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Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado no domingo (31), alerta aos riscos para fumantes em tempos de covid-19

        28 de maio, 2020

No próximo domingo, 31 de maio, o mundo celebra o Dia Mundial Sem Tabaco – data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar sobre os efeitos nocivos do uso do tabaco e alertar sobre as doenças e mortes relacionadas ao tabagismo. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o consumo de tabaco e seus derivados mata cerca de 8 milhões de indivíduos a cada ano. No Brasil, estima-se que 438 pessoas morrem por dia devido ao consumo do produto. O País, entretanto, possui cerca de 20 milhões fumantes segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Também considerado uma pandemia, o tabagismo ganha contornos mais graves em um momento em que mundo enfrenta o novo coronavírus (covid-19), conhecido por provocar infecções, especialmente, nas vias respiratórias. “Deixar de fumar pode reduzir o risco de desenvolvimento da forma mais grave de covid-19, já que o tabaco é um dos grandes responsáveis pelo comprometimento da capacidade pulmonar”, alerta o pneumologista e diretor presidente da Unimed Sul Capixaba, Leandro Baptista.

O médico acrescenta que o tabagismo também é fator de risco para diversas outras doenças, como diferentes tipos de câncer e enfermidades como tuberculose, infecções respiratórias, impotência sexual, catarata, doença coronariana, Acidente Vascular Cerebral (AVC), úlcera gastrintestinal, entre outras, o que faz a doença, causada pela dependência de nicotina, ser uma grande preocupação da saúde mundial.

De acordo com a OMS, o tabagismo é  responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), sendo 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema) e 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago e fígado). Também é o causador de até 90% de todos os cânceres de pulmão.

Fumantes são mais vulneráveis à covid-19  

O pneumologista Leandro Baptista explica que na etapa mais crítica da covid-19 há um grave comprometimento da função respiratória. Deste modo, os fumantes, que já apresentam capacidade respiratória reduzida, tornam-se mais vulneráveis à infecção pela doença. “Muitos fumantes também adquirem complicações cardiovasculares ou doenças pulmonares, fazendo do tabagismo um agravante para superar a covid-19. Além disso, o tabaco prejudica os mecanismos de defesa do organismo”, afirma.

O médico adverte que o próprio ato de fumar já é um facilitador de transmissão da covid-19, visto que aumenta a possibilidade de o fumante levar os dedos até a boca. Outra atenção deve ser dada, segundo o pneumologista,  aos fumantes passivos, que respiram as mesmas substâncias tóxicas que os tabagistas, ao compartilharem o ambiente.

“Muitos fumantes fazem o uso de produtos que são compartilhados, como narguilé e cigarros eletrônicos, que podem facilitar a transmissão do coronavírus entre os usuários. Com o isolamento social, as famílias também têm passado mais tempo juntas. Neste caso, os fumantes fazem de seus familiares, fumantes passivos, colocando-os sob riscos, especialmente as crianças e bebês, que podem desenvolver alergias e doenças respiratórias”, finaliza.

É possível superar o vício

Fabiana Calvi começou a fumar aos 16 anos e manteve o vício por cerca de duas décadas. Mais consciente dos malefícios provocados pelo cigarro e da necessidade eliminar o cigarro de sua vida, recebeu o estímulo que precisava ao ser encaminhada por uma médica ao Grupo de Tabagismo da Unimed Sul Capixaba, programa que auxilia fumantes no abandono do uso do tabaco, por meio de sessões em grupo realizadas por profissionais de saúde especializados.

“Não éramos só um grupo, mas sim uma família focada em acabar com o vício do tabagismo. Confesso que foi muito difícil, mas mantive meu foco e, com muita perseverança, venci. Tínhamos uma psicóloga maravilhosa, que sempre estava pronta para nos ajudar e nos motivar, mostrando que é sim possível parar de fumar. Faz dois anos que parei e me sinto livre e realizada. Minha qualidade de mudou”, relata.

O Grupo de Tabagismo oferece informações sobre os riscos de fumar, orientações para lidar com a abstinência e a dependência e apoio no processo de cessação e aquisição de hábitos de vida mais saudáveis, orientadas por profissionais de saúde multidisciplinares, como médico, psicólogo e enfermeiro. A iniciativa é gratuita para clientes Unimed. Para participar do Grupo de Tabagismo entre contato no (28) 2101-6333