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HPV: entenda mais sobre o vírus, o contágio, o tratamento e a vacina

HPV: entenda mais sobre o vírus, o contágio, o tratamento e a vacina

HPV: entenda mais sobre o vírus, o contágio, o tratamento e a vacina

18 Março 2014

O Papiloma Vírus Humano, mais conhecido pela sigla HPV, é um grupo com mais de 100 tipos de vírus. A maioria das infecções causadas por ele são assintomáticas, ou seja, não produzem lesões, e latentes, podendo regredir de forma espontânea. “Somente cerca de 5% das pessoas infectadas desenvolverá alguma forma de manifestação de doença”, explica a ginecologista e obstetra Aline Veras Brilhante, médica cooperada da Unimed Fortaleza.

Quando a infecção se manifesta, ela pode ser clínica ou subclínica.

 

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As lesões clínicas são as “verrugas”, ou a “crista de galo”, tecnicamente denominadas condilomas acuminados. Elas se assemelham a uma couve-flor e podem aparecer em homens e mulheres. “Em homens, podem surgir no pênis, principalmente na glande, bolsa escrotal, ânus, região perineal e perianal. Nas mulheres, podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, ânus, região pubiana, perineal e perianal. Podem aparecer ainda na boca e na garganta em ambos os sexos”, comenta a médica. O diagnóstico das verrugas em região genital pode ser feito por meio do exame clínico.

Já as infecções subclínicas não são visíveis a olho nu e não apresentam nenhum sintoma, mas afetam os mesmos locais das infecções clínicas. Essas lesões são diagnosticadas por meio de exames laboratoriais ou pelo uso de instrumentos como lentes de aumento, após a aplicação de reagentes químicos para contraste. Nas mulheres, o exame preventivo para câncer de colo uterino, o papanicolau, pode investigar a infecção latente.

Contágio

A transmissão do vírus acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada, principalmente por via sexual, seja ele oral, genital, anal ou manual. Pode haver ainda transmissão durante o parto. “Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, de vaso sanitário, na piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas”, explica a especialista.

O uso do preservativo durante o ato sexual é importante para prevenir uma série de doenças. No entanto, no caso do HPV, a camisinha não protege totalmente, porque não cobre todas as possíveis áreas infectadas. “Na presença de infecção na vulva, na região pubiana, pericial e perianal ou na bolsa escrotal, por exemplo, pode haver transmissão apesar do uso do preservativo. A camisinha feminina, que cobre também a vulva, é mais eficaz, se utilizada desde o início da relação sexual”, explica a doutora.

 

A vacinação contra o HPV é importante, pois a camisinha, nem sempre, fornece a proteção necessária. Ela pode estourar e trazer algumas preocupações. O que fazer quando isso acontece? Descubra nesse post importantíssimo que criamos sobrer isso.

 

Tratamento

Não existem tratamentos para eliminar o vírus, mas há procedimentos que diminuem as lesões. Essas intervenções dependem de sua extensão, do número e da localização. “Normalmente, elas são cauterizadas com laser, por meio da eletrocauterização ou do ácido tricloroacético (ATA). Outra forma de tratamento bastante eficaz é o uso de medicamentos de ação local que melhoram o sistema imune do organismo”, explica Aline.

Câncer

Acredita-se que 13 tipos de vírus do HPV podem causar câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. “É importante lembrar que o câncer não surge de repente. Primeiro ocorre o desenvolvimento de lesões precursoras que, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer. Daí a importância de se realizar o exame preventivo”, lembra a ginecologista.

Campanha de vacinação

No último dia 10, teve início uma campanha nacional de vacinação contra o HPV. Meninas de 11 a 13 anos devem tomar a primeira dose da vacina. Depois de seis meses, é hora da segunda dose. A última e terceira dose é aplicada após cinco anos. A campanha vai até o dia 10 de abril.

A vacina é a quadrivalente, responsável por proteger contra os subtipos de vírus 6, 11, 16 e 18. “Os vírus 6 e 11 são associados às lesões verrucosas, de modo que a quadrivalente tem proteção também para o condiloma, além da proteção contra lesões genitais precursoras de câncer. Lembrando que a vacina não é terapêutica, ou seja, não há eficácia contra infecções ou lesões já existentes”, comenta Aline.

“Quanto à vacina, não apenas as mulheres se beneficiam. Sua eficácia também foi comprovada em homens para prevenção de condilomas genitais e lesões precursoras de câncer no pênis e ânus”, finaliza a especialista.

 

Além do HPV, a vacina contra o sarampo é uma das mais importantes imunizações, mas muitos estão deixando de tomá-la. Entenda por que a vacinação é essencial neste artigo!

Unimed Fortaleza

Fonte: Unimed Fortaleza

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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