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Voltar Paciente em finitude celebra último aniversário no HUCS

Paciente em finitude celebra último aniversário no HUCS

Aos 94 anos, Dona Zelita faleceu um dia após o evento e filho diz: “Atendeu um pedido dela”
Texto: Comunicação
        28 de junho, 2022


Na última quinta-feira (23/06) foi comemorado, de forma antecipada, o aniversário de 95 anos de Zelita Silveira de Faria. Dona Zelita era paciente em finitude no Hospital Unimed Costa do Sol e teve sua festa de aniversário adiantada em três meses, organizada pela equipe de Cuidados Paliativos do HUCS. A paciente faleceu um dia após o evento.


A comemoração foi um desejo da própria da idosa, que contou com a presença dos filhos, teve bolo de chocolate, violão, chapéus de aniversário, cerveja sem álcool, além de toda a equipe multidisciplinar que cuidava de Dona Zelita.





Com vasto histórico de internações, ela apresentava quadro clínico avançado, e uma das principais consequências era a incapacidade de alimentação por negação do próprio corpo. Dessa forma, medidas invasivas não mais ajudariam Dona Zelita.


O médico hospitalista Dr. Vitor Tardin explicou como é o processo de tratamento do paciente em fim de vida no HUCS. “Aqui a gente trabalha não só com a vida em si, mas também com o fim dela. Todos sabemos que vamos chegar lá, então que seja um fim digno (...) O paciente não pode ter sofrimento, temos que acolhê-lo ao máximo”, disse Vitor.

O médico também contou como surgiu a ideia de antecipar a comemoração do aniversário de Dona Zelita. “Nossa equipe fazia visitas diárias ao quarto da paciente para conversar, principalmente com os familiares. E a ideia do aniversário aconteceu em uma dessas conversas. A família achava que os 95 anos dela, que seriam completados em setembro, deveriam ser comemorados. E, por coincidência, no dia em que conversamos com a filha sobre fazer uma festinha e um bolinho, a própria paciente se expressou dizendo que queria”, contou o médico.

Um dos filhos de Dona Zelita, Osvaldo Silveira de Faria, de 76 anos, falou sobre o sentimento de ter comemorado o último aniversário de sua mãe em uma sala de internação no HUCS. “Em um primeiro momento eu não queria, não acho que era um momento adequado. Mas foi feito com carinho, respeito e educação. Eu achei nota mil, poucos hospitais fazem isso. E atendeu um pedido dela”, relatou o filho de Dona Zelita.

Por fim, o Dr. Vitor Tardin contou sobre a iniciativa da cerveja sem álcool na comemoração de Dona Zelita. “A família sempre dizia que, nas festas, ela gostava de cerveja. E até antes das internações ela tomava uns golinhos em casa, que a filha dava. Então optamos por essa iniciativa, só para a paciente sentir, pela última vez, o gosto de uma coisa que ela tanto gostava”, finalizou o médico.