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A importância da prevenção de doenças respiratórias no inverno

Procurar assistência médica assim que os primeiros sinais e sintomas aparecerem é fundamental para que o caso não se agrave
Texto: Amanda Medeiros
Design: Divulgação/Unimed COP
        27 de agosto, 2021

É comum haver o aumento do número de casos envolvendo doenças respiratórias no inverno. Afinal, as baixas temperaturas provocam uma combinação de hábitos suscetíveis a esse quadro, como dar preferência aos ambientes fechados – e sem circulação adequada de ar – para se aquecer, e não se agasalhar corretamente.
A estação, que terá seu fim somente em 22 de setembro, emite um alerta: cuidar da saúde é um ato presente nos pequenos detalhes. Por isso, o Ministério da Saúde listou as doenças respiratórias mais frequentes, e seus respectivos sintomas, que demandam mais atenção. São elas:
•    Asma: dificuldade ao respirar, chiado e aperto no peito, e respiração curta e rápida
•    Pneumonia: febre alta, tosse, dor no tórax, alterações na pressão arterial e secreção de muco
•    Sinusite: dor de cabeça, secreção nasal, febre, calafrios e sensação de mal-estar
Além disso, o resfriado e a gripe costumam aparecer nessa época do ano e, com a pandemia de Covid-19, é provável que diversos indivíduos confundam os sintomas das três doenças. “O resfriado comum se manifesta pela congestão, obstrução e corrimento nasal, espirros, leve dor de cabeça, tosse e inflamação na garganta. A gripe possui todos esses sintomas, além de febre e dores pelo corpo. Já a Covid-19, apresenta tudo isso com falta de ar e perda do olfato e paladar. Em alguns casos também ocorre casos de diarreia líquida”, afirma Mauricio Galhardo, médico pneumologista.
Os modos de prevenção devem estar frescos na mente da sociedade para que haja a diminuição do surgimento e agravamento de certos casos, principalmente nos três meses mais frios do ano. Já o diagnóstico mais preciso sempre será feito por um médico especialista, que saberá tratar o paciente, receitar medicamentos e solicitar exames de modo correto e assertivo. 
“O meio para diagnosticar as doenças respiratórias é pela clínica. Ou seja, o médico especialista observar os sinais e sintomas do paciente. Para isso, é necessário procurar assistência e não se automedicar. Somente o profissional saberá examinar e solicitar os exames adequados. A melhor forma de prevenção é levar um estilo de vida saudável - não fumar, evitar bebida alcóolica, ter uma alimentação equilibrada e fazer atividade física regularmente. Se agasalhar e se vacinar contra a Influenza também ajudam”, explica o pneumologista.

Fumo: prática impacta negativamente na qualidade de vida
A despeito do inverno, é possível sofrer com as doenças respiratórias por outras formas. E uma delas é o Fumo por meio de cigarros tradicionais e eletrônicos, narguilés, cachimbos e charutos. A preocupação com essa vertente é tanta que no dia 29 de agosto é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. 
A data tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Criada em 1986 pela Lei Federal 7.488, esse movimento inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva.


Considerando que as mais de 50 doenças relacionadas ao Fumo matam 5 milhões de pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo 200 mil delas brasileiras, medidas que promovem o acesso à informação sobre as consequências negativas desse hábito são extremamente positivas e vêm surtindo efeito, tanto que os índices da quantidade de fumantes adultos no país são animadores. 
Se comparar a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (1989) com a Pesquisa Nacional de Saúde (2019), tem-se que o percentual de tabagismo entre os acima de 18 anos de idade caiu de 34,8% para 12,6%. Alguns dos prováveis motivos para isso são os impostos específicos para cigarro, aumento do preço do produto, imagens de advertências nas embalagens e criação de leis municipais e estaduais sobre ambiente livre.
Ao parar de fumar, o ser humano apresenta melhoras no funcionamento do organismo gradualmente, para o Instituto Nacional de Câncer (INCA):
•    Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal
•    Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue
•    Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza
•    Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor
•    Após 2 dias, o olfato já percebe os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida
•    Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora
•    Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade
•    Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram

Quanto mais cedo der fim no vício, menor o risco de adoecer. Por isso, se o indivíduo tem a intenção de acabar com a prática, o recomendado é procurar assistência médica para que todos os passos sejam dados com cautela. Apague o cigarro e dê uma chance à vida!
    
Médico responsável: Dr. Mauricio Longo Galhardo – CRM 97071 – RQE 28671