Notícias Unimed Sul Capixaba


Dia do Oftalmologista serve de alerta para a saúde dos olhos

Porta de entrada de infecções virais, o cuidado com os olhos deve ser ainda maior em meio à pandemia de Covid-19
        06 de maio, 2021

Nesta sexta-feira, 7 de maio, celebra-se o Dia do Oftalmologista. A data reforça a importância do cuidado com os olhos e serve de alerta para os prejuízos causados pelo aumento progressivo do uso de telas. Com a pandemia de Covid-19, a atenção à saúde ocular também deve ser redobrada, visto que os olhos são uma porta de entrada importante para o coronavírus e outros vírus respiratórios. A doença, aliás, foi alertada à sociedade médica pela primeira vez pelo oftalmologista chinês Li Wenliang que, ao atender uma série de indivíduos com conjuntivite, notou que esses pacientes também apresentavam os sintomas de falta de ar e febre.


Segundo alguns pesquisadores, o uso de óculos ou de protetores faciais deve ser considerado tão importante quanto o uso de máscaras e luvas na prevenção à Covid-19. “A infecção pelo coronavírus é uma infecção viral respiratória, que pode provocar alterações oculares externas, como uma conjuntivite viral, provocando olhos vermelhos e lacrimejando, ardência, sensação de areia nos olhos e presença de secreção. Estes sintomas podem ser uma manifestação inicial da doença”, explica o oftalmologista da Unimed Sul Capixaba, Fernando Lemgruber.

O médico ressalta que não há uma doença ocular específica provocada pela Covid-19, mas sim, manifestações virais que também estão presentes em outros tipos de vírus. A quarentena, no entanto, provocou um aumento no uso dos meios eletrônicos, como computador, tablet, smartphone ou notebook, e como consequência a ampliação de queixas relacionadas à lubrificação dos olhos, que são chamadas de olho seco, e de alteração nas superfícies oculares.

“A frequência com que uma pessoa pisca os olhos gira em torno de 20 a 40 vezes por segundo, mas pode ser reduzida à metade ao usar um recurso eletrônico, reduzindo a lubrificação ocular”, afirma o médico.  O resultado são olhos vermelhos, irritados, lacrimejando e a sensação de fadiga, como se o tempo de uso dos meios eletrônicos tivesse sido maior.

Além da redução do uso das telas, como prevenção, Fernando Lemgruber indica a diminuição da intensidade do brilho da tela, deixando a luz do ambiente em uma intensidade maior. Outra orientação do oftalmologista é não sentar na direção do fluxo dos ares condicionados ou ventiladores, o que melhora a lubrificação dos olhos. “Trabalhos científicos feitos no Japão, onde as crianças ficam muito tempo em casa, usando essa visão de perto dos meios eletrônicos, também mostraram que, nos últimos anos, houve um acréscimo significativo da taxa de pacientes míopes na população”, relata.

O oftalmologista recomenda que, quando se utilizar equipamentos eletrônicos, seja feito um intervalo de cinco a dez minutos, a cada duas ou três horas. “Cuidados essenciais com os olhos ainda incluem a higiene das mãos, evitando tocá-los ou coçá-los, e, caso surja algum sintoma ocular que persista por mais de um dia, que o médico seja procurado. Dependendo da intensidade, isso deve ocorrer até no mesmo dia, pois a maioria das causas de alterações oftalmológicas necessitam de uma certa celeridade no seu tratamento”, adverte.