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Fisioterapia Pélvica ajuda a aliviar dores e prevenir doenças

A fisioterapia no assoalho pélvico auxilia no fortalecimento da continência urinária e fecal
        21 de julho, 2021

Quanto tempo você dedicou a cuidar da sua saúde hoje? Na rotina acelerada, nem sempre o cuidado com a saúde é priorizado. E quando falamos em saúde, há um tema que preocupa muitas pessoas: as alterações do assoalho pélvico, uma estrutura complexa formada por músculos, ligamentos e fáscias (tecidos finos com pouca elasticidade), dividida em dois compartimentos, a pelve e o períneo.

A principal função é dar a sustentação a órgãos e tecidos, dentre eles a bexiga, a uretra, o útero e a próstata, ou seja, está diretamente relacionada à capacidade de controlar a urina e as fezes.

Para conversar sobre o assunto, convidamos o médico urologista Felipe Santos Franciosi (CRM 31703), confira a entrevista:

O que é incontinência urinária?

A incontinência urinária é definida por qualquer perda de urina involuntária pela uretra, sendo classificada como incontinência de esforço ou a urgência.

Há dois tipos de incontinência urinária, a de esforço e a de urgência, qual a diferença entre elas?

A incontinência de urgência é definida como uma perda urinária acompanhada ou imediatamente precedida por um desejo súbito de urinar. Por outro lado, a incontinência de esforço se define pela perda urinária aos esforços, por exemplo, tossir, espirrar, caminhar e agachar-se. É importante salientar, que em muitos casos há associação dos quadros de incontinência urinária, que se denomina incontinência urinária mista.

Por que a incontinência urinária acontece?

No caso da incontinência de urgência, a causa é a contração involuntária da musculatura da bexiga. Em relação à incontinência de esforço, as causas estão relacionadas a maior mobilidade da uretra devido à flacidez dos ligamentos e das estruturas pélvicas que sustentam a bexiga e, também, pela insuficiência do músculo (esfíncter externo) responsável pela continência urinária voluntária.

Quais sãos suas principais causas?

Na mulher, há uma diversidade de fatores que causam incontinência urinária. Se pensarmos na incontinência de esforço, que caracteriza-se por uma deficiência no suporte da bexiga, os principais fatores são as lesões dessas estruturas ocasionadas durante os partos, gestações ou cirurgias pélvicas. Destaca-se o número de partos, o peso dos recém-nascidos, traumas obstétricos, idade da mulher ao primeiro parto e a episiotomia como fatores classicamente associados a lesão do assoalho pélvico.

Nos homens, a incontinência urinária de esforço está basicamente relacionada a uma doença de origem neurológica ou ao trauma direto do esfíncter externo, por lesões decorrentes de acidentes traumáticos propriamente ditos, ou por cirurgias prostáticas, principalmente a prostatectomia radical, cirurgia padrão nos casos de câncer de próstata. Por último, a incontinência de urgência, tanto em homens como mulheres, é secundária a uma desestabilização neurológica da bexiga, entre as causas mais comuns citamos a diabetes e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Como é o diagnóstico?

Inicialmente, deve-se tentar caracterizar o tipo de incontinência urinária através dos sintomas relatados pelo paciente. No caso da incontinência de urgência, o sintoma predominante é a urge-incontinência (desejo miccional súbito seguido de perda urinária). Na incontinência de esforço, o predomínio é de uma perda urinária de pequeno volume associada aos esforços. Além disso, busca-se por dados na história do paciente relacionados à incontinência urinária, como informações sobre partos, cirurgias pélvicas prévias, trauma, neuropatias. Realiza-se o exame físico, e se necessário, exames complementares, onde destaca-se o estudo urodinâmico, que fornece inúmeras informações além de permitir a identificação do tipo de incontinência urinária.

Quais são os tratamentos indicados para quem sofre de incontinência urinária?

A incontinência de urgência é tratada primariamente com uso de medicamentos. Há opções secundárias de tratamento, como o botox intravesical. A fisioterapia tem importância, principalmente, no manejo inicial dos casos de incontinência urinária de esforço leves e moderados. Essa conduta está alicerçada em uma terapêutica comportamental e na reabilitação funcional do assoalho pélvico. O tratamento cirúrgico é reservado aos casos mais graves ou na falha do tratamento conservador.

Fisioterapia Pélvica com Biofeedback

Um dos tratamentos indicados para tratamento da incontinência urinária é a Fisioterapia Pélvica com Biofeedback. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a fisioterapia pélvica é reconhecida como a primeira linha de tratamento dessas disfunções.

A Fisioterapia Pélvica com Biofeedback atua no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, melhorando a função urinária, aprimorando a coordenação e força desses músculos e inibindo as contrações da musculatura detrusora.

Clínica de Fisioterapia da Unimed Erechim

Em 2021, a Clínica de Fisioterapia da Unimed Erechim passou a contar com serviço especializado em Fisioterapia Pélvica com Biofeedback.

Segundo o responsável técnico da clínica, Cassiano Fabion Soares (Crefito 122224-F), o tratamento é indicado para as disfunções miccionais/incontinência urinária, disfunções anorretais/incontinência fecal, prolapsos (vesical, retal e uterino), disfunções sexuais, dor pélvica e na obstetrícia (fase pré e pós-parto). A conduta contempla exercícios de fortalecimento da musculatura, graduação da força de contração perineal e eletroestimulação.

A Clínica de Fisioterapia da Unimed Erechim está localizada no Centro de Qualidade de Vida Unimed e atualmente presta assistência aos beneficiários de planos de Saúde Unimed, Saúde Caixa e particulares. O horário de funcionamento é de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 20h, sem fechar ao meio dia.