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Saúde no seu dia a dia
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Saúde no seu dia a dia
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Sempre interessado em pesquisas
genéticas identifcadas a partir das
impressões digitais, o professor e pes-
quisador da Universidade do Oeste de
Santa Catarina (Unoesc), Campus de
Joaçaba, Rudy José Nodari Júnior, ini-
ciou os estudos em Dermatoglifa em
1998. Porém, o gosto pela observação
das fguras, linhas, desenhos caracte-
rísticos das pontas dos dedos e palma
das mãos começou durante a especia-
lização em Atividade Física na Promo-
ção da Saúde Humana, em 1996.
A Dermatoglifa é um método que
estuda a marca genética e impressão
digital como sendo uma expressão das
potencialidades genéticas que o indiví-
duo tem, bem como as implicações no
desenvolvimento fetal até o sexto mês
de gestação. Essas marcas represen-
tam uma forte ferramenta na obser-
vação das manifestações genéticas e,
como consequência, um instrumento
auxiliar para prognósticos em saúde
ou capacidades biofísicas na perfor-
mance humana.
Atualmente, Nodari participa de um
grupo de pesquisadores e colabora-
dores que desenvolve trabalhos na
América Latina e na Europa, com o in-
tuito de identifcar padrões ou marcas
raras dermatoglífcas, características
no esporte e na saúde. Ele também
coordena pesquisas que investigam o
Alzheimer, hipertensão arterial, car-
diopatias, diabetes mellitus, câncer de
mama, síndrome de down, longevida-
de, lateralidade e entre outras.
Confra a entrevista exclusiva so-
bre genética identifcada a partir
de impressões digitais concedida
por Rudy José Nodari Júnior para a
Revista Unimed
.
Revista Unimed: Como nasceu o
interesse pela genética?
Rudy José Nodari Júnior:
Em 1996
eu fazia especialização emAtividade Fí-
sica na Promoção da Saúde Humana e
a genética entrou nos conteúdos por
meio da Dermatoglifa, que é um mé-
todo de observação das impressões
digitais como uma marca genética ma-
nifesta dermicamente. A partir da ob-
servação das fguras, linhas, desenhos
característicos das pontas dos dedos e
palma das mãos é possível realizar uma
retro-leitura dos comandos estrutura-
dos geneticamente para as cristas e va-
les dos desenhos. As possibilidades de
estudo e aplicação do método geraram
grande interesse e, a partir daí, iniciei os
trabalhos nesse ramo da genética.
RU: Quando começaram as pes-
quisas, efetivamente, e que resul-
tados já foram conquistados?
Nodari Júnior:
Iniciei efetivamente
meus estudos em Dermatoglifa no
ano 1998, mas a pesquisa começou
com a proposição que fz sobre a in-
formatização do método, até então
realizada com coleta em tinta e papel
e leitura com lupa. Minhas pesquisas
iniciaram-se em 2003, quando encon-
trei um grande parceiro de desen-
volvimento dos trabalhos. O progra-
mador Alexandre Heberle aceitou o
desafo de construir um software com
tecnologia sufciente para analisar a
Dermatoglifa de forma informatizada.
Juntamos, então, meus conhecimentos
sobre Dermatoglifa e a competência
do Alexandre em traduzir as informa-
ções para a construção do programa
e o embarque desta programação em
um hardware. Neste período, contei
com o suporte de vários pesquisado-
res e cientistas para que pudéssemos
validar o primeiro protótipo. Minha
primeira pesquisa efetiva com publi-
cação internacional foi ‘Protótipo de
escaneamento informatizado: possibi-
lidade em prognóstico em saúde por
meio das impressões digitais’. Essa
publicação gerou a possibilidade da
defesa de meu doutorado, que teve
‘Dermatoglifa pela saúde’
entrevista