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Esclerose múltipla: como conviver bem com a doença

Esclerose múltipla: como conviver bem com a doença

Como o avanço dos tratamentos modificadores da doença (TMD) e hábitos saudáveis estão melhorando a qualidade de vida de quem sofre de esclerose múltipla

Esclerose múltipla: como conviver bem com a doença

19 Agosto 2021

O diagnóstico de esclerose múltipla (EM) costuma ser assustador para muitas pessoas. Afinal, trata-se de uma doença autoimune e degenerativa que afeta o sistema nervoso e pode comprometer muitas das nossas habilidades motoras e cognitivas. E o diagnóstico costuma aparecer numa idade produtiva profissionalmente, entre 20 e 40 anos.

Apesar de ser ainda uma doença sem cura, ela não impacta necessariamente no tempo de vida da pessoa. Hábitos saudáveis somados aos avanços da medicina ajudam os pacientes com esclerose múltipla a ter uma vida melhor: permitindo estudar, trabalhar, praticar esportes, namorar e engravidar.

 Vamos saber mais sobre como conviver com a doença? Neste texto, vamos ver:

 

Esclerose múltipla: tratamento

Práticas saudáveis para esclerose múltipla

Quem tem esclerose múltipla pode trabalhar?

 

Esclerose múltipla: tratamento

A doença se manifesta a partir de surtos sintomáticos que variam de pessoa para pessoa e que podem durar semanas. Para saber mais sobre os sintomas e tipos de esclerose múltipla, clique aqui.

Na forma mais comum da doença (EMRR), os surtos podem acontecer uma vez ao ano. Mas é logo aí que, feito o diagnóstico, se deve iniciar o tratamento.

Se há 30 anos havia muito pouco a ser feito após o diagnóstico, hoje as opções são muitas!

Existem medicamentos que atuam diretamente para amenizar os sintomas dos surtos e também os chamados “Tratamentos modificadores da doença” (TMD). Esses últimos são de uso contínuo para controlar e reduzir a frequência dos surtos e podem ser de uso diário, ou mesmo de aplicação mensal ou semestral em centros especializados. 

A especialidade indicada para os casos de esclerose múltipla é a neurologia. O tipo de tratamento depende das condições de cada paciente – por isso é essencial o acompanhamento médico.

A orientação médica também é necessária na administração de qualquer outro medicamento ou vacinas. Como os medicamentos do TMD atuam no sistema imunológico, em alguns casos pode ser necessário mudar ou coordenar as datas de aplicação de um e de outro. Assim, evita-se que o tratamento afete a eficácia da vacina, como no caso das vacinas contra a COVID-19.

 

Práticas saudáveis para esclerose múltipla

Além da administração de medicamentos, é importante manter alguns hábitos saudáveis para prevenir as crises. Estudos apresentados no encontro anual do Consórcio de Centros de Esclerose Múltipla (CCEM) mostraram que aqueles que fazem exercícios regularmente, não fumam e mantêm uma dieta saudável estão vivendo vidas mais longas e saudáveis.

 

Exercícios físicos:

Com cuidado e respeitando os limites de cada pessoa, alguns exercícios ajudam a melhorar a força, equilíbrio e rigidez muscular, além de promoverem o melhor controle do intestino e da bexiga do paciente com esclerose múltipla.

Além disso, a prática de atividades físicas contribui para o bem-estar, reduzindo os níveis de estresse e ansiedade. Algumas práticas que podem ser testadas pelos pacientes de EM: caminhadas leves, exercícios na água, alongamento, yoga, exercícios de fortalecimento muscular. É importante ter orientação médica sobre a intensidade apropriada para cada caso.

 

Alimentação rica em fibras e consumo de água:

Uma dieta rica em fibras e a hidratação adequada com ingestão de água, ajudam a regular o intestino e a evitar a constipação, que é bastante comum entre os pacientes com EM.

 

Apoios apropriados:

Algumas pessoas com esclerose múltipla podem apresentar dificuldades para caminhar ou ter fraquezas que podem provocar quedas. Por isso, é importante avaliar, com ajuda de um fisioterapeuta, os suportes mais adequados – se bengalas, andadores ou outros.

 

Quem tem esclerose múltipla pode trabalhar?

Depende. Em casos mais avançados, pode ser solicitada a aposentadoria por invalidez. Mas, a depender do grau da doença, é possível que a pessoa trabalhe normalmente – ou com algumas poucas adaptações.

Apesar da Lei nº 9.029/95, que proíbe a discriminação no ambiente de trabalho, é muito comum que pessoas com esclerose múltipla, por medo de preconceito, prefiram esconder o diagnóstico de seus empregadores e colegas o tanto quanto possível.

Aliás, importante lembrar: não é obrigatório informar sobre a doença.

Mas comunicação franca pode ser uma boa maneira de promover um ambiente mais inclusivo para quem tem esclerose múltipla. Isso feito antes de os sintomas se tornarem visíveis evita que a fadiga e eventuais falhas motoras características da doença sejam confundidos com preguiça, desânimo ou até mesmo embriaguez.

Algumas atitudes de empresas e colegas ajudam no acolhimento ao funcionário com esclerose múltipla:

  1. arquitetura acessível e apoios para reduzir risco de quedas
  2. vaga especial no estacionamento para a pessoa não precisar caminhar tanto
  3. horários flexíveis ou possibilidade de trabalhar de casa (home office)
  4. possibilidade de pausas regulares
  5. adequação entre habilidades, limitações e funções
  6. confidencialidade de informações sensíveis e particulares

 

Com empatia, cuidado e tratamento adequado é possível viver bem.

Fontes: Abem, EM Brasil


Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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