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Voltar Missão internacional China: comitiva visita áreas de saúde e de inovação no país asiático; Confira!
Representantes do Sistema Unimed Paraná estiveram, entre os dias 8 e 20 de novembro, em uma missão internacional, na China. A viagem objetivou conhecer as operações de saúde, tecnologia e inovação do país asiático, incluindo visitas nas cidades de Guangzhou e Shenzhen, por meio do Healthcare Innovation Program. O programa é uma parceria entre a Universidade Albert Einstein, Unimed Paraná e Sescoop/PR e incluiu visitas a universidades, instituições ligadas ao governo, hubs de inovação, hospitais e empresas, bem como à imersão na cultura milenar da medicina oriental e inovação tecnológica.
Antes do embarque, o grupo reuniu-se, em São Paulo, dia 7 de novembro, a fim de realizar um aquecimento para a missão. Na primeira semana em solo chinês, os representantes paranaenses visitaram a Universidade de Guangdong, que conta com 66 anos de existência e 28 mil alunos. Além de farmácia e medicina clínica, a universidade conta com hospital próprio e afiliados. Essa universidade está entre as três melhores da área de saúde da China. Na ocasião, um termo de parceria e cooperação para integração de pesquisa e intercâmbio foi assinado entre a Unimed e a instituição de ensino chinesa Guangdong Pharmaceutical University, especialmente para a possibilidade de alunos chineses conhecerem os hospitais Unimeds do estado, entre eles, os de Londrina, Maringá e Ponta Grossa.
Entre as apresentações, palestras como: (1) treinamento dos talentos médico; (2) sistema de seguro de saúde multinível na China; (3) milagre do desenvolvimento da China – da reforma à abertura; (4) a empresa Fosun (uma grande corporação e player de inovação), que deu origem à Fosun Pharma um braço do grupo na indústria de saúde, sendo que a fabricação de medicamentos é o principal negócio, incluindo os segmentos de medicamentos inovadores, produtos maduros (biossimilares) e fabricação de vacinas. Os painéis acabaram por apresentar, mesmo de forma rápida, um tanto da história, das conquistas e da cultura local, o que colaborou um pouco mais no entendimento desse país tão rico e controverso e sua capacidade ímpar de engenharia reversa.
A visita ao Guangdong Provincial Tradicional Chinese Medicine Hospital causou bastante impacto entre a comitiva. O hospital é um dos mais antigos do país, além de ser também o maior que trabalha com a medicina tradicional chinesa, sem abrir mão de todos os métodos tecnológicas de diagnóstico disponíveis, como tomografia, RNM, Pet Scan, entre outros. Eles utilizam da medicina tradicional chinesa em concomitância com a convencional/ocidental. O hospital tem um total 7.684 profissionais e 3.205 leitos. Produz mais de 30 mil prescrições diárias, com uma dispensação de cerca de 18 toneladas diárias de fitoterápicos e medicamentos naturais.
Pesquisa e inovação - A instituição conta com várias linhas de pesquisa, como de células-tronco, sendo um dos hospitais que mais desenvolve projetos na China, com 55 times de pesquisa. Tem público variado, 70 a 80% das pessoas que vêm ao hospital têm seguro saúde, mas eles também contam com atendimento particular’. A ida do paciente é por escolha própria e os tratamentos são personalizados. Acreditam que os tratamentos por protocolos, apesar de terem seus bons efeitos, poder ser mais imprecisos. Buscam o atendimento levando em conta a individualidade.
Outro hospital foi o Nanfang, referência internacional em transplantes (rins e fígado), também, em Guangzhou. Ex-hospital militar, o espaço hoje atende a população de modo geral e funciona como base para estágio da faculdade. Tem mais de 4 mil leitos, 318 leitos de UTI. É considerado o 8º hospital da China em tamanho. Atuam muito em pesquisa, no último ano investiram 25 milhões de RMB. Fazem 250 a 280 cirurgias/dia com 75 salas no complexo inteiro, sendo 60 no bloco cirúrgico principal, dividido em diversos andares de especialidades. Foi o primeiro hospital do sul da China a usar robótica, em 2016. Atualmente, conta com 180 mil internações/ano. Na UTI, utilizam prontuário médico-eletrônico, dashboards de monitoramento dos pacientes, mas ainda não utilizam inteligência artificial.
Em Shenzen, considerada o Vale do Silício da China, o grupo visitou o braço da Hong kong Science Park Shenzen Branch. O local é um ecossistema de inovação, que apresenta cinco grandes campus. Cada um com uma expertise e no total apresentam companhias de 27 países e regiões diferentes. Hoje fazem a gestão de mais de R$ 1 bilhão de dólares em fundos de venture capital. Trabalham da ideação até a formação de um unicórnio, desde a pesquisa básica até o desenvolvimento e a comercialização do produto. Apresentam mais de 270 empresas biomédicas de tecnologia como parceiras. Atualmente estão com várias linhas de pesquisa na saúde, dentro de grandes grupos, como doenças neurodegenerativas, oncologia e imunologia. Eles dividem em duas partes seus esforços, o mercado global e o mercado local.
Algumas startups locais apresentaram seus projetos. A Papkot é desenvolvedora de embalagens de papel a partir de elementos naturais, demonstrou seu trabalho em que não se utiliza de plásticos, todo material é biodegradável e reciclável. A Jiying que trabalha com equipamentos de monitoramento e IA (Inteligência Artificial), demonstrou o case de rastreamento de câncer, em que a IA indica melhores pontos para biópsia. A Gimii, uma plataforma 3D para facilitar a educação dos médicos e com a possibilidade de uso clínico em cirurgias, utiliza-se de smartphones, é interativa e customizável. A empresa combina imagens de ressonância magnética e disponibiliza modelos anatômicos de forma 3D com boa navegabilidade. Também conheceram o Doutor Telemedicina, o trabalho desenvolvido na área.
Durante a missão, o grupo se reuniu com a médica Maria Fernanda Portugal do Hospital Albert Einstein para uma aula sobre conceitos de biodesign, uma evolução na área da saúde do desing thinking. No Brasil, o Einstein possui o único programa autorizado por Stanford para o ensinamento e propagação na América Latina. O trabalho apresentando teve o objetivo de apresentar alguns projetos utilizando a técnica.
A comitiva fez visita, ainda, a Mindray equipamentos médicos. Fundada em 1991, a empresa trabalha na produção de equipamentos com tecnologia Iot (Internet das Coisas) e IA, conta com mais de 18 mil funcionários e cerca de 24% deles se dedicam à pesquisa e ao desenvolvimento. No quadro, existem 12% de estrangeiros. É a número 1 na China e está presente nos 20 maiores hospitais dos EUA como John Hopkins, General Hospital of Massachussets e University Hospital of Pensilvânia.
As visitas ao Huawei Telecom, uma das gigantes da tecnologia do país asiático, ao banco genético da China, à empresa BGI, responsável privada junto ao governo chinês pela gestão do banco e ao Hong Kong Science Park Shenzen Branch finalizaram as atividades do grupo na China.
A missão, coordenada por Omar Genha Taha, diretor de Inovação e Desenvolvimento da Unimed Paraná, contou com a participação de presidentes e dirigentes das Unimeds: Ribamar Leonildo Maroneze, Apucarana; Paulo Henrique Colchon e Antonio Carlos Cardoso, Campo Mourão; Marcos Pedro Gomes, Cianorte; Marco Aurélio Farinazzo; Oeste do Paraná; Sueli Kazue Muramatsu Pereira e Celso Fernandes Junior, Londrina; Teresa Cristina Gurgel do Amaral e Lai Pon Meng, Maringá; Rafael Francisco Dos Santos e Pedro Moyses Soares Jacintho e Anderson Ghirotti Brega, Ponta Grossa; Bruno Eduardo De Camargo, Paranavaí; Maria Emilia Pereira Lima, Sistema Ocepar; além dos diretores da Unimed Paraná Alexandre Gustavo Bley, Administrativo e Financeiro, e Faustino Garcia Alferez, de Saúde. No total foram 29 participantes, entre eles representantes do Albert Einstein, Anthurium e IB! – Israel Brasil -Innovation.
Experiência indescritível
Confira, abaixo, alguns depoimentos dos participantes:
“Com organização impecável a missão nos levou à um dos berços das inovações. Hospitais incrivelmente modernos e alta tecnologia e uma grande possibilidade para futuras parcerias”, Antônio Carlos Cardoso - Unimed Campo Mourão
“A viagem à China nos proporcionou a oportunidade de explorar uma cultura extraordinária, que combina tradições ancestrais com inovações tecnológicas impressionantes”, Pedro Jacynto - Unimed Ponta Grossa
“Do ponto de vista pessoal foi indescritível o que vivenciei, seja de forma individual e/ou coletiva, compartilhando bons momentos com tantos colegas, tivermos uma imersão e a possibilidade de conhecer uma cultura milenar, seus costumes, sua culinária, enfim sua história. Criamos de forma harmônica um convívio que com certeza vai nos aproximar ainda mais, fato que contribui para as relações de trabalho, pois somos um sistema pessoalizado. Profissionalmente, verificar in loco o poder de superação e organização de um povo, foi gratificante, assim como vivenciar essa experiência pode mudar conceitos e criar insights, levando a ganhos indiretos se colocados em prática. A evolução apresentada, especialmente, num tempo tão exíguo, nos últimos 50 anos, me levou a vários pensamentos. Claro que o formato de organização política e de governança do país por si só já diz muito, mas procurei abstrair e resumir, de forma mais branda, o que aconteceu e acontece por aqui: organizar, cooperar e inovar são bases para a evolução de uma sociedade, assim como conhecer, mensurar e monitorar facilitam a forma de geri-la", Alexandre Bley - Unimed Paraná
“A China nos mostrou que inovação é uma jornada contínua, onde criatividade, investimento e ousadia podem gerar avanços na saúde. A grande inovação foi entrelaçar as Singulares da Unimed do Paraná capitaneadas pela Federação, em que vimos de perto a capacidade chinesa de transformar ideias em soluções reais”, Celso Fernandes - Unimed Londrina
“O aculturamento dos Chineses em prol de grandes objetivos tem elevado o padrão de suas conquistas tanto no setor tecnológico como no bem estar social”, Marcos Pedro - Unimed Cianorte
“Além do conhecimento cultural da nova China aberta economicamente, a missão foi importante para posicionar como os Chineses estão avançados em tecnologia inovadora para o atendimento médico. Fiquei impressionado com a disponibilidade de equipamentos de ponta em todas as salas cirúrgicas (mais de 60 em um único hospital) e em todos os leitos de recuperação anestésica, não tendo a necessidade de racionar equipamentos”, Paulo Colchon - Unimed Campo Mourão
“Foi uma imersão em inovação em uma cultura milenar, adaptada à modernidade, que superou todas as minhas expectativas”, Faustino Garcia Alferez – Unimed Paraná
“Toda viagem é transformadora! Oportunidade de engrandecimento pessoal e profissional!”, Ribamar Maroneze - Unimed Apucarana
“Foi uma experiência rica. Toda a programação proposta foi cumprida. Além do impacto tecnológico, houve também um impacto cultura. As empresas chinesas demostram uma capacidade de organização e agilidade institucional muito acima do padrão ocidental. Percebemos que há uma forte presença do Estado em todos os negócios, muitas vezes, como investidor majoritário. Acredito que o contado com a Medicina tradicional Chinesa abre perspectiva de estudo desta modalidade. Do mesmo modo, a possibilidade de intercâmbio de médicos com os hospitais e cooperação científica e laboratorial com o setor de ATS (Universidade e fábricas de medicamentos). Houve vários ganhos que podem agora serem analisados e melhor explorados para trabalhos futuros”, Omar Genha Taha – Unimed Paraná
“Nossa recente jornada à China foi uma imersão em um universo de possibilidades. Experimentamos um cenário disruptivo onde cultura, tecnologia e estratégias de saúde caminham lado a lado de formas que nos desafiaram a pensar diferente”, Bruno Camargo - Unimed Paranavaí
Fonte: Relatório escrito pelo diretor Alexandre Gustavo Bley (Administrativo e Financeiro) e a apresentação elaborada pelo diretor Omar Genha Taha (Inovação e Desenvolvimento, ambos da Unimed Paraná.