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Coronavírus e COVID-19: perguntas e respostas

Coronavírus e COVID-19: perguntas e respostas

Entenda mais sobre a COVID-19, previna-se e ajude a combater informações falsas

Coronavírus e COVID-19: perguntas e respostas

11 Março 2020
Conteúdo atualizado em 11 de maio de 2021.
Tire as principais dúvidas sobre a epidemia do novo coronavírus:
 
 

Definição e sintomas do coronavírus e COVID-19

rapaz sentado no sofá cm dores de cabeça

1. O que é o coronavírus?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), coronavírus é uma família de vírus que pode causar doenças em animais ou humanos. Em humanos, esses vírus provocam infecções respiratórias que podem ser desde um resfriado comum até doenças mais severas como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). O novo coronavírus causa a doença chamada COVID-19, também denominada Sars-CoV-2.

 

2. O que é COVID-19?

A COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo mais recente coronavírus descoberto, chamado de SARS-CoV-2. O vírus e a doença eram desconhecidos antes do surto iniciado em Wuhan, na China, em dezembro de 2019.

 

3. Quais são os sintomas da COVID-19?

Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, tosse ,cansaço, dor muscular, calafrios, perda de olfato ou paladar. Outros sintomas também comuns e que podem afetar alguns pacientes incluem  congestão nasal, dores de cabeça e na garganta, conjuntivite, náuseas e vômitos, diarreia, perda de paladar ou olfato e erupção cutânea ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente.

Algumas pessoas são infectadas, mas apresentam apenas sintomas muito leves ou quase imperceptíveis.

O tempo de incubação (ou seja, desde a exposição até o início dos sintomas) varia de 2 a 14 dias, com uma mediana de 4 a 5 dias. A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar. Cerca de uma em cada cinco pessoas que adquire COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldade em respirar. As pessoas idosas e as que têm problemas médicos subjacentes, como pressão alta, problemas cardíacos e pulmonares, diabetes, obesidade ou câncer, têm maior risco de desenvolver doenças graves. No entanto, qualquer pessoa pode pegar COVID-19 e ficar gravemente doente.

Pessoas de todas as idades que apresentam febre e/ou tosse associada a dificuldade em respirar, falta de ar, dor ou pressão no peito, perda de fala ou movimento devem procurar atendimento médico imediatamente. Se possível, é recomendável ligar primeiro para o médico ou serviço de saúde, para que o paciente possa ter o melhor encaminhamento.

 

4. Quão grave é a COVID-19?

A maioria dos pacientes com COVID-19 evolui sem complicações e se cura. Mais de 95% dos pacientes com menos de 50 anos e que não têm doença crônica evoluem bem.

Os principais fatores de risco para COVID-19 grave são: idade avançada, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), doença cardiovascular (insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana, cardiomiopatia), diabetes tipo 2, obesidade (IMC de 30 ou mais), doença renal crônica, imunossupressão por transplante de órgãos e tratamentos contra o câncer. 

Estes pacientes devem ser acompanhados diariamente com relação a sintomas e temperatura, para detectar febre e hipóxia (falta de oxigênio no sangue, tecidos e órgãos).

Para outras doenças crônicas, como asma moderada e severa, doenças cerebrovasculares, fibrose cística, hipertensão arterial, tabagismo, diabetes tipo 1, demência, doenças hepáticas e outros estados de imunossupressão ou condições clínicas como a gestação, os dados científicos atuais não são suficientes para inclusão nos grupos de risco para COVID-19 grave.

 

5. Por que é importante detectar a hipóxia silenciosa?

Os pacientes que evoluem com pneumonia grave (quando a doença causa hipóxia, falta de oxigênio no sangue, tecidos e órgãos) necessitam de internação hospitalar. A maioria tem mais de 60 anos e/ou doenças crônicas associadas como diabetes, obesidade, insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, insuficiência renal crônica ou são imunodeprimidos. 

É fundamental detectar o primeiro sinal de hipóxia por meio da oximetria digital, pois muitos pacientes têm hipóxia silenciosa, ou seja, não se queixam de falta de ar.

Os pacientes com COVID-19 confirmada devem medir a oximetria digital diariamente, principalmente aqueles com mais de 60 anos e todos os que têm doenças crônicas, que os colocam no grupo de risco para COVID-19 grave. 

A pneumonia com hipóxia (saturação de oxigênio menor que 94%) geralmente ocorre ao redor do 7º dia de sintomas (entre o 5º e o 9º dias na maioria dos pacientes). Ao se detectar esta pneumonia com hipóxia (geralmente com 50% ou mais de comprometimento pulmonar), o tratamento hospitalar com oxigenioterapia, dexametasona (corticoide) e heparina (anticoagulante) profiláticos fará com que a maioria dos pacientes evolua bem e sem necessidade de ventilação mecânica (respirador) na UTI. 

 

Transmissão do coronavírus

criança no colo da mãe. A criança tosse e cobre sua boca e nariz com o braço.

6. Como a COVID-19 é transmitida?

A COVID-19 é transmitida principalmente de pessoa para pessoa por meio das gotículas respiratórias que são produzidas quando uma pessoa infectada tosse, espirra, fala, canta ou se exercita. Ela é normalmente transmitida a partir de um contato próximo (estar a cerca de 1,5 m de distância por 15 minutos ou mais) com uma pessoa contagiosa. Entretanto, o vírus pode se disseminar por distâncias mais longas ou permanecer no ar por mais tempo em determinadas situações. Em geral, quanto mais próxima e mais longa for a interação com uma pessoa infectada, mais alto será o risco de disseminação do vírus. Também existe a possibilidade de uma pessoa contrair o vírus ao tocar em superfícies que tenham o vírus e depois tocar sua própria boca, nariz ou olhos. O vírus é habitualmente transmitido por uma pessoa com sintomas de infecção, mas também pode ser transmitido antes mesmo que as pessoas venham a manifestar algum sintoma clínico (pré-sintomáticas) e até mesmo por pessoas infectadas e que não manisfestam sintomas (assintomáticas). 

 

7. Como se dá o isolamento respiratório em pessoas com suspeita ou COVID-19 confirmada?

A quarentena se destina a pessoas que foram expostas ou que podem ter sido expostas. Ela serve para separar e restringir o movimento de pessoas que tiveram contato próximo com uma pessoa infectada, para observar se ficam doentes dentro do período de incubação de 14 dias. As seguintes pessoas devem fazer quarentena por 14 dias após a exposição ao vírus:

  • Pessoas que tiveram contato próximo, não apresentam sintomas e tiveram teste negativo
  • Pessoas que tiveram contato próximo, não apresentam sintomas e não foram testadas

Se uma pessoa que teve contato próximo receber um resultado positivo no teste, essa pessoa deverá ser isolada durante, pelo menos, 10 dias. A adesão estrita a essas medidas tem sido bem sucedida no controle da disseminação da infecção pelo SARS-CoV-2.

Todos os pacientes com suspeita de COVID-19 e aqueles que têm a doença confirmada (por meio de exame de PCR nasal ou de saliva positivo) devem ficar 10 dias em isolamento respiratório domiciliar, isto é, devem ficar preferencialmente sozinhos no quarto, afastados de seus familiares e amigos. Pacientes com COVID-19 grave ou crítica, que são os que internam no hospital, e os imunodeprimidos, devem ficar 20 dias em isolamento respiratório.

Não há indicação de fazer nenhum exame para alta do isolamento ou volta ao trabalho. Também não estão indicados exames de PCR  ou de sorologia (exame de sangue) para receber alta do isolamento. É indicado considerar  10 dias aos pacientes que não internam e 20 dias àqueles a que internam para receberem alta do isolamento respiratório.

Contactantes próximos: as pessoas que tiveram contato de alto risco com paciente com COVID-19,  chamados de contactantes próximos (que tiveram contato com pacientes infectados sem máscaras, por 15 minutos ou mais e a uma distância menor de 1,8m) também devem ficar em isolamento respiratório, a princípio por 14 dias. O médico deve avaliar o tipo de contato para verificar a necessidade de testes diagnósticos e acompanhamento. Os contactantes com PCR nasal colhido entre 5 e 7 dias depois do contato, que permanecem assintomáticos, possuem risco mínimo de terem infecção ou de infectarem outras pessoas e poderão ser liberados antes dos 14 dias, de acordo com avaliação médica individual.

Um contato próximo pode incluir pessoas que:

  • Prestaram cuidados na casa de alguém doente por COVID-19
  • Tiveram contato físico direto com uma pessoa doente (abraçaram ou beijaram essa pessoa)
  • Compartilharam utensílios para comer ou beber
  • Estiveram dentro do alcance das gotículas respiratórias de uma pessoa doente (por exemplo, por meio de espirro ou tosse)

O isolamento se destina a separar as pessoas que estão contagiosas das que estão suscetíveis. As seguintes pessoas devem ser isoladas:

Pessoas que estiveram doentes com sintomas de COVID-19, mas não tiverem sido testadas

Qualquer pessoa que teve resultado positivo no teste para SARS-CoV-2 (independentemente de ter ou não sintomas).

O isolamento, em geral, pode terminar 10 dias após o início dos sintomas, desde que a pessoa esteja assintomática, por pelo menos 24 horas, sem uso de medicamentos para controle de febre. Pessoas que nunca apresentaram sintomas podem encerrar o isolamento 10 dias após a data do seu exame com resultado positivo.

 

8. Pessoas sem sintomas podem transmitir o coronavírus?

A principal maneira pela qual o vírus  se espalha é através de gotículas respiratórias expelidas por alguém que está tossindo ou falando. O risco de ser infectado por alguém sem sintomas da COVID-19 é baixo. No entanto, muitas pessoas com a doença têm apenas sintomas leves, particularmente nos estágios iniciais. Portanto, é possível  ser infectado por alguém que tenha apenas uma tosse leve e não se sinta doente, por exemplo.

 

9. Posso desenvolver a COVID-19 se tiver contato com fezes de alguém com a doença?

O risco de transmissão do coronavírus pelas fezes de uma pessoa infectada parece ser baixo. Embora as investigações iniciais sugiram que o vírus possa estar presente em alguns casos nas fezes, a disseminação por essa via não é uma característica principal . Como isso é um risco, no entanto, é outro motivo para limpar as mãos regularmente, depois de usar o banheiro e antes de comer.

 

10. Posso pegar o coronavírus comendo alimentos preparados por outras pessoas?

Os coronavírus foram detectados nas fezes de certos pacientes, portanto, atualmente não podemos descartar a possibilidade de transmissão ocasional de manipuladores de alimentos infectados. Entretanto, podemos afirmar que o risco da transmissão por alimentos contaminados poderá acontecer caso o alimento tenha sido exposto à secreção respiratória de uma pessoa contaminada. Na dúvida, faça a limpeza do alimento antes de consumi-lo. Para alimentos cozidos, o risco seria muito menor. Para aqueles que serão consumidos in natura, como folhas e frutas, a higienização é feita como preconiza a segurança alimentar: lavar em água corrente para retirar sujeiras, parasitas e pequenos insetos e depois deixar de molho em solução clorada por 15 minutos, em média. Só então enxaguar em água corrente.

 

11. Humanos podem ser contaminados por coronavírus de uma fonte animal?

A COVID-19 raramente é transmitida entre pessoas e animais. Existem relatos de animais de estimação infectados pelo vírus após contato próximo com pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2. Entretanto, com base nas informações disponíveis até o momento, o risco de propagação da doença dos animais para as pessoas é considerado baixo. É recomendável evitar que os animais de estimação interajam com pessoas de fora de casa. Se uma pessoa de dentro de casa adoecer, é recomendável o isolamento total desta pessoa, inclusive dos animais de estimação.

Ainda, é recomendável que se evite contato direto com animais selvagens e com superfícies em contato com eles e se mantenham boas práticas de segurança alimentar ao manusear carnes cruas.

 

12. Pode ocorrer reinfecção do novo coronavírus?

A reinfecção ou segunda infecção pelo novo coronavírus é rara. A maior parte das pessoas que tiveram infecção assintomática e desenvolveram a COVID-19 provavelmente estarão imunes por, pelo menos, 10 meses, pelos dados coletados desde o início da  pandemia até agora. Estudos em andamento e futuros poderão responder por quanto tempo o paciente ficará imune com mais precisão.

 

13. Qual a chance de eu desenvolver a COVID-19?

O risco está diretamente relacionado com a  exposição em ambientes fechados e com pouca ventilação, locais com aglomeração de pessoas, desatenção às recomendações de uso de máscaras e a falta de higienização das mãos,. Governos e autoridades de saúde estão constantemente tomando medidas mais ou menos restritivas conforme a dinâmica epidemiológica da doença, com novas estratégias de flexibilização ou restrição de medidas de mobilidade urbana. Portanto, certifique-se de cumprir as orientações quanto às restrições locais sobre viagens, movimento ou grandes aglomerações. A cooperação com os esforços de controle de doenças reduzirá o risco de disseminar o vírus e desenvolver a doença. Os surtos de COVID-19 podem ser contidos e a transmissão interrompida, como tem acontecido em vários locais que tomaram medidas restritivas para isolamento social e atenderam rigorosamente às recomendações de higiene e isolamento social. Infelizmente, novos surtos podem surgir rapidamente. É importante estar ciente da situação da pandemia na sua região ou no local para onde você pretende se deslocar. O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde Estaduais publicam atualizações diárias sobre a situação da COVID-19 em todo o Brasil.

 

14. Quais são os riscos especiais de COVID-19 para mulheres grávidas?

A taxa de infecção e a progressão para doença grave em mulheres grávidas é semelhante a de mulheres adultas que não estão grávidas. As mesmas medidas de proteção contra a transmissão do vírus se aplicam a ambas. Até agora, nenhuma transmissão da mãe para o feto foi descrita. O parto vaginal deve ser encorajado quando a mãe e o bebê não estão gravemente doentes. Medidas rígidas de proteção (como o uso de máscaras faciais e a higiene das mãos) devem ser observadas para proteger o recém-nascido e a equipe de saúde durante e após o parto. A separação da mãe e do bebê e a amamentação devem ser discutidas caso a caso. O recém-nascido deve ser protegido da infecção pela mãe, tanto quanto possível. Se a mãe desejar esgotar seu leite ou amamentar, a desinfecção da mama deve ser adicionada aos métodos de proteção mencionados.

 

15. Fumantes e usuários de produtos de tabaco correm maior risco de infecção?

É provável que os fumantes sejam mais vulneráveis à COVID-19, pois o ato de fumar significa que os dedos (e possivelmente os cigarros contaminados) estão em contato com os lábios, o que aumenta a possibilidade de transmissão do novo coronavírus da mão para a boca. Os fumantes também podem já ter doença pulmonar ou capacidade pulmonar reduzida, o que aumentaria muito o risco de doença grave.

Outros produtos para fumar, como bongs, que geralmente envolvem o compartilhamento, podem facilitar a transmissão da COVID-19 em ambientes comunitários e sociais.

Condições que aumentem as necessidades de oxigênio ou reduzem a capacidade do corpo de usá-lo adequadamente colocam os pacientes em maior risco de doenças pulmonares graves, como pneumonia.

 

Exames e diagnóstico do coronavírus

Homem se consultando com um médico

16. O que significa um caso suspeito de COVID-19?

Pessoas que apresentem febre, tosse seca e cansaço, além de outros sintomas menos comuns como dores no corpo, congestão nasal, dor de cabeça, dor de garganta, conjuntivite, diarreia, perda de paladar ou olfato e erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés são suspeitas. Algumas podem estar infectadas e apresentarem sintomas muito leves.

Caso você se sinta doente, com sintomas de gripe, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos. Fique em casa isolado também dos demais familiares ou contactantes domiciliares por 14 dias. Use máscara sempre que for necessário contato com outras pessoas, mesmo seus familiares.

 

17. Qual é o período de incubação do coronavírus?

Um período de incubação é o tempo entre ser infectado e o início dos sintomas da doença. Este período observado na COVID-19 pode variar de 2 a 14 dias, com uma mediana de 4 a 5 dias.

 

18. O que devo fazer se tiver sintomas de COVID-19 e quando devo procurar atendimento médico?

A maioria das pessoas que recebe o diagnóstico de COVID-19 poderá se recuperar em casa. Entretanto, recomenda-se a avaliação médica para a melhor orientação. Para os casos leves a moderados, o ideal é ficar em casa, fazer autoisolamento (conforme as orientações do médico) e monitorar seus sintomas diariamente: mais especificamente a febre e, se possível, medir a oximetria (saturação de oxigênio) pelo menos 3 vezes ao dia.

No entanto, se você mora em uma área com malária ou dengue, é importante não ignorar os sintomas da febre. Procure ajuda médica. Ao comparecer ao serviço de saúde, use uma máscara e, se possível, mantenha distância de outras pessoas e não toque nas superfícies com as mãos. Se for uma criança que estiver doente, ajude-a a seguir esta orientação.

 

19. Como os casos de COVID-19 são classificados?

A infecção pelo SARS-CoV-2 pode variar de casos assintomáticos e manifestações clínicas leves, até quadros moderados, graves e críticos, sendo necessária atenção especial aos sinais e sintomas que indicam piora do quadro clínico que exijam a hospitalização do paciente. De forma geral, os casos podem ser classificados em:

Caso assintomático: caracterizado por teste laboratorial positivo para COVID-19 e ausência de sintomas

Caso leve: caracterizado a partir da presença de sintomas não específicos, como tosse, dor de garganta ou coriza, seguido ou não de anosmia (incapacidade de sentir odores), ageusia (perda do paladar), diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, mialgia (dor muscular), fadiga e/ou cefaleia (dor de cabeça)

Caso moderado: os sintomas mais frequentes podem incluir desde sinais leves da doença, como tosse persistente e febre persistente diária, até sinais de piora progressiva de outro sintoma relacionado à COVID-19 (adinamia [grande fraqueza muscular], prostração, hiporexia [diminuição no apetite], diarreia), além da presença de pneumonia sem sinais ou sintomas de gravidade

Caso grave: considera-se a Síndrome Respiratória Aguda Grave (síndrome gripal que apresente desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada de lábios ou rosto). Para crianças, os principais sintomas incluem respiração acelerada (maior ou igual a 70 rpm para menores de 1 ano e maior ou igual a 50 rpm para crianças maiores que 1 ano), hipoxemia (níveis baixos de saturação), desconforto respiratório, alteração da consciência, desidratação, dificuldade para se alimentar, lesão miocárdica, elevação de enzimas hepáticas, disfunção da coagulação, rabdomiólise (lesão muscular com liberação de conteúdo intracelular), cianose central (pele, língua e mucosa oral com coloração azulada devido à queda de quantidade de oxigênio no corpo) ou saturação de oxigênio menor que 90-92% em repouso e ar ambiente, letargia (estado de inconsciência), convulsões, dificuldade de alimentação/recusa alimentar.

Caso crítico: os principais sintomas são sepse, síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória grave, disfunção de múltiplos órgãos, pneumonia grave, necessidade de suporte respiratório e internações em unidades de terapia intensiva.

Procure atendimento médico imediato se tiver piora da tosse, dificuldade de respirar ou dor/pressão no peito, confusão mental, dificuldade para acordar ou permanecer acordado, pele, lábios ou leito ungueal (parte abaixo das unhas das mãos e dos pés) pálido, cinza ou azulado. Se possível, ligue para o médico ou unidade de saúde com antecedência, para que possa ser direcionado para o centro de saúde adequado.


20. O que é um caso confirmado de COVID-19?

LABORATORIAL: resultado de exame positivo

O diagnóstico laboratorial pode ser realizado tanto por testes de biologia molecular (PCR), sorologia ou testes rápidos

  • Biologia molecular: permite identificar a presença do material genético (RNA) do material genético (RNA) do vírus SARS-CoV-2 em amostras de secreção respiratória
  • Sorologia: detecta anticorpos IgM, IgA e/ou IgG produzidos pela resposta imunológica do indivíduo em relação ao vírus SARS-CoV-2, podendo diagnosticar doença ativa ou pregressa
  • Testes rápidos: Estão disponíveis dois tipos de testes rápidos, de antígeno e de anticorpo. O teste rápido de antígeno detecta proteína do vírus em amostras coletadas de naso/orofaringe, devendo ser realizado na infecção ativa (fase aguda) e o teste rápido de anticorpos detecta IgM e IgG (fase convalescente), em amostras de sangue total, soro ou plasma

CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: caso suspeito ou provável com histórico de contato próximo ou domiciliar com caso confirmado laboratorialmente por COVID-19, que apresente febre ou pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios, nos últimos 14 dias após o contato, e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica. Alerta-se que a febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que, em algumas situações, possam ter utilizado medicamento antitérmico.

 

21. Quem deve fazer o exame para confirmação?

O exame para COVID-19 deve ser feito preferencialmente por solicitação médica, que vai levar em conta a história e o tempo de evolução da doença para indicar qual o exame melhor indicado. É importante que o médico interprete o resultado do exame, pois o fato de ser negativo não confirma, necessariamente, ausência de doença.

 

22. Posso fazer exames preventivos?

Não existe indicação para realização de exames preventivos para COVID-19. Se não houver sintomas, não há necessidade do exame específico.

 

23. O que é um caso curado de COVID-19?

Diante das últimas evidências, o Ministério da Saúde define que são curados:

  • Casos em isolamento domiciliar: são aqueles confirmados e que passaram por 14 dias em isolamento domiciliar, a contar da data de início dos sintomas e  que estão assintomáticos
  • Casos em internação hospitalar: conforme a avaliação do médico assistente

 

24. O que as pessoas devem fazer se acham que têm coronavírus ou se um filho possa estar infectado?

Se você tem um médico de referência ou pediatra, ligue primeiro para ele para obter aconselhamento adequado. Se você não tem um médico e está preocupado que você ou seu filho possam estar infectados pela COVID-19,  poderá entrar em contato com seu plano de saúde ou o Disque Saúde 136 – do Ministério da Saúde e obter a orientação adequada para o seu caso. É recomendável que somente pessoas com sintomas mais intensos de doença respiratória procurem atendimento médico no pronto-socorro. Os sintomas graves são batimento cardíaco acelerado, pressão arterial baixa, temperaturas altas ou muito baixas, confusão mental, dificuldade em respirar e desidratação grave. Idealmente, verifique previamente os locais indicados para atendimento, sejam hospitais ou unidades de saúde.

 

25. Como diferenciar gripe comum de COVID-19?

Os sintomas de COVID-19 - incluindo febre, tosse e dificuldade em respirar - são semelhantes aos da gripe e resfriado. A avaliação dos sintomas de resfriado e gripe também inclui testes para vírus respiratórios de rotina, especialmente influenza. Em geral, se você não tem sintomas e normalmente não procura atendimento médico com base no que sente agora, não precisa de avaliação ou teste para COVID-19.

 

26. Quais as principais diferenças entre as doenças respiratórias?

Fonte: Ministério da Saúde

 

Tratamento para COVID-19

Mãos de uma médica segura as mãos de uma paciente

27. O que ajuda, o que não ajuda e o que está em estudo?

A maioria das pessoas que adoece com a COVID-19 poderá se recuperar em casa. No momento, não existem tratamentos específicos para a doença. Mas, muitas das medidas já sacramentadas para controle dos sintomas da gripe comum – como repouso, hidratação contínua e medicamentos para aliviar a febre e dores – também são úteis com a COVID-19.

As atuais evidências científicas ainda não identificaram medicações que apresentaram eficácia na prevenção ou no “tratamento precoce” para a COVID-19 até o presente momento. Pesquisas clínicas com medicações antigas indicadas para outras doenças e novos medicamentos estão em andamento e poderemos ter novidades neste cenário assim que estes estudos forem liberados e validados pelos órgãos competentes, no caso do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Atualmente, as principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Anvisa, entidade reguladora vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil.

Entretanto, o tratamento utilizado para COVID-19 deve ser prescrito pelo seu médico, pois somente ele poderá tomar a melhor decisão terapêutica, baseado em sua história clínica e riscos potenciais de complicação pela doença. Existem relatos de pessoas com complicações, e até mesmo óbito, após tomarem medicamentos não aprovados para tratamento da COVID-19, mesmo sendo medicamentos aprovados ou prescritos para outras doenças.

 

28. Existe um tratamento antiviral específico para a COVID-19?

Atualmente, não há tratamento antiviral específico para COVID-19. No entanto, drogas previamente desenvolvidas para tratar outras infecções virais estão sendo testadas para verificar se elas também podem ser eficazes contra o vírus que causa a COVID-19.

 

29. Por que é tão difícil desenvolver tratamentos para doenças virais?

Um medicamento antiviral deve ser capaz de atingir a parte específica do ciclo de vida de um vírus, necessária para sua reprodução. Além disso, um medicamento antiviral deve ser capaz de matar um vírus sem matar a célula humana que ele ocupa. E os vírus são altamente adaptáveis. Como se reproduzem tão rapidamente, eles têm muitas oportunidades de sofrer mutações (alterar suas informações genéticas) a cada nova geração, potencialmente podendo desenvolverresistência a quaisquer medicamentos ou vacinas.

 

30. A dexametasona é eficaz no tratamento de COVID-19?

Um relatório recente de um ensaio clínico mostrou que o corticosteroide dexametasona diminuiu o risco de óbito em pacientes muito doentes e hospitalizados com COVID-19. O relatório foi divulgado antes da publicação do estudo em uma revista médica, o que significa que os resultados da pesquisa não passaram pela revisão cuidadosa habitual.

Muitos médicos, inclusive os norte-americanos, estão tratando pacientes muito doentes com COVID-19 com corticosteroides desde o início da pandemia. Faz sentido biológico para os pacientes que desenvolveram uma resposta inflamatória muito exacerbada à infecção viral. Nesses casos, é a reação exagerada do sistema imunológico que está danificando os pulmões e outros órgãos e, muitas vezes, levando à morte.

A dexametasona e outros corticosteroides (prednisona, metilprednisolona) são potentes anti-inflamatórios. Uma das questões-chave é se a dexametasona é eficaz em alguns pacientes com COVID-19 e quando deve ser iniciada. Se o tratamento com corticoides for instituído muito precocemente poderá afetar o sistema de defesa natural do organismo humano e isso pode permitir que o vírus prospere. Ainda serão necessários mais estudos, além deste relatório mais recente, para confirmar a eficácia do medicamento.

 

31. É seguro tomar ibuprofeno para tratar os sintomas de COVID-19?

Alguns médicos franceses desaconselham o uso do ibuprofeno para os sintomas de COVID-19, com base em relatos de pessoas saudáveis ¿¿com COVID-19 confirmado que estavam tomando um anti-inflamatório não hormonal (que não é corticoide) para aliviar os sintomas e desenvolveram uma doença grave, especialmente pneumonia. Estas são apenas observações e não são baseadas em estudos científicos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou inicialmente o uso de acetaminofeno ou paracetamol em vez de ibuprofeno para ajudar a reduzir a febre e dores relacionadas a esta infecção por coronavírus, mas agora afirma que o acetaminofeno ou o ibuprofeno podem ser usados. Mudanças rápidas nas recomendações criam incertezas, por isso, ainda é prudente escolher primeiro o acetaminofeno, com uma dose total não superior a 3 mil miligramas por dia.

 

32. Cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina são seguras e eficazes no tratamento da COVID-19?

Relatórios iniciais da China e da França sugeriram que os pacientes com sintomas graves de COVID-19 melhoraram mais rapidamente quando receberam cloroquina ou hidroxicloroquina. Alguns médicos estavam usando uma combinação de hidroxicloroquina e azitromicina com alguns efeitos positivos.

A hidroxicloroquina e a cloroquina são usadas principalmente para tratar a malária e várias doenças inflamatórias, incluindo lúpus e artrite reumatoide. A azitromicina é um antibiótico comumente prescrito para infecções na garganta e pneumonia bacteriana.

Demonstrou-se que a hidroxicloroquina e a cloroquina matam o vírus COVID-19 na placa de laboratório. Os medicamentos parecem funcionar através de dois mecanismos: primeiro, eles dificultam a ligação do vírus à célula, impedindo que o vírus entre na célula e se multiplique dentro dela. Segundo, se o vírus conseguir entrar na célula, as drogas o matam antes que ele possa se multiplicar.

A azitromicina nunca é usada para infecções virais. No entanto, este antibiótico tem alguma ação anti-inflamatória. Houve especulações, embora nunca comprovadas, de que a azitromicina pode ajudar a atenuar uma resposta imune hiperativa à infecção por COVID-19. Alertamos também para o uso indiscriminado de antibióticos como uma das principais causas de resistência bacteriana.

A sociedade científica ainda não divulgou se esses medicamentos, isoladamente ou em combinação, podem tratar a infecção viral por COVID-19. Estudos humanos recentes sugerem nenhum benefício e possibilidade de um risco maior de morte devido a anormalidades do ritmo cardíaco.

Com relação à eficácia da hidroxicloroquina isolada na prevenção da infecção por coronavírus, os resultados de um ensaio clínico recém-publicado no New England Journal of Medicine descobriram que ela não preveniu a infecção. No entanto, a forma como este estudo foi conduzido foi questionado por alguns especialistas.

A recomendação não mudou. Conforme consenso científico atual, a cloroquina ou a hidroxicloroquina com ou sem azitromicina não são recomendadas para prevenir ou tratar a infecção por COVID-19.

Ou seja, até o presente momento, não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVD-19.

Principais referências:

N Engl J Med. Oct 29, 2020; www.idsociety.org/COVID-19guidelines (atualizado 02/12/2020); NIH COVID-19 Treatment Guidelines (atualizado 03/12/2020)

https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/therapeutic-options.html (atualizado em 04/12/2020)

 

33. A vitamina D protege contra a COVID-19?

Existem evidências que sugerem que a vitamina D pode ajudar a proteger contra a infecção e o desenvolvimento de sintomas graves de COVID-19. Sabemos, por exemplo, que pessoas com baixos níveis de vitamina D podem ser mais suscetíveis a infecções do trato respiratório superior. Uma meta-análise descobriu que pessoas que tomavam suplementos de vitamina D, particularmente aqueles que tinham baixos níveis, foram menos propensos a desenvolver infecções agudas do trato respiratório do que aquelas que não tomavam.

A vitamina D pode proteger contra a COVID-19 de duas maneiras: primeiro, pode ajudar a aumentar a defesa natural de nosso corpo contra vírus e bactérias. Segundo, pode ajudar a prevenir uma resposta inflamatória exagerada, que demonstrou contribuir para doenças graves em algumas pessoas com COVID-19.

Nossos corpos produzem vitamina D quando expostos ao sol. Cinco a 10 minutos de exposição ao sol em alguns ou na maioria dos dias da semana nos braços, pernas ou costas, sem protetor solar, permitirão que você consiga o suficiente da vitamina. Boas fontes alimentares de vitamina D incluem peixes gordurosos (como atum, cavala e salmão), alimentos enriquecidos com vitamina D (como laticínios, leite de soja e cereais), queijo e gemas de ovos.

A dose dietética recomendada de vitamina D é de 600 UI por dia para adultos com 70 anos ou menos e 800 UI por dia para adultos com mais de 70 anos. Um suplemento diário contendo 1.000 a 2.000 UI de vitamina D é provavelmente seguro para a maioria das pessoas. Para adultos, o risco de efeitos nocivos aumenta acima de 4.000 UI por dia.

 

34. Devo tomar vitamina C para evitar a infecção pelo novo coronavírus?

Alguns pacientes gravemente enfermos com COVID-19 foram tratados com altas doses de vitamina C intravenosa na esperança de que isso acelerasse a recuperação. No entanto, não há evidências científicas claras ou convincentes de que isso funcione para infecções por COVID-19 e não é uma parte padrão do tratamento para essa nova infecção.

Estudos clínicos demonstraram algum efeito benéfico do uso de altas doses de vitamina C (juntamente com tiamina e corticosteroides) entre pessoas com sepse, uma forma de infecção avassaladora que causa pressão arterial baixa e falência de órgãos. Embora nenhum desses estudos tenha analisado o uso de vitamina C em pacientes com COVID-19, a terapia vitamínica foi administrada especificamente para sepse e Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), e essas são as condições mais comuns que levam as pessoas à UTI, suporte ventilatório ou morte entre aqueles com infecções graves por COVID-19.

Não há evidências de que o uso de vitamina C também ajude a prevenir a infecção pelo novo coronavírus. Embora as doses padrão de vitamina C sejam geralmente inofensivas, altas doses podem causar vários efeitos colaterais, incluindo náuseas, cãibras e aumento do risco de pedras nos rins.

 

Prevenção

35. O que posso fazer para me proteger e impedir a propagação do coronavírus?

Medidas de proteção para todos

Você pode reduzir suas chances de ser infectado ou de transmitir o vírus tomando algumas precauções simples:

  1. Lave regularmente e cuidadosamente as mãos, por pelo menos por 20 segundos, com água e sabão ou higienize-as com solução à base de álcool gel. Por quê? Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool gel nas mãos mata o vírus que pode estar nelas.
  2. Mantenha pelo menos 1,5 m de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando. Por quê? Quando alguém tosse ou espirra, pulveriza pequenas gotas líquidas do nariz ou da boca, que podem conter vírus. Se você estiver muito próximo, poderá respirar as gotículas, incluindo o novo coronavírus, se a pessoa que tossir tiver a doença.
  3. Evite tocar nos olhos, nariz e boca. Por quê? As mãos tocam muitas superfícies e podem pegar vírus. Uma vez contaminadas, elas podem transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. A partir daí, o vírus pode entrar no seu corpo e deixá-lo doente.
  4. Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor sigam uma boa higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com o braço ou lenço descartável quando tossir ou espirrar. Em seguida, descarte o lenço usado imediatamente. Por quê? Gotas espalham vírus. Ao seguir uma boa higiene respiratória, você protege as pessoas ao seu redor contra vírus que causam resfriado, gripe e COVID-19.
  5. Fique em casa se não se sentir bem. Se você tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, procure atendimento médico e ligue com antecedência. Siga as instruções da sua autoridade sanitária local. Por quê? As autoridades nacionais e locais terão as informações mais atualizadas sobre a situação em sua área. Ligar com antecedência permitirá que seu médico o direcione rapidamente para o centro de saúde certo. Isso também irá protegê-lo e ajudar a evitar a propagação de vírus e outras infecções.

 

36. Devo usar uma máscara facial para me proteger contra o coronavírus?

Dados científicos recentes constataram que a transmissão do vírus causador da COVID-19 pode ocorrer mesmo antes de o indivíduo apresentar os primeiros sinais e sintomas. Por esse motivo, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de máscaras faciais para todos. A utilização de máscaras impede a disseminação de gotículas expelidas pelo nariz ou  boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física

Assim, recomenda-se a utilização de máscara facial sempre que for necessário sair de casa para ambientes públicos. As pessoas que usarem máscaras devem seguir as boas práticas de uso, remoção e descarte, assim como higienizar adequadamente as mãos antes e após a remoção. Devem também lembrar que o uso de máscaras deve ser sempre combinado com as outras medidas de proteção.

Nesse sentido, sugere-se que a população possa produzir as suas próprias máscaras em tecido de algodão, tricoline, TNT, ou outros tecidos, que podem assegurar uma boa efetividade se forem bem desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

Vale lembrar que as máscaras PFF2 e a N95 são equipamentos de proteção usados por profissionais de saúde e que a procura em larga escala pode provocar sua escassez. O uso desses tipos de máscara fora do ambiente hospitalar é recomendado para imunodeprimidos ou em locais fechados com grande concentração de pessoas.

Apesar de oferecerem uma proteção maior – nas de tecido a proteção é de cerca de 70% - as máscaras profissionais são mais rígidas e precisam ser ajustadas à face, o que pode dificultar o uso correto. 

Assim, é recomendado otimizar o uso de máscaras faciais de pano, atendendo aos requisitos de confecção mais adequados e/ou máscaras cirúrgicas de boa qualidade. O ideal é que a máscara de pano  seja usada junto com  uma máscara cirúrgica, conferindo duas camadas de proteção.

Ambas precisam estar bem ajustadas na orelha, com nós, e dobras específicas. Deve-se fugir de tecidos elásticos e costuras (principalmente frontais), e preferir tecidos com tripla camada (poliéster, polipropileno e algodão) e elástico que passa ao redor da cabeça. 

Outra dica é utilizar a dupla máscara cirúrgica (descartável, mais comum), principalmente em ambientes que possam ter mais aglomeração de pessoas (aeroportos e transporte público, por exemplo).

 

37. Como colocar, usar, tirar e descartar uma máscara?

  • Antes de tocar na máscara, limpe as mãos com um higienizador à base de álcool gel ou água e sabão
  • Pegue a máscara e verifique se está rasgada ou com buracos
  • Oriente qual lado é o superior
  • Assegure-se de que o lado correto da máscara está voltado para fora
  • Coloque a máscara no seu rosto. Dependendo do modelo, aperte a tira de metal ou a borda rígida da máscara para que ela se adapte ao formato do seu nariz
  • Puxe a parte inferior da máscara para que ela cubra sua boca e seu queixo
  • Após o uso, retire a máscara. Remova as presilhas elásticas por trás das orelhas, mantendo a máscara afastada do rosto e das roupas, para evitar tocar nas superfícies potencialmente contaminadas da máscara
  • Descarte a máscara em uma lixeira fechada imediatamente após o uso. Higienize as mãos depois de tocar ou descartar a máscara
  • Se for de tecido, lave a máscara usando água e sabão e faça o enxágue em água corrente. Deixe secar bem. Em seguida, passe ferro quente e guarde em saco plástico limpo para a próxima utilização

 

Resumindo as principais medidas de prevenção:

As 6 regras de ouro da prevenção contra a COVID-19 devem ser praticadas todo dia, o dia todo, e diminuem MUITO o risco de alguém ser infectado. São elas:

  1. Uso de máscara
  2. Distanciamento físico de 1,5m
  3. Higienização frequente das mãos
  4. Não participar de aglomeração humana
  5. Manter ambientes ventilados e arejados
  6. Pessoa com sintomas de resfriado ou gripe deve ficar imediatamente em isolamento respiratório e, se possível, procurar orientação médica por teleconsulta e colher PCR  para o novo coronavírus (SARS-CoV-2), pois pode estar com COVID-19. O risco de infecção já ocorre na fase pré-sintomática (nos dois dias antes de apresentar sintomas), mas, principalmente, nos primeiros sete dias de sintomas

 

38. Devo evitar de viajar de avião?

Obviamente, se alguém tiver febre e sintomas respiratórios, não deve viajar de avião. Assim como qualquer pessoa que tenha febre e sintomas respiratórios , de qualquer maneira, deve usar uma máscara em um avião. Mais uma vez, as medidas preventivas como uso permanente de máscaras e higienização das mãos serão fundamentais para evitar a contaminação pelo vírus.

 

39. Existe uma vacina disponível para o coronavírus?

Algumas vacinas estão na fase de pesquisa clínica e aprovação e outras já receberam ou irão receber a autorização de uso emergencial. A vacinação nos países foi iniciada no final de 2020 e, no Brasil, em janeiro de 2021 e segue o calendário de grupos prioritários.

A vacinação no Brasil depende da logística, que inclui transporte das vacinas adequadamente refrigeradas, conforme cada uma delas exige, bem como a compra e distribuição pelo Ministério da Saúde.

Neste momento, mesmo com a vacinação em andamento, é essencial que as medidas de prevenção contra a COVID-19 sejam mantidas.

40. Como fazer compras com segurança?

Mantenha distância dos outros e evite tocar nos olhos, boca e nariz. Se possível, higienize as alças dos carrinhos de compras ou cestas antes de tocá-las. Lave bem as mãos após chegar em casa e depois de manusear e armazenar os produtos adquiridos. É recomendável a higienização das embalagens e produtos antes de guardá-los.  

 

41. Como prevenir o novo coronavírus – dicas gerais

  • Evitar contato próximo com pessoas doentes ou com sintomas de infecção respiratória aguda (tosse, coriza, febre)
  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, por pelo menos 20 segundos, principalmente após ter contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar. Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para as mãos à base de álcool gel
  • Usar lenços descartáveis para higiene nasal (nada de lencinhos de pano!) e descartá-los logo após a utilização
  • Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir, de preferência com um lenço de papel, e descartá-lo no lixo.  
  • Na falta de lenço de papel, preferir usar o braço para cobrir nariz e boca. Evite cobrir com a mão, pois é mais comum encostar em outras pessoas ou objetos com ela
  • Se usar as mãos para cobrir boca e nariz, lavá-las sempre após tossir ou espirrar
  • Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas
  • Manter ambientes muito bem ventilados
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, garrafas e talheres
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies que sejam tocados com frequência
  • Evitar contato com animais selvagens ou doentes
  • Evitar cumprimentar pessoas com apertos de mão. Prefira um aceno acompanhado de um sorriso

 

42. A maior parte da humanidade será infectada pelo novo coronavírus?

É provável que e a maioria dos seres humanos seja infectada. Mas uma pergunta é superimportante: quanto tempo levará para que isso aconteça? Se isso ocorrer em curto espaço de tempo, todos os hospitais ficarão sobrecarregados e as pessoas não serão tratadas por COVID-19 ou outras doenças. No entanto, se fizermos o melhor possível em termos de prevenção, praticando o distanciamento social, reduzindo as viagens, não indo para o trabalho quando estivermos doentes, poderemos retardar a propagação da doença. Se a mesma infecção se espalhar em 60 a 70% da população global por três anos, os hospitais não ficarão sobrecarregados, as pessoas poderão ser tratadas adequadamente e teremos tempo para ampliar avacinação - é uma história completamente diferente. Acontecer rápido ou devagar é potencialmente a diferença entre um evento no nível da gripe espanhola de 1918 e um evento no semelhante ao da temporada de gripe sazonal Nós podemos ter o controle sobre isso!

 

Fake News

43. Loló e cocaína podem matar o coronavírus?

Não. Fake news recomendando o uso de drogas ilícitas e prejudiciais à saúde estão sendo enviadas via aplicativos de mensagens e redes sociais. Não existe qualquer comprovação científica sobre o uso de drogas como loló (mistura de éter e clorofórmio) ou cocaína no tratamento da doença. Pelo contrário: as drogas podem fragilizar ainda mais o sistema respiratório. Segundo o Ministério da Saúde, “até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus”.

 

44. Chá de erva-doce pode matar o coronavírus?

Não. Fake news com suposta orientação de médicos do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e do Hospital São Domingos já foram desmentidas pelas instituições. Mensagens falsas que citavam o chá de erva-doce como cura para o vírus H1N1 em 2018 voltaram a circular após a confirmação de casos de coronavírus no Brasil. Não há nenhuma comprovação científica quanto ao seu uso como medicamento contra o H1N1 ou com o mesmo efeito do Tamiflu. Segundo o Ministério da Saúde, “até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus”.

 

45. A OMS e a Opas divulgaram uma receita de gel pra fazer em casa?

Não, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) não divulgaram receita de gel para fazer em casa. Esse processo de produção caseira pode, inclusive, ser prejudicial à saúde. A recomendação dessas instituições é lavar as mãos com água e sabão ou higienizador à base de álcool. Tanto álcool  gel quanto água e sabão são eficazes para matar vírus que podem estar nas mãos ou em outra parte do corpo.

*Para combater as fake news sobre saúde, o Ministério da Saúde está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira. Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.
 

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Texto, edição e revisão: Unimed do Brasil

Fonte: Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Escola de Medicina de Harvard, Sociedade Brasileira de Infectologia, Center for Disease Control and Prevention

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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