Revista Ampla - Ed. 54

ARTIGO e aquele que pensamos ser O líder que somos O que é liderança? Qual O seu objetivo? Vários autores destacam que é simplesmente o ato de comandar, orientar, incentivar pessoas, com o ob- jetivo de atingir uma meta em comum. Conquistar um propósito. Justamente, por isso, as teorias sobre liderança avançam em um mundo no qual os cená- rios mudam rapidamente e as gerações mais novas já não respondem às lideranças do mesmo modo que as anteriores. Existem vários tipos de líderes, os mais clássicos são: o autocrático, o liberal e o democrático. A princi- pal característica do líder autocrático é que ele é do- minador, parece agir de forma “pessoal” nos elogios e nas críticas. Ele está sempre no controle, determina as tarefas, mas tem dificuldade de delegar. O liberal é pouco participativo e tem estilo laissez-faire, tudo é decidido pelo grupo. Já o democrático é diferente. Ele permite que o grupo debata, mas não abre mão de orientar e assistir. Esse líder age como um mem- bro normal do grupo e atua de modo “objetivo”, limi- tando-se aos “fatos”, em suas críticas e elogios. Um tipo de liderança defendida atualmente é a situacional, cuja teoria é do autor Ken Blanchard. Esse autor defende que os líderes são capazes de re- conhecer a maturidade e a motivação do liderado e adaptar o seu comportamento à capacidade de cada um. Outro, é o líder coach , cujo foco é desenvolver o potencial de seus liderados, identificando competên- cias, estimulando a autoconfiança e a visão de futuro. Há, ainda, o líder servidor ou motivador. Uma de suas prioridades é deixar as pessoas felizes no tra- balho, por isso sua preocupação com o relaciona- mento é bem intensa. Em contraponto, há também o líder técnico. O referencial, aqui, como o nome já diz é sua capacidade técnica e um elevado conhe- cimento sobre o que o seu time faz. Por último, te- mos o líder carismático que tem um grande apelo emocional. Ele carrega uma capacidade de convenci- mento e de atração ímpar. Não se deve confundi-lo com aqueles que fazem o tipo “paizão” ou “mãe- zona”. Esses, na verdade, têm dificuldade de liderar, de tomar decisões, dizer não e até dispensar, se for necessário. O que acaba por prejudicar as pessoas e à própria gestão. É lógico que a maioria desses e de outros tipos de liderança têm pontos positivos e negativos. É preciso observar, reforçando os pontos fortes e ate- nuando os fracos. As teorias comportamentais, em especial os estudos sobre liderança, abordam, de forma bem didática, esses estilos e outros, com suas vantagens e desvantagens. É importante saber que tipo de líder somos e qual pensamos ser. O fato é que queremos ser o líder que funciona. O líder que faz acontecer. Para isso, é necessário fazermos uma reflexão constan- te e lembrarmos que nem sempre somos um tipo puro. Geralmente somos um pouco de cada um. Por isso, a importância em olharmos, de fato, para os re- sultados que estamos obtendo. Isso nos ajudará a fazermos uma análise crítica e aprimorarmos essa liderança. A tendência em sermos condescenden- tes com a gente mesmo é muito grande. No entanto, é fundamental termos a consciência de que os re- sultados que obtivermos, tanto no que diz respeito aos processos quanto aos relacionamentos profis- sionais, estão diretamente ligados à honestidade e à consciência com a qual exercemos essa liderança. A cultura de uma empresa, muitas vezes, ajuda- rá a nos definir ou readequar. Em uma cooperativa, por exemplo, não há como uma liderança não ser obrigatoriamente servidora, motivadora, democrá- tica, coach e, se possível, carismática. E sempre será preciso aparar as arestas que uma organização democrática, assim, exige, para que não deixe de ser funcional. Esse é o grande desafio de qualquer líder em uma gestão cooperativa. Luís Francisco Costa diretor Administrativo e Financeiro da Unimed PR Fontes: http://www.metodoagil.com/tipos-de-lideranca/ 46 AMPLA JUL/AGO/SET 2019

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