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Criada para se tornar um momento de intercooperação entre a Central Nacional Unimed e o Sistema Unimed, a reunião de “Alinhamento e Compartilhamento de Estratégias no Combate à Covid-19” não será encerrada mesmo após o fim da pandemia. A afirmação foi feita por José Augusto Ferreira, diretor de Atenção à Saúde da CNU, na última quinta-feira (15), durante a 33ª edição. Mais de 120 pessoas, de 35 cooperativas, estavam presentes.

“O objetivo da nova gestão é ter um compartilhamento cada vez maior de informações, conhecimentos e, principalmente, estratégias de enfrentamento e de nossas dificuldades. Sejam elas inerentes ao mercado, à assistência, aos órgãos reguladores, ou representativa/reivindicativa junto às instâncias políticas”, afirmou. “Tenho certeza que vamos continuar com os encontros quinzenais. Esse evento veio para ficar”, completou.

Na ocasião, Luiz Cardoso, superintendente de Pacientes Internados do Hospital Sírio-Libanês, compartilhou a vivência e os resultados da conduta da instituição, que é uma das oito integrantes da “Coalizão Covid-19 Brasil” — ao lado de sete hospitais de referência. Entre os pontos abordados pelo médico, estiveram a organização logística de materiais e a ação conjunta dos profissionais de saúde na linha de frente.

“Instalamos um controle diário de EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] e de medicamentos para tratamento, analgesia e sedação. Planejamos os próximos 30, 60, 90 e 120 dias, e vamos adequando conforme o consumo e o estoque. Em alguns momentos, tivemos que importar, mas estamos conseguindo manter estoques suficientes para enfrentamento da crise”, informou.

Atendimento assegurado

De acordo com o convidado, houve a necessidade de aumentar a quantidade de ventiladores e respiradores, além da incorporação de novos equipamentos para diálise e para o suporte hemodinâmico. Também foi realizada a expansão dos leitos — de aproximadamente 457 para 600 — “em um período muito curto de tempo”, o que dobrou a capacidade de atendimento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Mantivemos três estepes de tratamento: unidades intensiva, semi-intensiva e de internação. Elas atuam em conjunto para que as transferências internas sejam mais rápidas e o paciente não fique por tempo desnecessário. O máximo que chegamos foi em 255 internados com Covid-19, na segunda onda, que começou em março. Atualmente, observamos a diminuição da procura em São Paulo e em Brasília”, relatou Cardoso. 

Etapa vencida

Ainda de acordo com o superintendente de Pacientes Internados do Hospital Sírio-Libanês, a Telemedicina e o serviço de atendimento domiciliar foram essenciais para garantir suporte a todos que procuram a instituição. Quem não precisa ser internado, é acompanhado à distância, ajudando a conceder os leitos para quem realmente precisa e evitando idas desnecessárias ao pronto-socorro.

“Temos uma equipe de médicos acompanhando parâmetros clínicos, de oximetria e de temperatura, diariamente. Tudo é registrado. Ter pacientes em home care também ajudou muito na capacidade dos leitos”, enfatizou. “Acreditamos que conseguimos vencer mais essa etapa e já ficamos atentos para a possibilidade de uma nova onda de coronavírus no futuro”, finalizou Luiz Cardoso.

Covid-19 no Brasil

A programação foi encerrada com a apresentação do Comitê de Crise da Central Nacional Unimed, seguida do panorama detalhado do número de infectados e de óbitos, além das projeções atualizadas em todas as regiões do Brasil. Os dados atualizados foram mostrados por Thiago Pavin, da DOXT, empresa responsável pelo desenvolvimento da plataforma “Covid-19 Agora” (acesse aqui).