Revista Viva - saúde & bem-estar - page 10

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devemos explicar que o tratamento vai trazer resultados
positivos. Isso nem sempre acontece, mas nós médicos te-
mos que perseguir e acreditar na cura, buscando a melhora
clínica e dos sintomas.
Revista Viva: As pessoas que têm fé lidam com a dor
commais facilidade?
Luiz Carlos Paier:
As pessoas que têm fé têmmenos dor, se
incomodam menos e se recuperam mais rápido. É impres-
sionante. De forma geral as pessoas com fé lidam com a dor
e a sintomatologia mais fácil e estudos comprovam isso. O
período de tratamento fica mais curto e elas também se re-
cuperammais rápido porque acabam acreditando. Quando a
pessoa acredita, ela acaba fazendo o que é recomendado pelo
médico. Os pacientes que não têm crença são desconfiados
e também não acreditam no médico. A gente
pede para fazer fisioterapia, tomar medicações
na hora certa e em inúmeras vezes, não seguem
à risca o que a doença dele precisa e acabam não
acreditando nem no médico.
Revista Viva: Como é lidar comesse paciente
que não tem fé?
Luiz Carlos Paier:
É mais complicado porque
esse paciente é descrente, mais resistente e nega-
tivo. A gente tenta fazer omáximo para conseguir
que ele acredite e faça tudo o que é necessário,
mas é muito mais difícil.
Revista Viva: O senhor recomenda que a pes-
soa tenha mais fé nesses casos?
Luiz Carlos Paier:
A gente tenta fazer isso sem-
pre, porque nós tambémacreditamos. Em inúme-
ros casos lidamos com pacientes mais idosos e
vemos muitos sem companhia. Geralmente, são
esses os incrédulos. Observamos que as pessoas
que têmmais fé têmmais união familiar, e mais
ajuda deles. É umconjunto de coisas que vai agre-
gando a essas pessoas.
As pessoas que têm fé sentem
menos dor e se recuperam
mais rápido... Quando a pessoa
acredita, ela acaba fazendo o que
é recomendado pelo médico
fotos
José Alberto Jr.
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