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APRESENTAÇÃO
1 Maternagem, nesse contexto, refere-se a um conjunto de cuidados que o bebê necessita
do meio ambiente devido sua fragilidade para o seu desenvolvimento sadio. O termo não é
diretamente relacionado à consanguinidade. A maternagem é, portanto, uma função podendo
ser desenvolvida por qualquer pessoa envolvida no processo de cuidado do bebê.
Maternagem
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Gestação, de acordo com o dicionário Michaelis (2009), é o período de
tempo em que se desenvolve o embrião no útero, desde a concepção até o nas-
cimento. Sabemos, porém, que ela vai muito além desse simples conceito. É uma
experiência riquíssima, onde tanto a mãe quanto o pai vivem intensas e variadas
sensações, preparando-se para a chegada de um novo integrante da família.
Gestar é, antes de tudo, tomar uma decisão. Afinal, a decisão de ter ou
não filhos passou a ser uma opção no mundo contemporâneo. Pode-se afirmar
que em tempos remotos a situação era bem outra. A maternidade era algo ine-
rente ao ser mulher, e ter filhos era a prova da “normalidade” de um casal que ti-
nha como regra biológica e social dar continuidade à família e à própria espécie.
Dessa forma, o termo “opção”, nesse contexto, antes não fazia sentido
na vida de um casal que planejava construir um laço conjugal e familiar. Se, por
um lado, o papel do homem foi o de provedor do lar, por outro lado, vê-se his-
toricamente, o papel da mulher como aquela que nutre o lar com seus cuidados
domésticos e maternais.
Hoje, diante de um mundo em constante modificação, ter filhos cor-
responde (ou deveria corresponder) a uma situação econômica favorável, bem
como a um desejo subjetivo e próprio de cada casal (ou indivíduo) de ampliar a
família e os laços afetivos que a compõem. A maternidade passa a ser uma op-
ção que exige seriedade, desejo e adequação de vida. Ser mãe significa ganhar,
mas também abdicar de outras coisas, por exemplo, a significativa diminuição
do tempo de trabalho por um determinado período, o qual é sim decisivo na
formação desse bebê que chega ao mundo e necessita de família.
A paternidade, por sua vez, nunca foi tão importante quanto hoje, uma
vez que o pai também participa mais ativamente na decisão, bem como na pró-
pria gestação e educação dos filhos. As decisões são tantas e vividas tão inten-
samente que o casal depara-se com dúvidas que vão desde o questionamento