Voltar Estilo de vida saudável e monitoramento são aliados contra esta doença silenciosa

Estilo de vida saudável e monitoramento são aliados contra esta doença silenciosa

As pessoas que fazem monitorização glicêmica e avaliação médica e nutricional periódica percebem quando ocorre o aumento da glicose e com isso atingem um melhor controle glicêmico.
        24 de novembro, 2021

No Brasil, cerca de 16,8 milhões de pessoas possuem diagnóstico de diabetes, de acordo com o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), de 2019. Dados preliminares da 10ª edição do Atlas, publicados na 1ª semana de novembro, mostram que 537 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos de idade têm diabetes no mundo, alta de 16% em dois anos. Os especialistas da IDF projetam que o número de adultos com a doença pode chegar a 643 milhões em 2030 e a 784 milhões em 2045. A prevalência global da doença atingiu 10,5%, com quase metade (44,7%) sem diagnóstico. Os dados completos do Atlas 2021 serão publicados no dia 6 de dezembro.  

 O levantamento, feito a cada dois anos, revela que o número de pessoas com diabetes aumentou de tal maneira que superou, proporcionalmente, a expansão da população global. Ações educativas e de autocuidado devem ser disseminadas para que mais pessoas se conscientizem da necessidade de um estilo de vida mais saudável, consultas e exames regulares. 

 Para conscientizar sobre o reflexo do diabetes na saúde e mortalidade da população a Unimed Cuiabá, por meio do Programa Doce Vida, ressalta a importância do estilo saudável e monitoramento da saúde. A ação faz parte do Novembro Diabetes Azul  M, celebrado no último dia 14, e se estende ao longo do ano com oficinas, cursos e palestras promovidos pela equipe multidisciplinar do programa.  

 O acompanhamento multidisciplinar dá suporte ao paciente e seus familiares. As informações repassadas no programa auxiliam tanto na prevenção quanto no tratamento de quem já possui diagnóstico. O atendimento é exclusivo aos beneficiários dos planos Unimed Cuiabá. 

 De acordo com a coordenadora do Programa Doce Vida, é importante fazer os exames de rotina anuais e adquirir hábitos saudáveis. “As pessoas que fazem monitorização glicêmica e avaliação médica e nutricional periódica percebem quando ocorre o aumento da glicose e com isso atingem um melhor controle glicêmico. “O acompanhamento regular e adoção de hábitos mais saudáveis, que colaboram para a perda de peso, podem reverter o quadro de pré-diabetes. As complicações da doença também são muito mais frequentes nos portadores de diabetes que não se cuidam, não fazem exames, não monitoram a glicemia capilar e levam uma vida não muito saudável, com sedentarismo, tabagismo e ingesta excessiva álcool e alimentos industrializados, que geralmente são ricos em açúcares e gorduras saturadas”, explica.  

 

 A médica complementa que as pessoas com alta tendência a desenvolver o diabetes são aquelas com histórico de casos na família, as hipertensas, as que têm sobrepeso ou obesidade e mulheres que tiveram diabetes na gestação. “Estas que estiverem acima dos 35 anos, devem fazer o exame de glicemia anualmente”, alertou.  

 De acordo com dra. Claudia, um dos pontos chave para o autocuidado é a alimentação. Toda a população, com ou sem diabetes, deve ter uma alimentação baseada em alimentos in natura (frutas, verduras, legumes, ovos e carnes magras) e produtos minimamente processados (arroz, feijão), limitando o consumo de alimentos processados (geleia, enlatados, embutidos, queijo) e evitando alimentos ultra processados (sorvetes, barra de cereal, macarrão instantâneo).  

 Também deve considerar-se o consumo moderado de bebidas alcóolicas, abandonar o tabagismo, controlar o estresse e praticar alguma atividade física. Além disso, monitorar o nível de glicemia e passar por avaliação médica e nutricional periódica porque o Diabetes não apresenta sintomas em grande parte dos pacientes.

 

 Custos 

De acordo com a IDF, a doença provocou um gasto mundial com saúde de US$ 966 bilhões, alta de 316% nos últimos 15 anos. O último Atlas da entidade mostra que o Brasil gasta em torno de US$ 52,3 bilhões por ano no tratamento de adultos de 20 a 79 anos, o que resulta em cerca de três mil dólares por pessoa.