Revista AMPLA - Edição 52

ARTIGO Cooperado, você sabe como está a a suaUnimed ? Essa pergunta sempre ronda as reuniões de médi- cos, envolve os pacientes nos consultórios e mexe com a so- ciedade. Muito pela importância das cooperativas médicas, pois somos responsáveis pela assistência à saúde de mais de 17 milhões de brasileiros. Afinal, você saberia dizer como está a sua Unimed ? O cooperativismo é calçado em 7 princípios que formam sua base filosófica e que se traduzem nos valores que profes- samos e devemos praticar. O Sistema Cooperativo Unimed se utiliza desses princípios para cumprir seu objetivo maior que é proporcionar trabalho e renda ao cooperado, entregando aos seus beneficiários um atendimento qualificado. Esse é o princi- pal diferencial em relação a outras operadoras. São eles: Adesão livre e voluntária, Gestão democrática, Participação econômica, Autonomia e independência, Edu- cação, formação e informação, Intercooperação e Interesse pela Comunidade. Atuar numa cooperativa pressupõe participação econô- mica, ou seja integralizar suas quotas partes de acordo com o que o estatuto define, mas também deliberar sobre os destinos da cooperativa, as propostas de ações e projetos. A condição de cooperado gera uma responsabilidade legal, de guardião do patrimônio da cooperativa, por isso é de suma importância que outro princípio seja plenamente exercido. A gestão democrática oportuniza meios para que todos os cooperados, de forma igualitária, possam, diretamente ou por meio de seus representantes, administrar um bem co- mum. Esse ponto é de fundamental importância, pois têm atitudes de gestão que cabem ao cooperado na sua prática diária e outras que competem aos representantes eleitos, e essa sinergia tem que ocorrer para que a cooperativa se sus- tente e cresça. A responsabilidade não pode ser exclusiva de um lado, mas sim compartilhada entre todos. Falar de coo- perativa é falar de esforços individuais que geram benefícios coletivos e proporcionais ao seu trabalho. Igualdade e responsabilidade ajudam na definição prática de democracia, que também pressupõe transparência das in- formações. Ela engaja e cria comprometimento, fazendo com que as pessoas desenvolvam as ações necessárias. Existem muitos veículos de comunicação das Unimeds com seus co- operados, desde os mais formais como circulares e cartas im- pressas, passando pelos jornais e revistas, até os mais infor- mais como e-mail e Whatsapp . Não importa o meio, mas sim o conteúdo que deve traduzir de forma objetiva aquilo que se precisa comunicar e, principalmente, que ele atinja a quem de direito. De forma direta, existe um espaço imprescindível para uma boa gestão e o exercício da democracia, a assembleia. Costumo dizer que março é um mês no qual o coopera- tivismo aflora. Por força legal, as cooperativas têm que fazer suas assembleias ordinárias até o fim do primeiro trimestre, sendo março o mês mais escolhido para tal fim. É ummomen- to ímpar, pois passado e futuro se encontram. Os cooperados apreciam as contas e os resultados do ano anterior, mas tam- bém analisam os projetos e o orçamento do ano que se inicia. O relatório de gestão e as ações desenvolvidas são apresenta- dos, ocorrem as eleições de conselheiros fiscais anualmente e a cada tempo (definido no estatuto da cooperativa) a eleição do corpo diretivo. Enfim, temas relevantes que merecem aten- ção especial e posicionamento individual. Já escutei de colegas: “Eu não participei, não sei do que falaram e por isso não tenho culpa se algo der errado”. Em que pese o pensamento linear, numa organização cooperativa, as coisas não funcionam bem assim. Não participar é, na maioria das vezes, uma escolha, logo uma decisão. Decide-se outorgar a outros o poder decisório que, por vezes, afeta não só o pa- trimônio da empresa, mas também o patrimônio pessoal de cada cooperado que tem sua fonte nos honorários médicos. Reflita um instante. O que lhe motivou a entrar na sua Uni- med? Colhendo opinião entre cooperados, percebi que a ampla maioria respondeu que a entrada na cooperativa poderia ala- vancar a sua profissão, oferecendo acesso a milhares de bene- ficiários que diariamente buscam atendimento. Portanto, além de conceitos científicos, filosóficos e éticos da profissão, temos questões de mercado que ditam nossas escolhas. A renda do cooperado depende do seu trabalho e este de- pende da capacidade da cooperativa se posicionar bem nesse mercado e conquistar umnúmeromaior de beneficiários. Esse posicionamento ocorre com o desenvolvimento de produtos aos diversos públicos e conta com a qualidade e proficiência dos cooperados no atendimento aos seus beneficiários. Exis- te um círculo virtuoso e você faz parte disso. Preocupar-se com a cooperativa é se preocupar com a sua carreira e sua renda. Em sã consciência você investiria seu dinheiro em um “negócio” que representa parte significativa de sua fonte de renda e sequer procura acompanhá-lo e/ou desenvolvê-lo? Se você pouco frequenta sua Unimed, sugiro que parti- cipe, compareça nas assembleias, aos eventos realizados e leia suas publicações. Além de profissional qualificado que é, assuma seu papel de sócio. Afinal, mesmo que tudo isso faça pouco sentido para você, se alguém lhe perguntar como está a sua cooperativa, como está sendo gerido o seu capital investido e parte considerável de seu trabalho e renda, pelo menos você saberá responder. Saudações cooperativistas. Dr. Alexandre Gustavo Bley diretor de Mercado e Comunicação da Unimed Paraná 42 AMPLA JANEIRO-MARÇO 2019

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