Bate
Coração!
De todas as palavras escritas e ditas na história da humanidade, nos mais
variados idiomas, certamente “AMOR” ocupa o primeiro lugar no pódio.
Mesmodiantede todaaevoluçãoconquistadana sociedade, essesentimento
continua sendo o desejo maior de qualquer ser humano, na medida em que
traduz o bem-querer entre homens, mulheres, pais, filhos, irmãos, amigos e
todas as formas de se relacionar.
Muito mais do que apenas um substantivo masculino, o
amor é um sentimento que representa a essência dos
mais fortes laços no relacionamento entre o ser humano,
independente de raça, sexo, cultura ou idade. Há quem
diga que o amor seja tão vital quanto o ar, porque pode
levar ao equilíbrio e produzir paz de espírito, alegria e
contentamento. Com tantos atributos, torna-se inevitável
acreditar que o ato de amar e o de ser amado também
fazem bem para a saúde do corpo.
Na verdade, a relação entre amor e coração é muito
antiga, primitiva até. Tanto que o homem elegeu esse
poderoso músculo que bate no organismo e mantém
o corpo vivo como o símbolo do amor. O cardiologista
Alexandre Cury explica que, quando as pessoas são
tomadas por uma forte emoção, os batimentos cardíacos
se alteram significativamente. “O amor, a paixão e o prazer
provocam esse tipo de reação, a ponto de podermos
ouvir nosso coração, ou como se ele pudesse sair pela
boca”. Por isso também que o desconforto causado pela
angústia se traduz, muitas vezes, por uma sensação de
vazio no peito, que é justamente onde se aloja o coração.
A psicóloga Joana Simielli, do Centro de Promoção da
Saúde (CPS) da Unimed Grande Florianópolis, especialista
em Psicologia Clínica na Abordagem Centrada na Pessoa,
concorda com o cardiologista. “Ao vivermos uma emoção
forte é o cérebro que libera adrenalina, mas sentimos
isso no coração, pois ele dispara, acelera os batimentos
e aumenta a pressão arterial. Logo, quando amamos,
ou estamos apaixonados, nosso coração passa a ser
o representante dos nossos sentimentos”. Ela também
afirma que amar é essencial para a vida e para as
relações humanas. “Desenvolvemo-nos a partir das nossas
relações sociais já na infância, com nossos pais, ou cuidadores,
com quem aprendemos as primeiras formas de afeto. Na
medida em que vamos crescendo, mais pessoas passam a
fazer parte do processo. É a soma do que aprendemos em
todas essas relações que nos transformam no que somos
quando adultos. Sem dúvida, o amor está e estará presente
nessa construção”.
Para Joana, os maiores benefícios do amor se traduzem num
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AMOR