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Varizes - As inimigas das mulheres

Varizes - As inimigas das mulheres

Varizes - As inimigas das mulheres

16 Agosto 2014
Qual é a mulher que não fica incomodada com aquelas veias dilatadas e tortuosas e bem visíveis nas pernas? São as indesejáveis varizes que, além de comprometerem a estética feminina, causam dor tipo queimação, formigamento ou dormência, cansaço, peso e inchaço nas pernas, podendo, muitas vezes, evoluir para trombose (varicoflebites), pigmentação (manchas) de pele e até feridas.
Dentre diversas causas, geralmente associadas a uma tendência genética herdada dos pais, uma a cada quatro mulheres pode ser vítima de varizes a partir dos 40 anos de idade. Fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da patologia apontam os trabalhos que exigem longa permanência em pé (cabelereiros, porteiros, cozinheiros) ou constante esforço físico (estivadores, carregadores), gravidez, uso de medicamentos contraceptivos, obesidade, obstipação intestinal e esportes que exigem impulsão e esforço físico abrupto (halterofilismo, salto em distância, voleibol).
O cirurgião vascular José Vitor Caporali explica que nem sempre os vasinhos na juventude são sinônimos de varizes no futuro. “As veias podem ser bem visíveis na pele clara e não se tornarem varizes. Aliás, não se deve confundir veia visível com varicosidade”, alerta o médico, orientando ainda que o uso de meias elásticas é aconselhável àquelas que apresentam grandes varicosidades. “Na verdade, não existe uma  prevenção 100% eficaz, pois basta ficarmos em pé para que a doença varicosa se manifeste ao longo da vida. Entretanto, algumas condutas podem ajudar a reduzir o ritmo de manifestação do problema, como repousar algumas vezes ao dia deitada ou sentada com as pernas elevadas; combater a obesidade e fazer exercícios físicos com baixo impacto para as pernas, como natação, hidroginástica, caminhada e ciclismo; evitar anticoncepcionais hormonais e ter o menor número possível de gestações”, orienta.
As causas secundárias de varizes são compostas de trombose venosa profunda, insuficiência de válvulas de safenas ou de veias perfurantes, fístulas arteriovenosas congênitas ou adquiridas. O cirurgião vascular Jacson Bernardy informa que os tratamentos podem ser clínicos, através do uso de meias elásticas e de medicamentos para o alívio dos sintomas, ou cirúrgico, para a retirada dos vasos varicosos. "Para as microvarizes e telangiectasias o tratamento consiste na aplicação de um líquido dentro dos vasos, técnica esta conhecida como escleroterapia e realizada no próprio consultório médico.O resultado é eficaz e esteticamente excelente".
Os profissionais realizam o tratamento cirúrgico para a retirada dos vasos de pequeno, médio e grande calibres através de microincisões na pele, com tempo de internação de cerca de 12 horas. "As varizes retiradas numa cirurgia não provocam danos à circulação, uma vez que as outras veias normais e o sistema venoso profundo se encarregam de garantir o fluxo de retorno", encerra Bernardy.

Com&Mkt