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Não é novidade para ninguém que o clima quente causa uma série de mudanças no comportamento das pessoas. Os quase 20 dias de temperaturas acima da média, contribuiram ainda mais para isso e, como consequência, muitas pessoas acabam sentindo-se indispostas para se alimentar de forma adequada.

A nutricionista da Unimed Tubarão, Talita Collaço, lembra que é durante estes dias muito quentes, como o sentido nas últimas semanas, que se exigem cuidados maiores quanto à alimentação. Ressalta que, com o calor não é aconselhável se descuidar da alimentação. “Este período quente requer cuidados essenciais para que o corpo se sinta com mais saúde e, consequentemente, mais disposto”, avalia.

Segundo Talita, com o aumento da temperatura, o organismo perde mais líquido, principalmente por meio do suor, e a necessidade de repor água, vitaminas e sais minerais é maior. “Nessa época do ano, devemos aumentar a ingestão de líquidos, evitando tomar água apenas quando estiver com sede. A sede já é um sinal de que o corpo está desidratado e, possivelmente, com o funcionamento das células e dos órgãos prejudicados”, lembra.

Salienta que alguns alimentos precisam ser consumidos em maiores quantidades e com maior frequência no verão.  Cita as frutas, legumes e verduras como sendo ótimas fontes de vitaminas, minerais e fibras alimentares.

Frutas, assim como verduras, possuem maior quantidade de água, são mais refrescantes e fáceis de ser digeridas. As mais indicadas são: abacaxi, melão, melancia, laranja, pêssego, uva e coco verde, em razão do alto teor de líquidos e da capacidade de repor eletrólitos (principalmente sódio e potássio).

Em relação às verduras e legumes os que mais possuem água são o pepino (com 97% de composição de água) e em segundo e terceiro lugar, com 95% de água, estão o tomate e o chuchu.

As saladas cruas, segundo a nutricionista da Unimed,  são ótimas fontes de vitaminas e fibras, porém, deve-se evitar acrescentar produtos como maionese, queijos cremosos e molhos industrializados, devido ao alto valor calórico e à quantidade de gordura que apresentam. “O ideal é que estes molhos sejam substituídos por limão, azeite de oliva extravirgem e ervas, como manjericão, hortelã e alecrim”, recomenda.

Lembra que se deve sempre optar por alimentos leves, de fácil digestão e ricos em água, como saladas, frutas, sucos, legumes refogados, peixes, carnes magras, dentre outros. Cuidar com as frituras, alimentos industrializados ricos em sódio, excesso de carboidratos e gorduras.

Para quem esta nas praias, a dica  da nutricionista Talita é que o ideal seja evitar o consumo de alimentos vendidos por ambulantes. Geralmente apresentam condições higiênico-sanitárias inadequadas e não estão sob conservação e temperaturas adequadas, levando esses alimentos à contaminação por bactérias.

O melhor a fazer, segundo ela, é levar de casa frutas de fácil manuseio e pouca manipulação, como banana, pera, pêssego, ameixa e maçã. Biscoitos integrais ou de polvilho também são uma boa opção.

“A melhor opção para se comprar na praia é o coco verde que hidrata, é saudável e não se contamina facilmente. Sucos também são recomendados, por serem fontes de vitaminas e minerais e ótimos para hidratação.

Bronzeado, frutas cítricas,

churrasco e bebidas

Todo mundo quer um bronzeado perfeito, que não é mais exclusividade das mulheres. Para a nutricionista da Unimed, ter um bronzeado bonito e mantê-lo por mais tempo deve-se investir em uma alimentação rica em betacaroteno. Esse nutriente auxilia a formação de melanina, um pigmento que fornece uma coloração bonita para a pele, a protege e prolonga o bronzeado.

Legumes, frutas e verduras de cor alaranjada ou verde-escuro são ricos em betacaroteno, como abóbora, batata-doce, beterraba, cenoura, mamão, manga, agrião, brócolis, couve, espinafre e repolho. Talita ressalta que, para um bom preparo da pele, o ideal é ingerir esses tipos de alimentos aproximadamente 20 dias antes de se expor ao sol.

Alerta que, no entanto, quando consumido em excesso, o betacaroteno pode conferir um aspecto alaranjado. Para saber se você está ingerindo a substância em excesso, olhe com atenção as palmas das mãos. Se estiverem amareladas, é sinal de acúmulo. “Uma alimentação balanceada é fundamental para manter o corpo bronzeado, bonito e saudável, avisa.

Manipular certos alimentos e expor-se ao sol pode causar manchas na pele ou até queimadura mais graves. As frutas cítricas, conhecidas como azedinhas, tais como limão, tangerina, mexerica, lima da pérsia, entre outras mancham a pele e podem causar queimaduras de segundo grau.

“Isso acontece pela presença de compostos presentes nas cascas dessas frutas que reagem à radiação solar e acabam lesionando a pele.  Além das frutas alguns vegetais como aipo, coentro, cenoura, erva-doce, nabo também contêm compostos que podem desencadear as queimaduras”, orienta.

Segundo Talita, a melhor maneira de evitar esse tipo de transtorno é lavar bem as mãos ao manipular as frutas e as folhas destes vegetais. Os sorvetes, picolés e sucos feitos com frutas cítricas também podem causar manchas na pele.

As carnes utilizadas em churrasco, geralmente são as que apresentam um maior teor de gordura, e, consequentemente, são de difícil digestão. Para a nutricionista da Unimed, quando associadas às bebidas alcoólicas, podem provocas mal estar, sonolência e dificuldades de digestão.

Outro ponto negativo das bebidas alcoólicas é o fato de elas serem diuréticas, contribuindo assim, para a desidratação do organismo e favorecendo, posteriormente, a famosa “ressaca”.

“O ideal é sempre manter uma alimentação equilibrada e saudável, evitando alimentos gordurosos (carnes gordas, queijos gordurosos, molhos à base de creme de leite, maionese), assim como frituras e maneirar no consumo bebidas alcoólicas”, finaliza.