Notícias Unimed

Janeiro Branco: Saúde mental MANDA, corpo OBEDECE!!

   Olá, muito prazer! Sou Anni Breitenbach, psicóloga, professora universitária e, atualmente, coordenadora do curso de Psicologia da Universidade de Caxias do Sul. Com mestrado na área clínica de Crianças e Adolescentes e doutorado em Educação, sou sócia-proprietária da Ccognizione Clínica Psicológica atuando juntamente com uma equipe de profissionais psicólogos nas áreas infantil, adolescente, adulto e envelhecimento, além de palestras nas áreas voltadas à saúde mental junto de empresas, corporações e escolas. Atuamos em Veranópolis e sou cooperada na Unimed Vale das Antas há seis anos.

   O mês de janeiro é conhecido como JANEIRO BRANCO. Uma campanha estilo a Campanha Outubro Rosa e Novembro Azul. O objetivo é chamar atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à Saúde Mental e Emocional das pessoas. O fato de ser no primeiro mês do ano, em termos simbólicos e culturais, propicia as pessoas pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais. É como uma “folha em branco” – as pessoas podem se inspirar a escrever ou a reescrever sua própria história de vida.

   Nesse sentido, fazer o que se sabe é mais importante do que saber o que fazer. Assim, cabe a importância enquanto prevenção de cuidarmos com a alimentação, atividade física, sono regulador e manter relacionamentos produtivos e harmoniosos. Ao mesmo tempo, uma alternativa ou indicativo de que a saúde mental não está bem é observar o isolamento. Isolar-se de todos, evitar sair com amigos ou participar de atividades sociais, bem como disfunções de pensamento, sono, mudanças de apetite e comportamentos incomuns também estão na lista dos atos observáveis.

   Saúde mental tem relação com a forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções. Diariamente, vivencia-se uma série de emoções, boas ou ruins, mas que fazem parte da vida. A maneira como haverá esse manejo é o que determina como está a qualidade da nossa saúde mental.

   Ela é um importante fator que possibilita o ajuste necessário para lidar com as emoções positivas e negativas. Investir em estratégias que possibilitem o equilíbrio das funções mentais é essencial para um convívio social mais saudável. O desequilíbrio emocional facilita o surgimento de transtornos mentais. Pode-se dizer que a saúde mental contempla, entre tantos fatores, a capacidade de sensação de bem-estar e harmonia, a habilidade em manejar de forma positiva as adversidades e conflitos, o reconhecimento e respeito dos nossos limites e deficiências, a satisfação em viver, compartilhar e se relacionar com os outros - algo muito maior e anterior ao início dos transtornos mentais.

   Além disso, o preconceito ainda é bastante presente na sociedade. Começando pelo lugar que a loucura ocupou na história - o louco como alguém a ser afastado, enclausurado, aquele que não compartilha da “mesma realidade” que os demais. Durante bastante tempo a loucura esteve associada às questões metafísicas de forma negativa. Aquele intangível que está relacionado ao mal, ao descontrole, ao diferente. Hoje em dia, as questões de saúde mental ainda ocupam um lugar bastante nebuloso. Um diabético tem um exame com uma medida glicêmica que prova o que ele tem e o mesmo vale para questões cardíacas e as demais doenças crônicas. Como a saúde mental está no corpo e no meio, muitas vezes, é concebida como uma fraqueza do sujeito, algo sobre o qual ele teria condições de atuar e não o faz.

   Segue, desta forma, algumas dicas para se manter e desenvolver uma boa saúde mental: práticas de exercícios físicos e hobbies terapêuticos, autoconhecimento, qualidade de vida, espiritualidade, vínculos sociais harmoniosos, contato com a natureza, autonomia, sentidos próprios de vida.