Voltar Estilo de vida saudável e monitoramento são aliados contra esta doença silenciosa

Estilo de vida saudável e monitoramento são aliados contra esta doença silenciosa

O diabetes é uma doença sistêmica, que pode atingir vários órgãos do nosso corpo. Sem controle, o excesso de açúcar no sangue pode causar problemas cardiovasculares graves, dos quais os mais comuns são infarto e AVC
Texto: Marcia Marafon - Assessoria de Comunicação
        01 de fevereiro, 2022

Em todo mundo, 537 milhões de pessoas são portadoras de Diabetes, de acordo com o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), de dezembro de 2021. Só no Brasil são 15,7 milhões. Um a cada dois adultos, entre 20 e 79 anos (44,7%), com diabetes desconhece sua condição, o que é preocupante uma vez que quanto mais tarde iniciado o tratamento, maior a probabilidade de complicações e morte. Entre os brasileiros, a entidade estima que são cinco milhões de pessoas ainda sem o diagnóstico. 

Os especialistas da IDF projetam que o número de adultos com a doença pode chegar a 643 milhões em 2030 e a 784 milhões em 2045. A prevalência global da doença atingiu 10,5%, com quase metade (44,7%) sem diagnóstico.

Ainda de acordo com o levantamento da IDF, o desconhecimento e a falta de controle da doença colocam o diabetes hoje como o principal fator de mortalidade em todo o mundo. Segundo o Atlas, aproximadamente 6,7 milhões de adultos entre 20 e 79 anos morreram como resultado de diabetes ou suas complicações em 2021, o que corresponde a 12% das mortes globais por todas as causas na mesma faixa etária.

O Atlas, feito a cada dois anos, revela que o número de pessoas com diabetes aumentou de tal maneira que superou, proporcionalmente, a expansão da população global. Ações educativas e de autocuidado devem ser disseminadas para que mais pessoas se conscientizem da necessidade de um estilo de vida mais saudável, consultas e exames regulares. 

 Para conscientizar sobre o reflexo do diabetes na saúde e mortalidade da população a Unimed Cuiabá, por meio do Programa Doce Vida e Aquarela da Saúde – Fevereiro Roxo, ressalta a importância do estilo saudável e monitoramento da saúde. A ação faz parte do Programa Viver Bem do Núcleo de Medicina Preventiva da Cooperativa. As atividades do programa se estendem ao longo do ano com oficinas, cursos e palestras promovidos pela equipe multidisciplinar.  

 O acompanhamento multidisciplinar dá suporte ao paciente e seus familiares. As informações repassadas no programa auxiliam tanto na prevenção quanto no tratamento de quem já possui diagnóstico. O atendimento é exclusivo aos beneficiários dos planos Unimed Cuiabá. 

 De acordo com a coordenadora do Programa Doce Vida, a endocrinologista Dra. Cláudia Santana, é importante fazer os exames de rotina anuais e adquirir hábitos saudáveis. “As pessoas que fazem monitorização glicêmica e avaliação médica e nutricional periódica percebem quando ocorre o aumento da glicose e com isso atingem um melhor controle glicêmico. “O acompanhamento regular e adoção de hábitos mais saudáveis, que colaboram para a perda de peso, podem reverter o quadro de pré-diabetes. As complicações da doença também são muito mais frequentes nos portadores de diabetes que não se cuidam, não fazem exames, não monitoram a glicemia capilar e levam uma vida não muito saudável, com sedentarismo, tabagismo e ingesta excessiva álcool e alimentos industrializados, que geralmente são ricos em açúcares e gorduras saturadas”, explica.  

A médica complementa que as pessoas com alta tendência a desenvolver o diabetes são aquelas com histórico de casos na família, as hipertensas, as que têm sobrepeso ou obesidade e mulheres que tiveram diabetes na gestação. “Estas que estiverem acima dos 35 anos, devem fazer o exame de glicemia anualmente”, alertou.  

 De acordo com dra. Claudia, um dos pontos chave para o autocuidado é a alimentação. Toda a população, com ou sem diabetes, deve ter uma alimentação baseada em alimentos in natura (frutas, verduras, legumes, ovos e carnes magras) e produtos minimamente processados (arroz, feijão), limitando o consumo de alimentos processados (geleia, enlatados, embutidos, queijo) e evitando alimentos ultra processados (sorvetes, barra de cereal, macarrão instantâneo).  

 Também deve considerar-se o consumo moderado de bebidas alcóolicas, abandonar o tabagismo, controlar o estresse e praticar alguma atividade física. Além disso, monitorar o nível de glicemia e passar por avaliação médica e nutricional periódica porque o Diabetes não apresenta sintomas em grande parte dos pacientes.

  Custos 

De acordo com a IDF, a doença provocou um gasto mundial com saúde de US$ 966 bilhões, alta de 316% nos últimos 15 anos. O último Atlas da entidade mostra que o

Brasil, os gastos estão da faixa dos 42,5 bilhões de dólares por ano no tratamento de adultos entre 20 e 79 anos, colocando o país como o terceiro com mais gastos com a doença, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.