"Tive uma noite difícil, mas acordei com meu marido dizendo que meu rim tinha chegado", conta paciente que conseguiu transplante do órgão

Procedimento foi realizado no Hospital Unimed Campo Grande
Texto: Comunicação Unimed Campo Grande
        11 de novembro, 2021

Há poucos dias a funcionária pública Elizabeth Dias Rode, de 62 anos, viu sua vida mudar. Isso porque após dois anos de espera na fila de transplantes, o tão esperado rim finalmente chegou. Ela, assim como o doador que lhe devolveu a esperança de dias melhores e com mais qualidade de agora em diante, são da cidade de Dourados, interior de Mato Grosso do Sul. 

Casada há 35 anos, mãe de três filhos e avó também de três, Elizabeth recebeu a notícia de que sua vez havia chegado através do esposo, Manfredo Rode. "Recebi a notícia do doador compatível com muita alegria, tinha sido uma noite bem difícil e eu tinha tomado um remédio para dormir. Acordei com meu marido dizendo que meu rim tinha chegado. Foi muita alegria", conta com sorriso largo no rosto.  

Cristiane Dias Rocha, filha da funcionária pública, que acompanhou toda a angústia da mãe, fala do sentimento ao saber que ela receberia um novo rim. "Quando me ligaram, a alegria era tanta que eu não conseguia parar de chorar. Há muito tempo a gente estava esperando e mesmo tendo muita fé, tem horas que vamos desanimando. Mas estamos muito agradecidos a Deus e também à família do doador por esse gesto de amor, por ter ajudado outras famílias mesmo em um momento tão difícil para eles". 

Antes de concretizar, talvez o maior de seus sonhos, Elizabeth conta como eram os seus dias. "Eu não tinha certeza do dia de amanhã, fazia hemodiálise três vezes na semana, eram dias muito agoniantes, muito difíceis", relembra. 

Mas o dia do transplante renal chegou e foi realizado no Hospital Unimed Campo Grande, único privado de Mato Grosso do Sul para realizar transplantes renais. O procedimento foi realizado pelos médicos Guilherme Salati Stangarlin, Eduardo Fernandes Arruda e Waldemar Casuo Abe.  

Dra. Rafaella Campanholo Grandinete, nefrologista que acompanhou a paciente desde o início também estava presente durante o procedimento cirúrgico que durou aproximadamente quatro horas. "Toda vez que acontece um transplante é uma renovação de esperança. Eu particularmente fico muito feliz de poder ajudar esses pacientes a ter uma vida melhor, porque muitos chegam desanimados, mas tudo tem o seu tempo e esse caso da Elizabeth representa o recomeço de um trabalho para nós da Unimed Campo Grande, porque lutamos muito para conquistar o credenciamento do hospital. É muito gratificante poder realizar tantos sonhos que os pacientes têm de melhora de suas vidas com mais esperança e felicidade", comentou. 

A médica destacou a importância da doação de órgãos. "O mais importante neste caso é que mesmo no momento da dor a família do doador desprendeu-se de egoísmo e armou-se de amor e altruísmo, ajudando a salvar a vida de outras pessoas, e uma delas foi a dona Elizabeth. Sem um doador não acontece transplante, uma coisa depende da outra. Portanto, avise a sua família se você é doador de órgãos, reflita sobre isso, sobre o quão isso vai ajudar a vida de outras pessoas. Só quem trabalha nessa área ou que tem alguém na família dependendo de uma doação sabe como esse gesto pode mudar a vida dessa pessoa", enfatizou.  

Elizabeth recebeu um novo rim do lado direito e agora, em meio à recuperação, experimenta uma nova fase de sua vida. Poucos dias depois do transplante, animada, ela diz aos que ainda aguardam por um novo órgão: "não percam a esperança, tenham força, lutem, mas não percam a esperança! Sei que não é fácil ficar ligada à máquina (de hemodiálise), a rotina é muito desgastante, mas com fé em Deus, acreditem que nada é impossível".