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Vitiligo: menos estigma e mais autoestima!

Vitiligo: menos estigma e mais autoestima!

Os tratamentos existem, mas olhar com carinho para si – e para o próximo – é o melhor remédio

Vitiligo: menos estigma e mais autoestima!

11 Fevereiro 2022

O vitiligo é caracterizado por manchas brancas na pele, que podem ocorrer em uma parte específica do corpo ou em várias. Ele não causa nenhum outro sintoma além do impacto estético, e não é contagioso.  Mas é comum que a mudança na aparência da pele abale a autoestima das pessoas, o que pode afetar a qualidade de vida e a saúde emocional como um todo.

A boa notícia é que, aos poucos, o estigma em torno do vitiligo começa a ser derrubado, afinal, mais de um milhão de brasileiros vivem com essa condição. Hoje vemos pessoas na televisão, nas redes sociais e em campanhas publicitárias exibindo as manchas brancas com orgulho. Isso faz parte de um movimento pela celebração da diversidade que tem ajudado muita gente a se aceitar e se amar do jeito que é.

 

Vamos falar um pouco mais sobre esse assunto?

 

Quais são as causas do vitiligo?

Tem como prevenir? Como evitar novas manchas?

O vitiligo tem cura? Menos estigma e mais autoestima

 

 

Quais são as causas do vitiligo?

Manchas vitiligo

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é possível identificar seis formas de manifestação do vitiligo. São elas:

 

Focal: manchas pequenas em uma área específica do corpo


Mucosal: manchas somente nas mucosas, como lábios e região genital
Segmentar: manchas distribuídas unilateralmente, apenas em uma parte do corpo
Acrofacial: manchas nos dedos e em volta da boca, dos olhos, do ânus e genitais
Comum: manchas no tórax, abdome, pernas, nádegas, braços, pescoço, axilas e demais áreas acrofaciais

Universal: manchas espalhadas por várias regiões do corpo

 

 

Não confunda. Entenda os tipos de mancha que acendem alerta sobre o câncer de pele: Câncer de pele: para prevenir é preciso se informar

 

O vitiligo pode acometer homens e mulheres de diferentes idades e raças. 25% dos casos aparecem antes dos 10 anos de idade, 50% até os 20 anos, e de 70% a 80% antes dos 30 anos.

Apesar de a causa não ser totalmente conhecida, essa doença pode ser entendida como autoimune. Ou seja, as manchas brancas se formam quando o sistema de defesa ataca os melanócitos (substância que dá pigmentação à pele). O vitiligo também pode estar associado a outras doenças autoimunes, como lúpus, hepatites e problemas de tireoide.

 

Vitiligo emocional existe?

Não existe essa classificação específica da doença. Mas vitiligo e estresse estão relacionados. Frequentemente, o surgimento e agravamento de manchas acontecem em períodos de forte impacto emocional, como estresse, a perda de alguém querido, brigas, separações etc.

 

 

Tem como prevenir o vitiligo? Como evitar novas manchas?

Como as causas não são totalmente conhecidas, não é possível prevenir o vitiligo. O que se orienta é que pessoas que tenham parentes com a doença, observem atentamente o surgimento de eventuais manchas. O tratamento feito no início ajuda na estabilização do quadro, inibindo o aumento das lesões, e também na repigmentação da área.

Entre as pessoas que já têm vitiligo e querem evitar o surgimento ou agravamento de manchas, é importante fugir de situações como estresse, roupas apertadas, esporte de contato (que podem provocar lesões) e exposição solar desprotegida (que pode provocar queimaduras).

 

 

O vitiligo tem cura?

O vitiligo não tem cura, mas existem tratamentos dermatológicos que ajudam a estabilizar o quadro. Alguns medicamentos podem induzir a repigmentação das áreas afetadas, por exemplo. Fototerapia, laser e técnicas cirúrgicas de transplante de melanócitos também podem ser empregados com bons resultados.

Porém, a eficácia dos tratamentos varia de acordo com a pessoa. Apenas um profissional qualificado poderá indicar a opção mais adequada para cada caso.

De qualquer forma, independentemente do tipo de tratamento, é importante não deixar que as manchas atrapalhem a vida social e o bem-estar. O acompanhamento psicológico pode ser indicado para ajudar nesse processo.

 

Menos estigma e mais autoestima

Autoestima e vitiligo

Como você já viu neste artigo, o vitiligo não afeta a saúde física e não é contagioso. Por isso, mais que tratamentos, que, muitas vezes, podem ser dolorosos, é importante trabalhar a autoaceitação desde cedo.

Reconhecer e valorizar as diferenças é algo contínuo, a ser reforçado mesmo depois de adulto. Acompanhar influenciadores com vitiligo nas redes sociais, por exemplo, pode ter um impacto positivo na autoestima. Assim, a pessoa percebe que não está sozinha e que é possível ser feliz exatamente como é.

 

Tratar ou não tratar é uma decisão que cabe a cada um, mas valorizar diferentes tipos de beleza é fundamental! Com ou sem vitiligo, todos podem cuidar e amar sua pele.

 

 

Fontes: SBD 1 2 3 4 | SBD-RS 


Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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