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Amor emtempode final doano
É muito esquisita a maneira como nos vemos e como lida-
mos com nós mesmos nos dias atuais.
A TV informa, lemos nos jornais e revistas (muitas vezes na
internet), as escolas nos ensinam, as nossas próprias casas re-
afirmam a ideia de que as pessoas têm várias necessidades
físicas e psicoemocionais completamente diferentes do que
o ser humano precisa realmente para ser feliz, estar saudável
e ser reconhecido socialmente.
Passamos a vida atrás de uma estabilidade material, para ter
conforto próprio e para nossas famílias. Cabe então a pergun-
ta: Isso é importante? É! Só que isso só é insuficiente e nos
mantém na insatisfação ... e adoecemos. Mesmo assim, conti-
nuamos insistentemente focados no que nos traz segurança,
certos de que o nosso bem-estar depende do quanto nós
nos esforçamos para adquirir bens materiais.
Assim, deixamos de reconhecer quais são os nossos pedidos
reais. Deixamos os nossos compromissos do dia a dia ocupar
a nossa Vida e a nossa Vida deixa de fazer parte da nossa
rotina, da nossa rota, do nosso caminhar, das nossas metas!
O que de fato, então, precisa nortear e estar presente em
tudo no nosso Viver, que nos traz o reconhecimento tão al-
mejado e é nossa missão neste mundo? Certamente é a pos-
sibilidade de expressar o Amor, tão inerente a nós, que nos
traz felicidade, mantém-nos saudáveis e competentes para
termos estabilidade na trajetória, crescendo como pessoas.
Nós, ocidentais, permitimo-nos isso mais neste tempo do Na-
tal, quando comemoramos o nascimento do Cristo e, logo
em seguida, a chegada de um novo ano no calendário. Tem-
po em que temos atitudes compassivas. Dispomo-nos amo-
rosamente mais para nós mesmos, para as nossas casas, para
os amigos, para os colegas de trabalho, para os desconheci-
dos que encontramos nas ruas. O olhar é assim diferenciado
e nos percebemos ser invadidos de alegria, de paz, de amo-
rosidade, de agradecimento e de uma serenidade que não é
abalada nem mesmo pelo corre-corre de fim de ano.
Cabe-nos reconhecer que tais ações estão aí, de graça. O
“shopping” onde elas estão dispostas somos nós mesmos! E
este “shopping” é leve, não nos demanda esforço para car-
regá-lo; já possui em si toda uma rede operadora acessível
gratuitamente, em qualquer momento e em qualquer lugar
do planeta. Quando doamos ou dividimos os seus produtos,
eles se multiplicam e são capazes de atingir pessoas e am-
bientes que a nossa vista não alcança.
Só não esqueça que este “shopping” tem “produtos” com
o “espírito do AMOR” disponível durante todo o ano, para
serem utilizados gratuitamente.
O desejo maior é que possamos usufruir das benesses do
Amor, com Fé e Esperança verdadeiramente em cada um
dos nossos dias!
Margarida Maria Vieira
Pediatra homeopata
Coordenadora do Núcleo de Educação Cooperativista de
Responsabilidade Social da Unimed Grande Florianópolis
AMOR