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Federação das Unimeds do Estado de Minas Gerais
Apoio que gera resultado
De acordo com o secretário de Estado
de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques,
a norma é resultado da revisão de alguns
pontos das carreiras do funcionalismo esta-
dual após as mudanças decorrentes do Cho-
que de Gestão, política implantada em 2005
que visou reduzir os déficits orçamentários e
modernizar as estruturas da máquina pública.
"
A Lei foi proposta para atender a uma his-
tórica reivindicação da categoria e propor-
cionar-lhe tranquilidade para o exercício de
sua especialidade, sobretudo em municípios
carentes", explica.
Para o secretário, também médico for-
mado pela Universidade Federal de Juiz de
Fora, a expectativa é de que a Lei contribua
para maior satisfação dos profissionais com a
carreira, o que levaria a sua permanência nos
quadros e à melhoria no atendimento às de-
mandas da sociedade. Mas ainda há o que
ser feito. "Melhorar as condições de trabalho
tem sido uma meta de que não abrimos
mão, investindo em reformas, capacitação
permanente e em uma carreira que seja,
além de atraente, capaz de reter os profis-
sionais", completa.
Na visão de Paulo César Rangel, repre-
sentante da Federação das Unimeds do Es-
tado de Minas Gerais no Comitê Político
Nacional do Sistema Unimed, a mudança é
uma vitória da categoria médica no Estado,
visto que, até então, os profissionais da área
não eram registrados como tal. "A conquista
é resultado da luta das entidades de classe,
cujas ações a Unimed sempre busca apoiar",
afirma o médico, ele próprio servidor apo-
sentado após mais de 30 anos de trabalho
no Instituto de Previdência dos Servidores do
Estado de Minas Gerais (Ipsemg). "Existe uma
mobilização em todo o país para criar a car-
reira de médico de Estado e, em Minas, isso
foi alcançado. Estamos muito satisfeitos."
Nacionalmente, o Comitê tem se enga-
jado na defesa de atos de valorização da
profissão, por meio do contato com parla-
mentares no Congresso, seja em atuação di-
reta, em reuniões, seja pelo envio de ofícios,
documentos e publicações, além do apoio
às atividades empreendidas pelas entidades
de classe.
A opinião é compartilhada pelo presi-
dente do Conselho Regional de Medicina
em Minas Gerais, João Batista Gomes Soares,
que vê a Lei como um grande avanço para
os profissionais de saúde do Estado, onde se
estima que 60% dos médicos conciliem as
carreiras pública e privada. "É a resposta a
uma luta antiga porque a carreira em Minas
estava defasada há muito tempo. Melho-
rou imensamente em relação ao que era
antes, mas essa é uma relação dinâmica.
Divulgação CRM-MG
Divulgação Federação das Unimeds de Minas Gerais
Para Rangel, a nova Lei é uma vitória da
categoria médica no Estado e resultado da
luta das entidades de classe, cujas
ações contaram com o apoio da Unimed
João Batista acredita que a lei é um
grande avanço para os profissionais
de saúde do Estado, pois estima que
60%
dos médicos conciliem as
carreiras pública e privada