FINANCI
AMENTO
riar uma rede assistencial própria, que inclui
um hospital de alto padrão, exige investimen-
to em larga escala e de toda a natureza - es-
tratégico, operacional e financeiro. Como líder
do mercado carioca de planos de saúde há alguns anos, a
Unimed-Rio poupou recursos para investimento em parte de
sua rede própria, e lança mão de linhas especiais de crédito
para sustentar seu projeto de desenvolvimento.
Os dois prontos atendimentos (Barra e Copacabana)
e o Espaço Para Viver Melhor, em Botafogo, foram cons-
truídos e estão sendo mantidos com recursos próprios,
gerados pela própria operadora. Essas unidades exigiram
um investimento inicial de instalação - cerca de R$ 38
milhões - e sua operação deverá se tornar autofinanciá-
vel em poucos anos, uma vez que apenas o PA Barra já
registra mais de 11 mil atendimentos/mês.
Já a construção e a equipagem do hospital tem uma
história peculiar: ela está sendo viabilizada com financia-
mento de longo prazo da Caixa Econômica Federal (CEF),
no valor aproximado de R$ 190 milhões (o que equivale a
aproximadamente 6% do faturamento anual da cooperati-
va). O financiamento é em 12 anos, com três de carência, e
será amortizado por meio da geração de EBITDA do próprio
hospital, testado no plano de negócios pelos consultores e
pela CEF. Foi uma negociação inédita na história da Caixa,
só possível porque a Unimed-Rio criou a Unimed-Rio Parti-
cipações com um detalhado e coerente plano de negócios.
O superintendente regional da CEF, José Domingos Vargas,
explica porque a instituição fez negócio com a Unimed-Rio: "A
Caixa buscava um projeto no setor hospitalar que agregasse
valor à sua marca, e o Hospital Unimed-Rio se encaixou no
nosso planejamento. Além de possuir todos os modernos pa-
râmetros de sustentabilidade, o hospital vai suprir uma carên-
cia estadual e elevará o Rio ao nível de excelência de outros
grandes centros. Esperamos fortalecer nossa parceria com a
Unimed-Rio em muitos outros projetos".
A confiança da CEF no projeto da Unimed-Rio é, na opi-
nião do diretor financeiro da cooperativa, Paulo Geraldes,
uma demonstração evidente da seriedade com que o em-
preendimento está sendo realizado. "Estamos numa fase de
alto investimento, mas com o pé no chão, propondo uma
mudança de patamar importante para a marca Unimed no
nosso estado".
"A contrapartida", salienta por sua vez o diretor financeiro
da Unimed-Rio Empreendimentos Hospitalares, David Szpa-
cenkopf, "é muito interessante para o médico cooperado,
porque ele sabe que esse investimento está fortalecendo a
empresa que é dele. Como não temos acionistas ou investi-
dores externos, todo o resultado desse esforço empresarial
será em benefício do próprio médico cooperado".
C
Saiba
como o
Grupo
Unimed-Rio
planejou o
financiamento
da sua rede
assistencial
própria
por FRANCIELLE HENDSOLDT
Mais!
Revista
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