Aplicativo utilizado pela Unimed São José do Rio Preto ajuda a identificar o risco de quedas em idosos

        23 de fevereiro, 2022

Desde o fim de 2021,vários beneficiários da Unimed São José do Rio Preto, com idades acima de 60 anos, participam de um projeto cujo objetivo é identificar o risco individual de quedas e ajudar a preveni-las. Para este projeto, a Unimed Rio Preto firmou parceria com a startup Techbalance, que desenvolveu um aplicativo para identificar o grau de risco de quedas dos idosos e, a partir dos resultados, permitir aos profissionais traçar as melhores estratégias para evitar que algum incidente realmente aconteça.

Atualmente, 148 idosos pré-frágeis ou robustos, que são aqueles indivíduos que, mesmo idosos, continuam a ter vida ativa, estão sendo avaliados. Nesse grupo, de forma surpreendente, 86% dos idosos apresentaram médio ou alto risco de queda e apenas 14% baixo risco. Entre os que apresentaram alto risco, 78% tinham histórico prévio de queda, o que reforça a efetividade da plataforma. O objetivo é, em 12 meses, expandir o programa para 1.200 idosos pré-frágeis que serão acompanhados na Atenção Integral à Saúde da Unimed Rio Preto. 

Com ajuda de um simples celular preso à cintura do cliente, o aplicativo mede a predisposição para quedas, avalia o equilíbrio postural e a autonomia motora desses pacientes, através de  alguns movimentos que são captados por sensores do smartphone e analisados pelo algoritmo do aplicativo.

Ao final do teste, é gerado um riquíssimo relatório que facilita o gerenciamento da fragilidade e minimiza o risco de quedas, além de servir de suporte para o médico propor tratamentos e tomar a melhor decisão clínica. Dependendo dos resultados, o beneficiário é convidado a participar de programas com acompanhamento multidisciplinar da Unimed Rio Preto.

Segundo o coordenador Médico da Medicina Preventiva - AIS do Espaço Unimed #Cuidardevc e Espaço Viver Bem, João de Castilho Cação, “os resultados apontados pela ferramenta identificaram entre idosos saudáveis uma alta e inesperada porcentagem com risco moderado e alto para quedas. Isso, além de alertar os pacientes para uma possível queda, motiva a mudança de hábitos, o engajamento no tratamento e, consequentemente, a redução da chance ou mesmo evitar que a queda aconteça na prática”, afirma.

Ao identificar o risco, o paciente recebe orientações para evitar o problema. Instruções que acabam contribuindo para melhorar a qualidade de vida. Como é o caso da beneficiária Evanilda Amaral Silva, de 62 anos, que vem sendo avaliada por meio do aplicativo.

“Está sendo muito bom participar. Estou sentindo que minha qualidade de vida está melhorando. Com as avaliações, comecei a prestar mais atenção nos meus movimentos. Descobri que eu pisava errado e isso não apenas aumentava o risco de queda, mas era o que provocava, por exemplo, dores nas costas e na lombar. Iniciei um fortalecimento e isso melhorou muito. Há um ano atrás eu fraturei o pé ao descer do carro, hoje eu acho que isso até pode ter ligação com essa pisada que estou corrigindo agora”, afirma Evanilda.

Quem também está sendo acompanhado é o beneficiário José de Matos Goulart, de 76 anos. “Estou gostando demais de participar do projeto, pois, você sabe, idoso cai muito e receber essa atenção é fundamental. Eu e minha esposa temos boa mobilidade, caminhamos e nunca tivemos problemas de quedas, mas se pra gente está sendo bom, imagina para quem não se exercita. Todos deveriam ter esse acompanhamento, as orientações que recebemos com certeza ajudam no dia a dia”, destaca Goulart.

Outro estudo está sendo realizado entre idosos frágeis. Ao todo, 126 idosos, com 70 anos ou mais, estão sendo acompanhados, 50% com a utilização do aplicativo e os demais não. “Queremos identificar quais os preditivos de quedas nesses idosos a frágeis analisando, em conjunto com o resultado do aplicativo, outros fatores como histórico de quedas efetivas, força de preensão palmar, velocidade da marcha, etc. Isso será fundamental para que nossos resultados sejam ainda mais efetivos”, explica Cação.

”Trazer a tecnologia para promover prevenção e melhoria da qualidade de vida de nossos beneficiários é um dos pilares de nossa estratégia de Inovação Corporativa. A possibilidade de expandir os horizontes de diagnósticos através de tecnologias vestíveis, como esta, permite trazer novas formas de atenção e, ao mesmo tempo, uma nova experiência de relacionamento como a Unimed Rio Preto”, diz o diretor de Tecnologia e Inovação, Elber dos Reis.

Divulgação Health Week 2° Edição