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surgiu quando tive
acesso a mais
informações
com
essa
publicação
e o clube
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a m p l a
“Beber menos, beber melhor”. Esse
é o lema da Confraria da Cerveja criada
pelo médico Maurício Garcia, junto
com um grupo de amigos, em Media-
neira, no Oeste do Paraná. A Confraria
surgiu da paixão de Garcia pela degus-
tação de cervejas especiais e artesa-
nais, hobby que teve início há cerca de
três anos e que também culminou com
a fabricação da bebida de forma artesa-
nal em sua própria casa.
Com 49 anos, atualmente, Garcia
é diretor-superintendente da Unimed
Oeste do Paraná. Segundo ele, como
tudo o que faz, esse hobby reflete em
sua vida cotidiana, melhorando o hu-
mor, reduzindo o estresse, reforçando
os laços de amizade, o que traz muitos
benefícios para todos que participam.
“Um hobby que se tornou algo
sério e prazeroso, principalmente por
poder reunir os amigos com frequên-
cia, aliviando o estresse do dia a dia
e reforçando as amizades, longe do
trabalho”, comenta o médico.
O interesse por cervejas artesanais
e especiais começou há três anos, após
Garcia ler uma reportagem em uma
revista sobre o tema, quando então
passou a assinar um clube de cerveja,
em que recebia duas cervejas especiais
por mês, com fichas explicativas e
sugestões de harmonização.
“A cerveja é uma bebida presente
em qualquer festa, então faz parte
da vida das pessoas, sendo a terceira
bebida de maior consumo no mundo,
perdendo apenas para água e chá. Mas
o interesse surgiu quando tive acesso a
mais informações com essa publicação
e o clube”, conta.
A partir de então, passou a procurar
informações em livros e na internet.
“Surgiu então a ideia de fabricar cerveja
em casa e em 2015 se concretizou ou-
tra ideia, que foi a criação da Confraria
da Cerveja de Medianeira, que reúne
vários amigos que também apreciam
cerveja”, relata o médico.
Responsabilidade
Conforme conta
Maurício Garcia, a degustação de cer-
veja tem que ser feita com responsa-
bilidade. “Não é todo dia que podemos
ou devemos tomar uma bebida alcoó-
lica. Temos trabalho, reuniões, cirurgias
e precisamos estar sempre à disposi-
ção para resolver problemas”, enfatiza.
Por isso, um lema importante para os
degustadores de cerveja é, segundo o
médico: “Beber menos, beber melhor”.
Ou seja, a ideia não é tomar em quan-
tidade, mas a qualidade da bebida é o
mais importante.
Nas reuniões da Confraria, os amigos
se reúnem para comer, beber cerveja de
maneira responsável e conversar sobre
vários assuntos, “fugindo um pouco da
rotina de médico e Unimed”, destaca.
“Temos vários estilos de cerveja,
cada um tem seu momento certo e a
harmonização com os alimentos é im-
portante para realçar o sabor e o prazer
da bebida”, comenta. Nas sessões de de-
gustação, normalmente é destinado 200
ml de cerveja para cada participante.
Os amigos escolhem três tipos de
cerveja para cada reunião, que devem
ser harmonizadas com os alimentos
servidos. A Confraria da Cerveja de Me-
dianeira se reúne a cada dois meses,
mas reuniões extras acontecem com
frequência. O importante, de acordo
com Garcia, é manter o lema: “Beber
menos, beber melhor”.
Cultura
O médico de Medianeira
também compartilha seus conhecimen-
tos culturais sobre a bebida. Segundo
ele, a cultura cervejeira é muito ampla,
com uma longa história, que corre junto
com a formação da civilização. “É muito
gratificante estudar e poder comparti-
lhar com os amigos a história e a evolu-
ção da cerveja, junto com a história da
humanidade”, comenta.
De acordo com Garcia, existem in-
dícios de cerâmicas que armazenavam
cerveja desde 5400 A.C. e é bem pro-
vável que a bebida já fosse consumida
bem antes disso. “Temos que agradecer
muito às mulheres pela existência da
cerveja, pois provavelmente elas que
descobriram a fermentação de grãos
e o desenvolvimento da cerveja. Além
disso, elas que na maior parte da histó-
ria da humanidade foram as responsá-
veis pela produção da cerveja”, comple-
menta. Ele ainda lembra que no código
de Hamurabi já existiam penalidades
para os donos de tabernas que infrin-
gissem as leis na venda de cerveja.
Em relação às mulheres beberem
ou produzirem cerveja, Garcia acredita
que hoje existe certo preconceito, o
que felizmente está mudando, com
vários exemplos de mulheres em-
preendedoras, produtoras de cerveja,
sommelier
e envolvidas em todas as
etapas de produção e desenvolvimento
de novas receitas de cerveja.
Outra curiosidade interessante
compartilhada pelo médico Maurício
Garcia em relação à cerveja é que o
cientista francês Pasteur desenvolveu
seu trabalho com micro-organismos
justamente fazendo pesquisas para
as cervejarias. Sendo que, em 1857
descobriu o papel das leveduras na
produção da cerveja. “Até esse mo-
mento, não se sabia como ocorria a
fermentação e a formação do álcool,
acreditando-se na participação dos
deuses nesse processo”, finaliza.
jan/fev/mar 2016