Dengue, Zika, Chikungunya, febre amarela e febre Oropouche: como se prevenir

Essas doenças infecciosas são chamadas arboviroses, que significa "vírus transmitido por artrópodes", ou seja, insetos. No caso das arboviroses citadas, os principais vetores são os mosquitos.
Aedes aegypti
O que difere o Aedes aegypti dos demais mosquitos é que o primeiro é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produz é praticamente inaudível ao ser humano. Põe seus ovos em recipientes como latas, garrafas, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água limpa, como a da chuva, por exemplo.
Por se alimentar de sangue humano, é um mosquito urbano, vive perto de domicílios e tem maior infestação em locais com maior fluxo de pessoas. O calor também favorece intensidade da infestação, pois, a água acumulada quando atinge altas temperaturas propicia a eclosão dos ovos do mosquito.

Devido a essas características do mosquito, o controle dessas doenças é um desafio de saúde pública. Por isso, todos temos que contribuir para evitar a reprodução do Aedes aegypti.
Culicoides paraensis (marium)
O Culicoides paraensis, conhecido popularmente por marium ou mosquito-pólvora, destaca-se pelo tamanho pequeno e, desde a década de 1980, destaca-se como o principal vetor da febre Oropouche.

Foi descrito pela primeira vez no Pará, em 1905 e, atualmente, é encontrado na maior parte do continente americano. No Brasil, apesar de ter sido registrado em 15 estados, acredita-se que o mosquito esteja presente em todo o território.
O Culicoides paraensis vive em áreas rurais, mas também é encontrado em áreas urbanas próximas de ambientes silvestres ou em áreas onde houve modificação ambiental. Importante ressaltar que o marium ainda não é considerado um vetor urbano como o Aedes aegypti.

Os mariuns adultos se alimentam do néctar das plantas, mas as fêmeas precisam de sangue para o amadurecimento dos ovos, por isso picam pessoas ou animais. Outra característica é que a picada deste mosquito é considerada muito dolorosa.
Importante: Diferente do Aedes aegypti, a melhor forma de combater o Culioides paraensis é evitar sua proliferação e exposição humana à doença.

Dengue

Aparição no Brasil: século 19

Principais sintomas: febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele, às vezes com coceira. Pode haver ainda perda de peso e vômito e, na forma grave, dor abdominal e sangramento de mucosas.

Transmissão: principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti. Há registros de transmissão vertical (gestante-bebê) e por transfusão de sangue, mas são raros.

Importante: Em dezembro de 2023 a vacina contra a dengue foi incorporada à rede pública e, em fevereiro de 2024, entrou para o Calendário Nacional de Vacinação. Ainda assim, o controle do Aedes aegypti é a principal forma de prevenir a doença e outras arboviroses urbanas.

Zika

Aparição no Brasil: 2015

Principais sintomas: dor de cabeça, febre baixa (ou ausente), dores leves nas articulações, dores musculares, fraqueza, manchas vermelhas na pele com coceira intensa e vermelhidão nos olhos.

Transmissão: picada do mosquito Aedes aegypti, transmissão vertical (gestante-bebê) e por transfusão de sangue.

Importante: Mulheres grávidas possuem maior risco de complicações ao contrair o Zika Vírus, podendo manifestar diversas anomalias congênitas, sobretudo a microcefalia.

Chikungunya

Aparição no Brasil: 2014

Principais sintomas: febre alta e abrupta, dores intensas nas articulações dos pés, mãos, dedos, tornozelos, pulsos, dor de cabeça, garganta e atrás dos olhos. Pode ocorrer ainda dores musculares, manchas vermelhas na pele, com coceira intensa, calafrios, náuseas e vômito.

Transmissão: pela picada dos mosquitos Aedes aegypti.

Importante: O vírus Chikungunya pode causar doenças com agravos neurológicos, tais como: encefalite, mielite, meningoencefalite, entre outras.

Febre amarela

Aparição no Brasil: século 17

Principais sintomas: início súbito de febres, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores musculares, vômitos e fraqueza. Em casos graves pode ocorrer febre alta, icterícia, hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.

Transmissão: pela picada dos mosquitos Aedes aegypti na área urbana e dos mosquitos Haemagogus e Sabethes na área rural ou de florestas.

Importante: A vacina contra a febre amarela é bastante segura e eficaz e é distribuída gratuitamente na rede pública de saúde. Em vários estados brasileiros, essa vacina já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação

Febre Oropouche

Aparição no Brasil: 1960

Principais sintomas: febre, dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.

Transmissão: o principal vetor da doença é o mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora e pode estar presente tanto em ambiente urbano quanto rural. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias, podendo transmitir o vírus para outra pessoa.

 

Importante: Não existe tratamento específico para a febre Oropouche. É preciso permanecer em repouso e informar ao médico sobre a possível exposição à doença.
 

Aqui tem prevenção. 
Aqui tem Unimed.

  • Facebook
  • Instagram
  • Linkedin

Fonte:  Ministério da Saúde 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6  |  UFES  |  Instituto Oswaldo Cruz

Copyright 2001 - 2024 Unimed do Brasil - Todos os direitos reservados