Calor extremo: especialistas explicam como proteger crianças - Unimed Cerrado

Calor extremo: especialistas explicam como proteger crianças

Além dos pequenos, temperaturas elevadas trazem risco para adultos em geral e podem aumentar casos de alteração de pressão e até ocorrências cardíacas
        27 de setembro, 2023




Anualmente, a primavera brasileira é marcada por temperaturas elevadas em períodos de estiagem. Contudo, em 2023 as temperaturas atingiram novas máximas históricas e chegaram a ser comparadas às previsões de regiões de clima desértico no Norte da África. Com dias tão quentes, é importante adotar ou reforçar alguns cuidados para evitar que a falta de hidratação ou alimentação adequadas coloquem a saúde em risco. Contudo, o médico pediatra Henes Farias explica que o registro de máximas extremas exige atenção redobrada com as crianças. “A previsão em setembro estimou picos de temperatura entre 40 e 45 graus. Esse calor excessivo aumenta a importância de hidratar as crianças, pois esse excesso de temperatura leva à febre e à desidratação”, alerta.

Calor extremo e as crianças


O especialista frisa que alguns sinais de alerta podem ser observados nas crianças em dias muito quentes. “Se a criança fica molinha, com a moleirinha baixa ou diminuiu a diurese, ou seja, a quantidade de xixi que faz ao longo do dia, são sinais de que devemos hidratá-la, oferecer água e sucos para aquelas que já podem fazer o consumo”, pontua.

Já para aquelas que ainda estão em fase de aleitamento materno exclusivo, o Dr. Henes Farias ressalta a importância das mães estimularem a amamentação mais vezes ao longo do dia e aumentarem elas mesmas a ingestão de água para garantir a produção de leite suficiente.

Alerta geral


De acordo com a médica especialista em Medicina da Família e Comunidade da Unimed Cerrado, Sarah Sant’Anna, o calor excessivo é um risco universal. “A temperatura influencia de forma direta nossa saúde. Quando ela se eleva muito temos a tendência a aumentar a sudorese e, com isso, nós nos desidratamos com muito mais facilidade”, esclarece.

Por isso, é importante ficar atento a alguns sinais de perigo durante essa época. Ela explica que a desidratação tem sintomas gradativos que servem de alerta e podem ir desde a sensação de boca seca e tontura a quadros mais graves como mal-estar e, para algumas pessoas, pode chegar ao comprometimento do desempenho cognitivo e até à ocorrência de desmaios.

Diante disso, Sarah Sant’Anna frisa a importância de ter água sempre disponível e ficar atento à quantidade ingerida ao longo do dia. “Salvo pelas exceções de quem tem problemas renais ou cardíacos que têm restrição hídrica, ou seja, um volume certo de ingestão diária, o ideal é que bebamos no mínimo dois litros por dia. Nessas épocas de calor, podemos chegar a dois litros e meio ou até três litros para suprir toda a demanda por hidratação que o calor nos exige”, pontua.

Alimentação também importa


Além do consumo de água, os especialistas também fazem alertas com relação à alimentação. Como a Dra. Sarah Sant’Anna esclarece, é comum a busca por unidades de pronto atendimento com quadros de alteração de pressão arterial e até de problemas cardíacos. Diante disso, ela afirma que é importante evitar ambientes e situações propícios a causar irritação, mas também optar por pratos mais leves ao longo do dia.

“É ideal fazer opção por alimentos mais leves e refrescantes, então podemos usar de sucos, água mais gelada e chás gelados, que também são boa opção. O açaí, que já é uma paixão dos goianos, pode ser consumido, bem como picolés de frutas”, recomenda.

Já o Dr. Henes Farias explica o que deve ser evitado nessa época quente. “As crianças não devem consumir condimentos como maionese, ketchup e outros. Eles podem ser vetores de intoxicação já que o excesso de calor aumenta a proliferação de bactérias. Já a água deve ser oferecida apenas se for fervida ou filtrada”, salienta.

Ele reforça ainda que mesmo os adultos sofrem uma redução considerável de apetite com o excesso de calor. Assim, para garantir uma alimentar mais adequada, é importante evitar frituras, gorduras e excesso de massas, privilegiando o consumo de verduras e frutas. Com relação à carne, ele aconselha substituir a picanha e a feijoada pelo filé de peito de frango grelhado, algum peixe ou até mesmo filés bovinos desde que seja um corte com pouca gordura.

 

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