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Transtornos alimentares: diferenças e cuidados

Transtornos alimentares: diferenças e cuidados

Em tempos de filtros em redes sociais, dietas extremas e restrições, a comida aparece como vilã

Transtornos alimentares: diferenças e cuidados

10 Agosto 2022

Se você é uma pessoa ativa nas redes sociais, já deve ter notado o grande número de influenciadores compartilhando exercícios físicos e dietas para os seguidores. O que pode ser mostrado como uma forma de incentivo para uma vida mais saudável, na verdade, esconde diversos riscos, já que raramente há um profissional da saúde por trás desses perfis.

 

Essa grande disponibilidade de dietas e receitas milagrosas de emagrecimento na internet tem agravado a saúde física e mental de pessoas que já sofrem com baixa autoestima. Por conta da pressão para se chegar ao corpo mostrado nesses perfis, muitos chegam a desenvolver transtornos alimentares, como a compulsão e a ortorexia.

 

Saiba mais sobre essas condições e veja como alcançar o equilíbrio.

Ilustração de uma balança

 

Leia também: Autoestima na era das redes sociais.

 

Conheça as diferenças:

O que são transtornos alimentares?

O que é compulsão alimentar?

O que é ortorexia?

 

 

O que são transtornos alimentares?

São condições psicológicas associadas ao excesso de atenção ao corpo, aos alimentos e ao peso. Esse tipo de transtorno faz com que as pessoas não comam por satisfação, passando a contar nutrientes ou ao extremo de parar de comer. Os riscos para a saúde física são muitos, já que o corpo deixa de receber as substâncias necessárias para seu funcionamento.

Adolescente magra se olhando no espelho

Os transtornos alimentares costumam dar os primeiros sinais ainda na adolescência, fase de transformações e muita pressão psicológica sobre a aparência. Os distúrbios mais conhecidos são a anorexia, quando se limita qualquer ingestão de calorias, e a bulimia, quando a pessoa força o vômito após a ingestão de comida.

Além das sequelas emocionais, esses transtornos têm consequências graves ao sistema digestivo, aos dentes e ao coração, chegando a ser fatais. Por isso, ao perceber sinais de restrições alimentares autoimpostas, isolamento social e comentários negativos sobre a própria aparência, ofereça apoio e sugira que se procure um médico.

 

O que é compulsão alimentar?

Neste tipo de transtorno alimentar, a pessoa come em exagero, muito além do necessário para suprir a fome física. É como se a região do cérebro responsável pela sensação de saciedade após a ingestão de alimentos estivesse bloqueada por motivos emocionais, o que faz com que a pessoa continue comendo. A compulsão alimentar tem relação com outro transtorno, a bulimia. Depois do descontrole, a pessoa se sente culpada e com vergonha, chegando a induzir o próprio vômito.

Dieta restritiva

De acordo com especialistas em nutrição, o desenvolvimento da compulsão alimentar pode ter início com dietas restritivas, cada vez mais comuns nas redes sociais. Faz parte dessa cultura impositiva a classificação de alguns grupos alimentares como vilões, como acontece com os carboidratos, por exemplo, o que acaba tendo consequências biológicas graves.

É muito comum nessas dietas que seja estabelecido o “dia do lixo”, em que a pessoa tem a permissão de comer aquilo que gosta em apenas um dia. O resultado é que o cérebro entra em modo de sobrevivência em busca das substâncias que precisa, o que leva a pessoa a comer sem parar. Se você quer mudar seus hábitos alimentares, busque sempre a reeducação com um profissional.

 

 

O que é ortorexia?

Mulher cozinhando

Quando a busca por uma alimentação estritamente saudável se torna uma obsessão, isso também configura um problema. A ortorexia é o foco em comer saudável, mas não como um hábito positivo, e sim como controle, buscando a alimentação perfeita. Apesar de ainda não ser classificado como transtorno alimentar pela OMS, o comportamento tem chamado a atenção de especialistas nos últimos anos, principalmente por conta da influência da internet.

A ortorexia transforma o ato de comer com consciência em um comer transtornado e obsessivo: a ingestão de alimentos exclusivamente orgânicos, a necessidade de que sejam frescos, colhidos na própria horta, a exclusão de proteína animal, dos derivados de leite, do glúten e de tudo aquilo que é considerado um “mal”. Esses hábitos deixam de visar a saúde, focando apenas na idealização estética.

De fato, uma alimentação composta por alimentos in natura faz bem para o corpo e a mente, mas não quando se transforma em culpa. É importante lembrar que alimentação não é só nutrição. Nos alimentamos por cultura, memória e afeto, o que nem sempre representa um prato considerado "saudável''. Uma porção de hambúrguer com batatas fritas no fim de semana não prejudica seu corpo, assim como a ingestão exclusiva de salada diariamente não significa saúde.

 

Para reeducação alimentar, mantenha o equilíbrio e consulte seu médico.

Saiba mais sobre mudanças de hábitos sem pressão, dia após dia e numa rotina com saúde clicando aqui .

 

Fontes: USP 1, 2  |  ABESO


Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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