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Por que temos alergias?

Por que temos alergias?

Conheça os tipos mais comuns de alergia e entenda por que o organismo pode desencadear reações respiratórias, alimentares e na pele

Por que temos alergias?

18 Janeiro 2019

As alergias são reações do sistema imunológico a algum tipo de substância, como pólen, ácaros ou pelos de animais, ou a algum alimento, que não causa reação na maioria das pessoas. Medicamentos, fatores ambientais como o calor e picadas de insetos são outros fatores que podem desencadear o problema.

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) estima que cerca de 30% da população tem algum tipo de alergia, sendo a maioria dos diagnósticos das versões respiratórias ou alimentares.

A alergia ocorre quando o sistema imunológico confunde uma substância inofensiva com um invasor e, diante da exposição ao alérgeno, o organismo libera uma reação química que causa os sintomas.

Quando isso acontece, são produzidos anticorpos que identificam um alérgeno como prejudicial e a reação pode se manifestar na pele, nos seios da face, nas vias aéreas ou até no sistema digestivo.

 

Tipos de reações

A gravidade das reações varia de pessoa para pessoa, podendo causar desde irritações leves na pele à anafilaxia, uma reação aguda que começa subitamente e pode ser fatal. Enquanto uma alergia por ácaros leva a espirros, coriza e olhos lacrimejando, por exemplo, a alergia alimentar ou por picada de insetos pode desencadear coceira, inchaço, formigamento, urticária e até falta de ar.

Já em casos de anafilaxia, os sintomas podem ser perda de consciência, queda na pressão arterial, náusea e vômito, tontura e falta de ar severa. Um serviço de atendimento médico de emergência deve ser procurado com agilidade.

 

O peso da genética

O fator hereditário não pode ser desprezado. Pesquisas indicam que, quando um progenitor tem alergia, a chance de os filhos terem também pode chegar a 40%, mas, se pai e mãe forem alérgicos, a possibilidade aumenta para 80%. Porém, vale ressaltar que se trata de probabilidade. Não significa que pais alérgicos terão, necessariamente, filhos na mesma condição.

Outra questão que merece reforço é que, para o problema aparecer, a genética precisa interagir com o ambiente. De acordo com a Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia, 70% das alergias se manifestam antes dos 20 anos de idade. Mas também é possível que o problema apareça apenas na fase adulta.

 

Prevenção

Embora não haja nada que se possa fazer para evitar a herança genética, alguns cuidados são importantes. Na prática, significa que evitar os gatilhos já conhecidos é a melhor forma de prevenir as reações alérgicas. As pessoas que têm alergia aos ácaros, por exemplo, devem evitar locais fechados e empoeirados e trocar as roupas de cama com maior frequência. Quem tem rinite alérgica não deve permanecer no mesmo ambiente quando há pessoas fumando. No caso de pessoas com reação alérgica grave já conhecida, vale colocar a informação no documento de identidade, caso tenha uma reação grave e não consiga se comunicar. Também vale ressaltar a necessidade de se procurar um médico alergista para identificar corretamente a causa da alergia e prescrever o tratamento adequado. 


Texto: Karina Fusco | Edição: Thaís Guimarães de Lima | Design: Alex Mendes

Fonte: Mayo Clinic, Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, Hospital Infantil Sabará (SP), Jornal da Universidade de São Paulo (USP) e American College of Allergy, Asthma and Immunology.

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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