7
Ago/Set | 2015 . N
o
18 . Ano5 . REVISTAUNIMEDBR
N
ão é de hoje que a preo-
cupação com a corrupção
e a falta de ética faz parte
do cotidiano do brasileiro. Com
alarmante frequência, acompa-
nhamos a descoberta de esque-
mas ilegais e sua consequente in-
vestigação, emumprocesso longo
e doloroso para a identidade do
País, prejudicando seriamente a
confiança em governos e empre-
sasenvolvidosem irregularidades.
UmapesquisadoInstitutoDatafo-
lha, divulgadaemmaiodesteano,
apontou que 36% da população
está pessimista em relação ao fu-
turo do Brasil e outros 12% estão
muito pessimistas. É inevitável
atrelaro resultado, que foi colhido
com entrevistas em 141 cidades,
aoclimadesuspeitaementidades
públicasapósdiversosescândalos
de corrupção, desvio de dinheiro
oupagamentodepropina.
Na busca por se desvencilhar de
estereótipos negativos ligados à
populaçãoeàgestãonoBrasil -o
infame "jeitinhobrasileiro" -, tem
sido comum ver empresas pres-
tandoatençãoespecial aochama-
do compliance (do inglês to com-
ply, ou agir de acordo com uma
regra). Seuobjetivoégarantir que
a instituição siga rigorosamente
legislações e normas internas e
externas, pormeiodeumagestão
transparente, padronizada e pau-
tadaporprincípiosmorais.
"Ocombateàcorrupçãosetornou
uma bandeira global, pois é con-
senso que ela é um dos maiores
males. Os tratados internacionais
assinados por diversos países,
desde o final de década de 90,
são exemplos do interesse nesse
assunto. O mesmo pode ser di-
to sobre as legislações mundiais
que abordam o tema e preveem
puniçõesparaempresasquepra-
ticam corrupção, não somente
nosdomíniosde seuspaíses,mas
também foradeles", explicaoes-
pecialista Wagner Giovanini, da
empresaComplianceTotal.
Umavezpostoemprática, ocom-
pliance deve seguir alguns pon-
tos para ser bem-sucedido. Um
dos principais é contar com o
comprometimento da alta dire-
ção tanto para instituir e incen-
tivar os programas e suas conse-
quentes melhorias contínuas em
