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Saúde no seu dia a dia
A anestesia é uma especialidade
médica relativamente recente, há
150 anos ela não existia. Naquele
tempo, já existiam doenças pouco
conhecidas, não entendidas, mal
tratadas ou até sem tratamento.
Isso, somado a medicamentos e
técnicas primitivas, administrados
por pessoas sem conhecimento,
resultava em grande número de
complicações e mortes.Assim, este
temor se manteve até os dias de
hoje, mesmo com os avanços na
área. Há cerca de 70 anos, a anes-
tesia se transformou em aneste-
siologia, uma especialidade médica
administrada por um médico com
três anos de especialização que
conhece profundamente as carac-
terísticas, benefícios e efeitos cola-
terais de cada anestésico.
medicina
De todas as especialidades mé-
dicas, a que envolve mais mistério é
a anestesia. Envolta em falsos con-
ceitos e tabus, o desconhecimen-
to sobre o que se passa quando o
paciente é anestesiado é o grande
responsável pelo medo. A palavra
anestesia deriva do grego e significa
ausência de sensações. Trata-se de
um estado induzido por medicamen-
tos que torna possível a execução de
procedimentos terapêuticos e diag-
nósticos sem dor.
O anestesiologista Edimar Roma-
no explica que as anestesias podem
ser divididas em geral e regional. Na
geral, a pessoa fica paralisada, pois os
neurônios cerebrais, responsáveis
por mantê-la acordada, não funcio-
nam e o indivíduo fica inconsciente.
Já na regional,os neurônios cerebrais
funcionam normalmente e somen-
te a informação do que acontece
em uma parte do corpo não chega
ao cérebro, fruto do bloqueio que
ocorre em alguma parte do siste-
informações
• Dr. Humberto Hepp, anestesiologista da Unimed Chapecó: (49) 3322.2526
• Dr. Edimar Romano, anestesiologista da Unimed Xanxerê: (49) 9968.6669
Anestesia
semmedo
ma de transmissão (nervos). “Neste
caso, apenas um ou mais membros e
até parte do tronco ficam dormen-
tes”, ressalta.
O processo de escolher a aneste-
sia a ser utilizada e a combinação dos
diferentes anestésicos depende da ci-
rurgia a ser realizada, da idade do pa-
ciente, de quais alergias e patologias o
mesmo apresenta e dos respectivos
tratamentos.Todas essas informações
devem ser apreciadas pelo anestesio-
logista que, podendo contar com um
auxílio especializado, vai avaliar se o
paciente encontra-se na melhor con-
dição para submeter-se ao ato anes-
tésico-cirúrgico e poderá estabelecer
a melhor técnica para o conforto e
segurança do paciente.
De acordo com o anestesiologis-
ta Humberto Hepp, é imprescindível
que o paciente tenha uma consulta
com o anestesiologista alguns dias
antes da cirurgia, para tirar as dú-
vidas e conhecer os riscos do ato.
Um avanço importante da ciências foi o aperfeiçoamento dos aparelhos de anestesia, chamados carrinhos. Eles são
utilizados para fazer a respiração artificial do paciente e informar ao anestesiologista dezenas de parâmetros simulta-
neamente, como a pressão arterial, ritmo do coração, quantidade de oxigênio no sangue, se a respiração está adequada
e se o indivíduo está realmente anestesiado. Todas essas informações são interpretadas pelo anestesiologista que, a
todo momento, faz ajustes nos medicamentos administrados e parâmetros do carrinho da anestesia.
Abandonando o medo
Carrinhos de anestesia evoluem
“Cada paciente, dependendo das
características, terá uma anestesia
diferente e ajustada à condição e ao
tipo de cirurgia”, explica. “A família
e a saúde são nossos bens maiores,
nada mais correto do que escolher
um local seguro, como um hospital
Acreditado, para realizar o procedi-
mento cirúrgico, mas também uma
equipe de profissionais atualizada e
reconhecida pela Sociedade Brasilei-
ra de Anestesiologia”, completa.