Ginecologista é parte fundamental do combater ao câncer de mama - Unimed Cerrado

Ginecologista é parte fundamental do combater ao câncer de mama

Especialistas explicam importância do diagnóstico precoce e do controle de problemas decorrentes do tratamento do câncer para manter a qualidade de vida da paciente
        11 de outubro, 2023



Os esforços de conscientização acerca do câncer de mama não são por acaso. Um estudo realizado por especialistas ligados ao Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta um aumento de 20% na incidência da doença e estima mais de 70 mil novos casos por ano no Brasil até 2025. Contudo, a médica ginecologista e obstetra Shirley Gonçalves de Pádua Miguel, diretora-presidente da Unimed Cerrado, reforça o papel do acompanhamento ginecológico regular no diagnóstico precoce da doença, especialmente para as mulheres com mais de 40 anos.

“As consultas de rotina devem começar com a primeira menstruação e vão acompanhar a mulher ao longo de seu desenvolvimento. Também temos fatores de risco que podem desde a obesidade ou sobrepeso e o sedentarismo até a ocorrência da primeira menstruação antes dos 12 anos ou o início tardio da menopausa, após os 55 anos. Contudo, ter esses fatores não significa que a mulher vai ter câncer de mama. É apenas com o acompanhamento regular que podemos avaliar a saúde da paciente e apontar o melhor caminho a ser seguido”, explica.

 

Rastreio e acompanhamento


Para a médica de família e comunidade Sarah Sant’Anna, esse acompanhamento constante é fundamental tanto para que seja feito o diagnóstico logo no início do problema como para mapear o histórico familiar da paciente. Ela explica que enquanto o problema não é detectado e encaminhado a um mastologista, é fundamental olhar para o paciente sem ignorar ocorrências na família.

“Estima-se que entre 10% e 15% das mulheres com câncer apresentam vulnerabilidades a tumores decorrentes de alterações hereditárias. Por isso, conhecer esse histórico e avaliar a paciente de forma global é tão importante”, pontua.

Porém, ainda que boa parte do acompanhamento após a descoberta do problema seja feita com um mastologista, a Dra. Shirley Gonçalves explica que a ginecologista segue tendo um papel fundamental na manutenção da qualidade de vida da mulher com câncer de mama. Mais do que isso, ela reforça que o acompanhamento periódico é a melhor forma de fazer o diagnóstico precoce e definir o tratamento correto para o melhor prognóstico.
“O câncer de mama tem um impacto severo na vida da mulher, especialmente quando há a perspectiva de remoção da mama. No entanto, existem outros fatores relevantes que não podem ser ignorados como a diminuição da libido e o ressecamento vaginal que podem decorrer dos tratamentos. Por isso é necessário que a ginecologista seja parte dessa jornada”, esclarece.

 

Prevenção com hábitos básicos


A médica de família e comunidade, Sarah Sant’Anna, também ressalta que é possível adotar medidas simples para ajudar a reduzir o risco de se desenvolver um tumor mamário. Ela explica que atitudes como buscar formas de combater o estresse devem começar ainda na adolescência e vão trazer benefícios duradouros que vão além da prevenção do câncer de mama. “Começar a praticar exercícios físicos ainda na adolescência e adotar hábitos para evitar e controlar a obesidade pode ajudar”, completa.

Para a Dra. Shirley Gonçalves, o acompanhamento regular com uma ginecologista e a realização de exames de rotina como mamografias, autoexame e avaliação de histórico familiar e rastreio de lesões nodulares na mama podem aumentar as chances de um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz.

Contudo, ela também aponta fatores de risco de diferentes naturezas que devem servir de alerta. “Alguns são comportamentais e ambientais como obesidade e sobrepeso na mulher após a menopausa, o sedentarismo ou mesmo a prática insuficiente de atividade física, ou seja, um período inferior a 150 minutos por semana em intensidade moderada. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também está entre os mais importantes. Já do ponto de vista hereditário existe a presença de câncer de ovário e de mama até mesmo em homens no histórico familiar. Também temos fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher como ter a primeira menstruação antes dos 12 anos, iniciar a menopausa tardiamente, após os 55 anos, ou a mulher nulípara, ou seja, que nunca engravidou. No fim, importante é desmistificar a doença, pararmos de ter medo de fazer a promoção e a prevenção do câncer de mama”, conclui.

 

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