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Diante das notícias sobre a segunda onda de infecções no Brasil, a reunião “Alinhamento e Compartilhamento de Estratégias no Combate à Covid-19” terá um foco diferenciado na próxima semana. Por isso, a Central Nacional Unimed convida todos os dirigentes do Sistema Unimed a compartilharem os próximos passos no enfrentamento à pandemia, como suspensão das cirurgias eletivas nos hospitais próprios, e demais ações adotadas.

O encontro do dia 3 de dezembro terá, ainda, a presença do Hospital Leforte, abordando o tema “Reabilitação Pós-Covid-19”, além das apresentações de Daniel Albuquerque, superintendente de Provimento em Saúde, com os resultados do Comitê de Crise da CNU; e de Thiago Pavin, da DOXT, com atualizações e projeções do coronavírus no País e no mundo. Lembrando que os encontros online, agora, são quinzenais.

Vacinação

Desenvolvimento das vacinas e a inconsistência nos números oficiais de casos no Brasil — suspeitos, confirmados, curados e de óbitos — foram os principais assuntos da 24ª edição. Durante o evento, promovido pela área de Relacionamento com Unimeds da CNU, sob a superintendência de Diécson Raupp e diretoria técnica de Paulo Januzzi, Albuquerque ressaltou que, das 11 vacinas, seis estão em testes no País:

• Coronavac (chinesa) - 2 doses
• Vacina de Oxford (inglesa) - 1 dose
• Covax - patrocinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
• Pfizer (americana) - logística complexa, pois precisa ser conservada em -70 graus
• Sputinik 5 (russa) - fase 2
• Covaxin (indiana)

De acordo com superintendente de Provimento em Saúde da cooperativa nacional, existem mais de 3 mil postos de vacinação em todo o território nacional. O sistema, inclusive, é reconhecido mundialmente e já recebeu prêmios pela efetividade. Entre as questões que precisam ser levadas em consideração na campanha contra o coronavírus, ele ressaltou quatro itens cruciais:

• Segurança e eficácia
• Logística e treinamento
• Preço
• Disponibilidade das doses

Inconsistência

O tema seguinte do encontro chamou bastante atenção dos participantes. Responsável por apresentar previsões sobre casos da doença no Brasil, Thiago Pavin (DOXT) revelou a dificuldade na colheita e análise mais recentes das informações. As bases, explicou, do Ministério da Saúde estão instáveis. Por isso, é necessário efetuar uma reengenharia reversa para verificação e, ainda assim, não há certeza sobre a solidez dos números.

Ainda segundo ele, o número de novos infectados não é o maior, porém, é significativo (34 mil), com seis milhões de casos ativos da doença no País. Claramente, enfatizou, observa-se um aumento nos últimos dez dias — crescimento de 25%. Tecnicamente, ainda não é possível afirmar que é uma segunda onda. Entretanto, tudo indica que está caminhando para isso.

Acompanhamento exclusivo

A reunião “Alinhamento e Compartilhamento de Estratégias no Combate à Covid-19” do último dia 19 de novembro foi encerrada por Janine Dias Alves, intensivista e nutróloga da Unimed Inconfidentes. Ela apresentou o “Ambulatório Pós-Covid-19” criado pela cooperativa com o objetivo de acompanhar os pacientes, após testarem estar curados. Foi constatado que 65% deles não se restabeleceram 100%, apresentando sequelas.
 
O atendimento ambulatorial é oferecido a todos os beneficiários da singular mineira, que testaram positivo para o coronavírus, independentemente da gravidade ou dos sintomas da doença. Hoje, ressaltou a médica, fala-se de uma “Covid-19 persistente”, em ocasiões nas quais os sintomas duram mais de 6 meses. Por isso, há necessidade de monitoramento por 30 dias para evitar complicações.