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Jun/Jul | 2015 • N

o

17 • Ano 5 • REVISTA UNIMED BR

A

saúde é o principal bem

do ser humano. E zelar

por ela é literalmente

um anseio. De acordo com uma

pesquisa realizada pelo Data-

folha, a pedido do Instituto de

Estudos de Saúde Suplementar

(IESS) e divulgada em 2013, ter

um plano de saúde é o tercei-

ro maior desejo dos brasileiros,

atrás somente da casa própria e

da educação.

Diante de sua importância, é

natural que a escolha do plano

também esteja entre as priori-

dades de qualquer pessoa. Ele

deve atender às necessidades do

beneficiário no quesito cobertu-

ra e, claro, ter um preço que cabe

no bolso.

Como qualquer serviço con-

tratado com pagamento fixo, a

sustentabilidade econômico-fi-

nanceira e de gestão é primor-

dial para garantir atendimento

e produtos de qualidade aos

clientes, que desejam ter na

operadora – a instituição que

comercializa os planos de saú-

de – uma parceira em momen-

tos, não raro, delicados.

“Como uma instituição sem fins

mercantilistas e que não visa ao

lucro, o Sistema Unimed busca

oferecer a seus clientes um ser-

viço de excelência e promover a

dignidade da profissão médica

com uma remuneração adequa-

da, fortalecendo assim o setor

de saúde, tanto privado quanto

público”, explica o presiden-

te da Unimed do Brasil, Eudes

de Freitas Aquino. “O governo

federal precisa incluir o siste-

ma cooperativo na discussão da

Custos crescentes, judicialização da medicina e

envelhecimento da população são alguns dos desafios

que impactam nos preços dos planos de saúde e exigirão

gestão eficiente e planejamento para serem superados

agenda da saúde no País. Não

pode só transferir responsabili-

dades. Precisamos ser ouvidos.

Se a saúde privada for mal, o

SUS vai piorar”, avalia o diretor

de Integração Cooperativista e

Mercado da Unimed do Brasil,

Valdmário Rodrigues Júnior.

Para que possam sobreviver, os

convênios médicos devem pres-

tar muita atenção em seus cus-

tos, que estão aumentando de

forma expressiva acima da infla-

ção e dos reajustes das mensali-

dades. Por isso, são reajustados

periodicamente, de acordo com

normas e legislações estabele-

cidas pelos órgãos reguladores

competentes. Atualmente estão

previstos dois tipos de reajustes

anuais: econômico e por mu-

dança de faixa etária.

O reajuste econômico visa repor

a inflação do período previsto no

contrato firmado entre o cliente

e a operadora, que pode ser in-

dividual ou coletivo. Os planos

individuais são divididos entre

os chamados novos, firmados

após 2 de janeiro de 1999 e a Lei

dos Planos de Saúde, e antigos.

A alteração no valor dos indivi-

duais novos é determinada pela

Agência Nacional de Saúde Su-

plementar (ANS).

A Agência não controla os co-

letivos e informa que “apenas

acompanha os aumentos de pre-

ços, os quais devem ser acorda-

dos mediante negociação entre

as partes” e comunicados em até

30 dias da sua aplicação. Esses

reajustes influenciam o cálculo

feito todos os anos pela ANS para

os planos individuais.

Já o reajuste por mudança de fai-

xa etária é padronizado, com dez

faixas no total e um limite de

aumento entre a primeira e a úl-

tima. A ANS restringe a variação

da primeira faixa, mais jovem,

para a mais velha em seis vezes.

Prevê ainda que a variação entre

a sétima e a décima faixa não

pode ser maior do que a variação

entre a primeira e a sétima faixa.

“O custo médio de saúde de uma

pessoa commais de 60 anos é seis

vezes maior do que a primeira

faixa. Com o limite, o aumento de

custo que ultrapassa esse número

é devolvido ao ser repassado aos

mais novos”, esclarece o superin-

tendente Atuarial da Unimed do

Brasil, Saulo Lacerda. De acordo

com ele, isso é chamado de fi-

nanciamento geracional e, com

a perspectiva de envelhecimento

da população, é um dos fatores

mais preocupantes para o futuro

dos planos de saúde. Estima-se

que, em 2050, 30% dos beneficiá-

rios estarão na terceira idade. “No

futuro, para quem repassaremos

esse excedente de custos?”

Antecipando-se a esse cenário,

e com o intuito de preservar a

integridade física e a saúde em

longo prazo de seus beneficiá-

rios, o Sistema Unimed tem in-

vestido na atenção primária à

saúde (APS). Na Unimed do Bra-

sil, essas atividades são coorde-

nadas pelo Comitê de Atenção

Integral à Saúde (CAS).

A APS busca um atendimento

mais personalizado ao paciente

e principalmente a manutenção

da saúde, não o tratamento de

doenças. É tida, hoje, como uma