

É difícil encontrar uma pessoa
que não tenha um
sonho de consumo. Algumas buscam grandes realizações,
como a compra de um carro zero ou de um imóvel. Outros
tem objetivos menos ambiciosos, como trocar o celular ou
fazer uma viagem no feriado. E, em tempos de crise, há tam-
bém os que substituem qualquer um desses sonhos por uma
necessidade mais prática: quitar dívidas e juntar dinheiro
para ter uma reserva financeira em caso de desemprego. Com
planejamento e disciplina, é possível alcançar tudo isto.
Por isso, a educação financeira é tão importante. Quando o
consumo é feito sem planejamento, as pessoas assumem pres-
tações com as quais não podem arcar e entram no vermelho.
“Vivemos um bombardeio de informações de consumo e em
um clique é possível comprar algo pela internet. Com isso as
pessoas não se planejam, não se perguntam se precisam re-
almente comprar aquilo naquele momento, se é prioridade”,
explica Rogério Muracca, superintendente executivo de con-
troladoria e finanças da Central Nacional Unimed e pós-gra-
duado em administração financeira e contábeis.
Foi dele a ideia de ministrar palestras de educação financeira
aos colaboradores da CNU, para ajudá-los a ter um controle de
seus gastos e aprender a investir. As palestras começaram há 15
anos e hoje acontecem duas vezes por ano. “A cultura de con-
trolar e de poupar tem que se tornar um hábito. Os mais jovens
nem sempre se preocupam, eles são imediatistas. Só que no fu-
turo eles vão querer ter uma poupança e é preciso preparar isso
agora. Se a pessoa conseguir poupar 10% do salário, por mês,
já é o bastante. Com isso, até em uma situação de desemprego
ajuda a segurar as despesas por um período”, diz Muracca.
Perfil do investidor
É comum as pessoas pensarem que só quem pode investir
são aqueles trabalhadores com renda elevada. Mas o merca-
do financeiro possui inúmeras opções de investimento que
atendem as possibilidades de praticamente todo o perfil de
investidor. Há os produtos de renda fixa, ou seja, aqueles cuja
rentabilidade é pré-determinada, e os de renda variável, com
o lucro oscilando de acordo com uma série de fatores, como a
própria flutuação do mercado de ações.
Normalmente, a “porta de entrada” para esse universo é a
tradicional poupança. “A poupança é muito procurada pelas
pessoas pela facilidade na hora de investir e pela comodida-
de proporcionada para fazer saques”, explica o administrador
André Luiz Moura Chiaramonte, da área de tesouraria e pla-
nejamento financeiro da Central Nacional Unimed.
Entretanto, não basta abrir a caderneta. É preciso ter uma
meta e muita disciplina, para que mensalmente reserve uma
parte do salário para o investimento. Pode ser uma viagem,
a compra de um veículo ou qualquer outra aquisição. O im-
portante é que esse planejamento criará, com o tempo, uma
cultura de investimento.
Dicas para economizar
Estudesobreeducaçãofinanceira:
aproveite o tempo livre para assistir palestras,
ver vídeos e participar de encontros sobre
educaçãofinanceira e economia. Quantomais
cedo começar, melhor.
Resistaàstentações:
amaioria das
pessoas gasta dinheiro comobjetos supérfluos.
Emvez de receber o salário e gastá-lo logo em
seguida, prefira poupar odinheiro e investir em
umobjetivo a longoprazo.
Supereomedode investir:
conheça os
métodos disponíveis para economizar, pesquise
sobre as leis existentes e converse com
especialistas para saber qual é amelhor forma
de poupar de acordo como seu investimento.
Nãoassumadívidasquenão
podepagar:
antes de se comprometer
financeiramente, avalie sua renda e oquanto
pode poupar pormês. Esse planejamento ajuda
até a quitar as dívidasmais rapidamente.
Fonte:livro“PaiRico,PaiPobre”–RobertT.Kiyosaki
SETEMBRO 2016
vemVIVER
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