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Unimed Centro-Oeste Paulista alerta sobre o aumento de casos de dengue

Elevação das temperaturas e maior frequência das chuvas provocam cenário propício para a disseminação da doença
Texto: Amanda Medeiros
Design: Divulgação/Unimed Centro-Oeste Paulista
        09 de maio, 2022

Apesar de, no Brasil, o verão concentrar grande parte das pancadas de chuva, o que causa o maior acúmulo de água parada em terrenos baldios e quintais, e potencializa os focos de dengue, a doença gera casos o ano todo. Seja primavera, outono ou inverno, o mosquito Aedes Aegypti não escolhe estação para se proliferar.
Prova disso é que entre 10 e 22 de março, Bauru registrou 36 casos autóctones da doença. Em 2022, a cidade totaliza 82 registros, nenhum caso importado, e nenhum óbito pelo agravo. Outros 44 casos suspeitos estavam em investigação até o fechamento da reportagem do G1.
Em Presidente Prudente, 134 casos foram notificados somente este ano, com destaque para a zona sul do município, que aglutina quase metade das ocorrências.
Vale ressaltar que a dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais, como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme). As informações são do Ministério da Saúde.

Combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti é fundamental. Foto: Getty Images

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 4 bilhões de pessoas estejam vivendo em áreas com risco de infecção pela doença. Anualmente, 390 milhões de casos são registrados no mundo, dos quais 96 milhões se manifestam clinicamente. A dengue afeta 128 países e é considerada uma doença negligenciada pela instituição.
Na região das Américas, a dengue tem se disseminado com surtos cíclicos ocorrendo a cada três a cinco anos, aproximadamente. No Brasil, a transmissão vem ocorrendo de forma contínua desde 1986, registrando o maior surto da doença em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados.
A contaminação se dá exclusivamente pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti infectada pelo vírus, transmitindo-o, assim, ao ser humano. De hábito diurno, ela deposita seus ovos em qualquer ponto com água parada acumulada, o que dá sequência à reprodução do animal e à disseminação da patologia.

Sinais e sintomas
É importante saber que existem quatro tipos de dengue - sorotipos 1, 2, 3 e 4 – que causam diferentes sintomas. Os mais comuns, de acordo com o Portal Drauzio Varella, são:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça;
  • Prostração;
  • Dores musculares, nas juntas e atrás dos olhos;
  • Vermelhidão no corpo;
  • Náuseas
  • Coceira.

Já os casos mais graves costumam apresentar manchas vermelhas na pele, sangramentos, dor abdominal intensa e vômitos. De modo geral, é necessário procurar assistência médica imediatamente para que a dengue não seja confundida com doenças com sinais semelhantes, como febre amarela, malária ou leptospirose.
“A dengue é uma doença viral que pode causar quatro tipos de variações. A classificação dos grupos de infecção se dá pelos sinais e sintomas de cada paciente, como sangramento, desmaio e até desidratação. Assim, é possível fazer uma estratificação de risco e um fluxograma para identificar o melhor tratamento. A principal forma de prevenção da dengue é a conscientização da população, pois pela vacina ser restrita, combater o vetor - o mosquito - torna-se o melhor método”, afirma Rodrigo Sala Ferro, médico infectologista e clínico geral do atendimento domiciliar da Unimed Presidente Prudente.

Prevenção
Ao contrário do que muitos pensam, há uma vacina contra a dengue disponível no mercado brasileiro. Contudo, é aplicada apenas em indivíduos de 9 a 45 anos que vivem em regiões de risco ou endêmicas. Logo, não é disponibilizada amplamente para a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
É devido a isso que os órgãos de saúde focam em impedir a reprodução do mosquito Aedes aegypti como principal forma de prevenir a doença. Outras medidas importantes e que podem ajudar são usar repelente diariamente, e instalar inseticidas domésticos e mosquiteiros nas janelas.

Combater o mosquito é uma tarefa de toda a população. Arte: Carolina Crês/Unimed COP

Diagnóstico e tratamento
Todas as pessoas com os sintomas mencionados acima, principalmente durante uma epidemia ou em uma época com grande quantidade de suspeitos de dengue, devem procurar tratamento médico para serem examinadas fisicamente. É possível que exames de sangue sejam feitos para confirmar o diagnóstico.
No geral, a administração de medicamentos – sob prescrição médica -, hidratação oral em abundância (água, soro caseiro ou água de coco), ou venosa, dependendo da fase da doença, e manter repouso são os modos de tratamento.
 

Médico responsável: Rodrigo Sala Ferro – CRM 162195 – RQE 74609