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Como o médico da ponta pode efetivamente participar e contribuir com as mudanças no sistema de saúde? Foi com o foco de trazer uma reflexão sobre esta pergunta que o Hospital São Camilo, em São Paulo, convidou o presidente da Central Nacional Unimed, Alexandre Ruschi, para conversar com o corpo clínico do recurso. 

Ruschi apontou que para uma mudança sustentável do modelo assistencial são necessárias algumas premissas, como  propor novas formas de remuneração em saúde, integrar a rede assistencial, integrar dados dos pacientes, incentivar o autocuidado, praticar uma medicina baseada em evidências.

“O hospital sempre terá papel fundamental, pois é referência para os casos de maior complexidade. Mas também é importante que também atue pela prevenção e pelo aumento da resolubilidade baseada no conceito de atenção primária à saúde, fortalecendo essa mudança de cultura tão importante para a sustentabilidade da saúde suplementar como um todo”, comentou o presidente.

A incorporação de novas tecnologias também foi destaque durante o bate-papo, principalmente o avanço da telemedicina. “Existe a preocupação que a tecnologia afaste o paciente do médico, mas se executada com bom senso e profissionalismo, sobretudo com o foco no resgate da Atenção Primária à Saúde, essa forma de atendimento só tem a contribuir. Médicos especialistas, raros nas regiões mais distantes do país, poderão ser de grande valia para essas populações”, apontou.