni-

formizando essa cobrança nas regiões do país. “O que

queremos é viabilizar, junto aos nossos principais for-

necedores, condições comerciais justas e compatíveis

com o potencial de negócio oferecido pelo Sistema”,

declara Luiz Otávio Fernandes de Andrade, assessor de

Regulação e Saúde Integral da Unimed Federação

Minas e coordenador médico do CTNPM.

Para isso, Luiz Otávio defende a transparência das in-

formações e um contato estritamente técnico com a in-

dústria de distribuição. “Uma peça que tem um deter-

minado valor de desenvolvimento e produção não pode

chegar ao paciente com um preço dez vezes superior ao

que sai da fábrica. Precisamos conhecer com precisão a

composição dos preços. Só assimpoderemos identificar e

combater as distorções e, inclusive, a ocorrência de cor-

rupção”, salienta. Nesse sentindo, o Comitê desenvolveu

um alinhamento estratégico com o Colégio Nacional de

Auditores e demais órgãos regulamentadores; capacitou

um grupo especial para aprimorar os processos de nego-

ciação; e concentrou as equipes, integrando e definindo

papéis de atuação dos núcleos estaduais e regionais.

ACOMPANHAMENTO CONSTANTE

Para colocar o tema no centro das discussões e ava-

liar, constantemente, o andamento e resultado dos es-

forços empregados no combate às más práticas,

também foi criada a Comissão Estratégica de OPMEs,

da qual o CTNPM é parte integrante. O propósito é

homogeneizar as discussões sobre o tema no Sistema

Unimed, eliminar eventuais desvios e contribuir com

apoio técnico em diversas instâncias, por meio de en-

contros e visitas aos setores competentes. “O nosso ob-

jetivo é abordar a causa do problema. Enquanto o preço

do produto for o foco da discussão, deixaremos de lado

outros aspectos fundamentais como qualidade assis-

tencial e racionalidade de uso.

Por isso, os custos e todas as de-

mais informações relacionadas à

utilização destes insumos preci-

samser transparentes. Emúltima

instância, toda a sociedade é pe-

nalizada quando utilizamos mau

os escassos recursos da saúde. É

em nome dela que devemos

agir”, declara Luiz Otávio.

PELA ÉTICA E

TRANSPARÊNCIA

Luiz Otávio Fernandes

de Andrade é assessor

de Regulação e Saúde

Integral da Unimed

Federação Minas

Divulgação Unimed-BH

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Unimed Federação Minas