Chega dezembro e todo mundo se anima para fazer listas de resoluções para o ano novo, como se a virada do ano fosse magicamente mudar a nossa vida. Bem, sabemos que não é desse jeito que funciona, mas, ainda assim, a tradição tem sua graça e gera um ânimo importante, que tem tudo a ver com os festejos. No entanto, para falarmos de planejamentos que, de fato, se concretizem, não precisamos dos festejos de fim de ano. Um bom planejamento funciona começando numa quarta-feira de setembro, ou num sábado de maio. Por isso, trouxemos algumas dicas para você colocar em prática as mudanças que você quer para sua vida.
A primeira dica já foi, de certa forma, mencionada no parágrafo anterior: não atrele o início do seu planejamento ao começo do ano, do mês ou da semana. Se for para começar, comece agora.
A ideia de depender de circunstâncias externas para executar as tarefas do seu planejamento é só uma forma socialmente aceita de procrastinar. Se a meta é melhorar a alimentação, comece hoje fazendo comida saudável, rica em nutrientes – e não pedindo um hambúrguer com batata frita para “se despedir”.
A segunda dica é: preveja percalços e deixe folga para imprevistos.
Seu planejamento demanda comprometimento de sua parte, mas, não pode ser inflexível. É preciso prever períodos de cansaço físico e mental, acontecimentos que não dependem de você, emergências, entre outras coisas. Lembre-se: o seu planejamento precisa se adaptar a você e não você a ele.
A terceira dica é: seja honesto consigo mesmo.
É muito comum que, ao planejar, as pessoas se animem com o possível resultado final e incluam metas que não se encaixam na própria realidade. Analise de forma realista a sua situação financeira, a sua saúde mental e o tempo que você tem disponível ao estabelecer o passo a passo dos seus planos.
A quarta dica é: simplifique.
A internet oferece diversos formatos de planejamentos prontos. No entanto, não tente se encaixar em um formato que obviamente não vai funcionar para você. O planejamento deve ser uma ferramenta que, com base na sua rotina, facilite o seu caminho até os seus objetivos e não mais um empecilho.
Chegamos à quinta dica: lembre-se que dentro do macro, tem o micro.
A sua meta principal pode até ser “sair do sedentarismo”. Mas, na definição dela, devem estar contempladas as tarefas necessárias para seu atingimento. Por exemplo, qual exercício será feito? Com que frequência? Em que horário? Por quanto tempo? É necessário investimento financeiro? É necessário mudar algum hábito, como, por exemplo, a hora de acordar ou de ir dormir? Nesse ponto, o autoconhecimento é fundamental, pois somente por meio dele é possível saber se a meta é realista. Destrinche a meta em pequenos objetivos.
E, por fim: valorize seu tempo e tenha visão do todo.
A contemporaneidade é uma consumidora voraz do nosso tempo, infelizmente. Redes sociais, aplicativos de mensagens, essa presença digital permanente faz com que nossos dias pareçam menores. Portanto, em um bom planejamento, é preciso calcular o tempo, e isso só é possível tendo uma boa visão do todo. Atividades básicas como dormir, se alimentar, deslocar-se e trabalhar precisam estar previstas, para que seu plano faça sentido. Por exemplo, se uma das suas metas é ler um livro por mês, calcule, com base na quantidade de páginas, quantas precisam ser lidas por dia, para que ele seja lido em um mês. Com base no número de páginas, o tempo que se leva para lê-las e, baseado nisso, encaixe no momento do seu dia mais adequado para isso.
Planejar é trabalhoso, mas dá resultado. E, lembre-se: o seu planejamento tem que funcionar para você, para ninguém mais.
