Voltar

Todos Contra a Dengue

Todos Contra a Dengue

Todos Contra a Dengue

2 Abril 2014

Todos contra a dengue*

 

Por: Bárbara Barbosa Alves

Enfermeira Assistencial

NAS Unimed Barbacena

 


              O fantasma da dengue ainda assombra as grandes cidades, todos os anos, março e abril são os meses que registram o maior número de pacientes com sintomas de doença.

A dengue é uma doença viral, transmitida pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas.

Existem 4 tipos diferentes desse vírus: sorotipos 1, 2, 3 e 4, todos podem causar as diferentes formas da doença. A grande maioria das infecções é assintomática. Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas: dengue clássica, forma benigna, similar à gripe; dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; e a chamada síndrome do choque associado à dengue, forma raríssima, mas que pode levar à morte, se não houver atendimento especializado.

Na Dengue clássica os adultos têm como primeira manifestação a febre alta (39º a 40º), de início repentino, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo (exantema) e coceira. Num período de 3 a 7 dias, a temperatura começa a cair e os sintomas geralmente regridem, mas pode persistir um quadro de prostração e fraqueza durante algumas semanas. Nas crianças, o sintoma inicial também é a febre alta acompanhada apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos e diarréia. O exantema pode estar presente ou não.

Na Dengue hemorrágica as manifestações iniciais são as mesmas da forma clássica. Entretanto, depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder, aparecem sinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival, vaginal, rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas). Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.

O diagnóstico de confirmação da dengue é laboratorial. Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos 3 a 5 dias iniciais da doença ou por exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos).

A prova do laço é um tipo de exame clínico indicado nos casos com suspeita de dengue, porque avalia a fragilidade capilar e pode refletir a queda do número de plaquetas.

Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue. Tomar muito líquido para evitar desidratação e utilizar medicamentos para baixar a febre e analgésicos são as medidas de rotina para aliviar os sintomas.

Pacientes com dengue ou com suspeita da doença precisam de assistência médica. Sob nenhum pretexto, devem recorrer à automedicação, jamais podem usar antitérmicos que contenham ácido acetilsalecílico (AAS, Aspirina, Melhoral, etc.), nem anti-inflamatórios (Voltaren, diclofenaco de sódio, Scaflan), interferem no processo de coagulação do sangue.

 É importante atentar para:

* Dengue é uma doença que pode evoluir rapidamente da forma clássica para quadros de maior gravidade;

* A identificação precoce dos casos de dengue é de importância fundamental para o controle das epidemias;

* A pessoa só desenvolve imunidade para o tipo de vírus que contraiu e pode infectar-se com outro sorotipo, o que aumenta o risco de doença hemorrágica;

* Combater os focos do mosquito transmissor é a única maneira de prevenir a transmissão da doença.

* É importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, pneus velhos, vasinhos de plantas, garrafas, caixas d´água, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

 

 

*Fonte: Doenças e sintomas. http://drauziovarella.com.br/letras/d/dengue/


Graziela de Fatima Carvalho Braga